terça-feira, 21 de abril de 2015

Deixar seu pai e sua mãe


"Assim quem dentre vós não renuncia a tudo que tem, não pode ser meu discípulo". - ( São Lucas. 14:33 ) -



Amados irmãos, bom dia!
Que o Consolador Prometido nos ampare mais uma vez nesta etapa do nosso trabalho e que ele possa trazer sempre para todos nós, paz, luz, resignação e muita fé para vencermos todas as provações e vicissitudes da vida.








                                                            Deixar seu pai e sua mãe


"Sem discutir as palavras, é preciso aqui procurar o pensamento, que era evidentemente este: "Os interesses da vida futura se sobrepõem a todos os interesses e todas  as considerações humanas", porque está de acordo com o fundo da doutrina de Jesus, ao passo que a ideia de renúncia à família seria a negação.

Não temos, aliás sob nossos olhos, a aplicação dessas máximas no sacrifício dos interesses e das afeições da família pela pátria? Censura-se um filho por deixar seu pai, sua mãe, seus irmãos, sua mulher, seus filhos para marchar em defesa do seu país? Não, se lhe reconhece ao contrário um mérito... Há pois deveres que  se sobrepõe a outros deveres. A lei não torna uma obrigação à filha deixar seus pais e acompanhar seu esposo? O mundo está repleto de casos em que as separações, as mais penosas, são necessárias; mas as afeições não são quebradas por isso; a distância não diminui nem o respeito, nem a solicitude, que se deve aos pais, nem a ternura pelos filhos. Vê-se, pois, que, mesmo tomadas ao pé da letra, salvo o termo odiar, essas palavras não seriam a negação do mandamento que prescreve honrar pai e mãe, nem do sentimento de ternura paternal e com mais forte razão se tomadas quanto ao espírito. Elas tinham por finalidade mostrar, por uma hipérbole, quanto era imperioso o dever de se ocupar com a  vida futura. Deveriam, aliás, ser menos chocantes num povo e numa época em que em consequência dos costumes, os laços de  família tinham menos força do que numa civilização moral mais avançada; esses laços, mais fracos nos povos primitivos, se fortificam com o desenvolvimento da sensibilidade e do senso moral. A própria separação é necessária ao progresso; ocorre nas famílias, como nas raças; elas se abastardam se não há cruzamento, se não enxertam umas nas outras; é uma lei natural, tanto no interesse do progresso moral quanto do progresso físico.

Essas coisas não são examinadas aqui senão do ponto de vista terrestre; o Espiritismo nos faz vê-las de mais alto, em nos mostrando que os verdadeiros laços de afeição são os do Espírito e não os do corpo; que esses laços não se rompem, nem pela separação, nem mesmo pela morte do corpo; que eles se fortalecem na vida espiritual pela depuração do Espírito: Verdade consoladora que dá uma grande força para suportar as vicissitudes da vida". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 23, baseado nos Evangelhos de São Lucas, 18: 28 a 30, 9:61,62 e São Mateus, 19:29 ).


Meus irmãos, hoje os tempos são outros, para seguirmos os passos de Jesus, não precisamos mais deixar nosso familiares. Precisamos nos despojar do nosso orgulho, egoísmo, inveja, ódio, mágoas, ressentimentos; essas ferrugens que nos corroem e deixar que estes lugares sejam ocupados pelas virtudes: como o perdão, amor, humildade, caridade e outras tantas, que podemos ir adquirindo com o tempo. Precisamos ter a coragem de começar.... Que Sua luz esteja sempre conosco.

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