quarta-feira, 8 de abril de 2015

Não são aqueles que estão bem que tem necessidade de médico


"Não acende uma candeia para a colocar sob o alqueire; mas a colocam sobre um candeeiro, a fim de que ela clareie  todos aqueles que estão na casa". - ( São Mateus, 5:15 ) -


Caros irmãos, bom dia!
Que a paz e a luz do Cristo esteja conosco, nos alimentando espiritualmente, para que nunca desistamos do nosso propósito. Que é sempre servir ao próximo e praticar o bem.


                                      


                              Não são aqueles que estão bem que tem necessidade de médico.


"Jesus se dirigia sobretudo aos pobres e deserdados, porque são os que tem maior necessidade de consolações; aos cegos dóceis e de boa fé, porque pedem para ver e não aos orgulhosos que creem possuir toda luz e não terem necessidade de nada.

Estas palavras, como tantas outras, encontram sua aplicação no Espiritismo. Admira-se, por vezes, que a mediunidade seja concedida a pessoas  indignas e capazes dela fazer mau uso...

Digamos primeiro que a mediunidade se prende à uma boa disposição orgânica da qual todo homem pode estar dotado, como a de ver, de ouvir, de falar. Não há uma da qual o homem, em virtude do seu livre arbítrio, não possa abusar e se Deus não houvesse concedido a palavra, por exemplo, senão aos que são incapazes de dizer coisas más, haveria mais mudos do que falantes. Deus deu ao homem as faculdades e  o deixa livre para usá-las, mas pune sempre aquele que delas abusa.

A mediunidade é dada sem distinção, a fim de que os Espíritos possam levar a luz em todas as fileiras, em todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico, aos sábios para os fortalecer no bem, aos viciosos para os corrigir. Esses últimos não são os doentes que tem necessidade de médico? Por que Deus,  não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode tirar  do lamaçal? Os bons Espíritos vem, pois, ajudá-los  e seus conselhos, que ele recebe diretamente, são de natureza a impressioná-lo mais  vivamente do que se os recebesse por outros caminhos, Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir procurar a luz ao longe, lha coloca na mão; não é bem mais culpado se não a considerar? Poderá se desculpar por sua ignorância, quando terá escrito ele mesmo, visto com seus olhos, ouvido com seus ouvidos e pronunciado com sua boca, a sua própria condenação? Se não aproveita, é então que é punido com a perda ou desmoralização de sua faculdade, da qual os maus Espíritos se apoderam para obsidiá-lo e enganá-lo, sem prejuízo das aflições reais com que Deus atinge seus servidores indignos e os corações endurecidos pelo orgulho e pelo egoísmo.

A mediunidade não implica, necessariamente, em intercâmbio habitual com os Espíritos superiores; é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento, mais ou menos flexível, aos Espíritos em geral. O bom médium não é, pois, aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e não é assistido senão por eles. É neste sentido somente que a excelência das qualidades morais tem tanto poder sobre a mediunidade". ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 24, baseado em São Mateus, 9;10-12 ).



A nossa reflexão de hoje nos faz ver a importância das qualidades morais em qualquer situação de nossa vida. E é aí, que entra a nossa humildade em reconhecê-las em nós mesmos e tentarmos mudar e ainda termos a caridade com o próximo que está nas mesmas condições que nós.
Que o Pai Celestial nos abençoe.

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