sexta-feira, 17 de abril de 2015

A ingratidão dos filhos e os laços de família II


"Honrai a vosso pai e  a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra, que o Senhor vosso Deus vos dará".  - ( Decálogo; Êxodo, cap. 20:12 ) -


Bom dia!
Que esta sexta-feira seja para todos nós repleta de harmonia e boas ações, que o Mestre possa nos acompanhar, nos auxiliando e nos conduzindo.
Que sua graça e sua luz continue nos  fortalecendo a seguir sempre rumo a Ele.








                                         A ingratidão dos filhos  e os laços de família



"Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior; é a estuda-los que é preciso se aplicar. Todos os males tem seu princípio no egoísmo e no orgulho; espreitai, pois, os menores sinais que revelem os germes desses vícios, e empenhai-vos em combate-los. Se deixais se desenvolverem o orgulho e o egoísmo, não vos espanteis de ser mais tarde pagos pela ingratidão. Quando os pais fizeram tudo o que deviam para o adiantamento moral dos filhos, se não saem bem, não tem censuras a se fazer e sua consciência pode estar tranquila...

Deus não faz a prova acima das forças daquele que a pede; não permite senão aquelas que podem ser cumpridas; se não se triunfa, não, é, pois, a possibilidade que falta, mas a vontade, porque quantos há que em lugar de resistir aos maus arrastamentos, neles se comprazem; a estes estão reservados os prantos e os gemidos em suas existências posteriores; mas admirai a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Chega um dia em que o culpado está cansado de sofrer, em que seu orgulho está enfim domado e é então que Deus abre os braços paternais ao filho pródigo que se lhe lança aos pés. As fortes provas, entendei-me bem, são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando são aceitas por amor a Deus. É um momento supremo e nele, sobretudo, importa não falir murmurando, se, não se quer perder o fruto e ter de recomeçar...

De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração; alguém suporta com coragem a miséria e as privações materiais, mas sucumbe ao peso dos desgostos domésticos, esmagado pela ingratidão dos seus... Mas que pode melhor, nessas circunstâncias, revelar a coragem moral que o conhecimento das causas do mal e a certeza de que, se há extrema aflição não há desesperos eternos, por que Deus não pode  querer que sua criatura sofra sempre? Quer mais consolador, mais encorajador que esse pensamento de que depende só de mais si, de seus próprios  esforços, abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal?... Nesse golpe de vista lançado sob o conjunto, os laços de família aparecem sob sua verdadeira luz; não são laços frágeis da matéria reunindo os membros, mas os laços duráveis do Espírito, que se perpetuam e se consolidam em se depurando, em lugar de se romperem pela reencarnação.

Os Espíritos que a semelhança dos gostos, a identidade de progresso moral e afeição levam a se reunirem, formam famílias; esses mesmos Espíritos, em suas migrações terrestres, se procuram para se agruparem como o fazem no espaço; daí nascem as famílias unidas e homogêneas e em sua peregrinações, estão momentaneamente separados, reencontram-se mais tarde, felizes com os novos progressos"... ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 14, Santo Agostinho, Paris, 1862).





                                                     Façamos a nossa parte.

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