sábado, 30 de abril de 2016

A abrangência do Espiritismo


"Porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo." -( Paulo aos Hebreus, 7: 27 )-




Amados irmãos, bom dia!
Assim como nosso Mestre Jesus fez, devemos também fazer. Entregando a nós mesmos às tarefas ao invés de esperar que outros as façam. Renovemos nossa esperança nele e busquemos assumir e aceitar o convite que nos faz a cada manhã.






“Allan Kardec, no item V da Conclusão de O Livro dos Espíritos, apresenta argumentação que descortina, de forma clara, a abrangência do Espiritismo. Suas palavras, embora retratando a realidade da época, resistem, pela força da lógica, o perpassar dos tempos: Os que dizem que as crenças espíritas ameaçam invadir o mundo, proclamam, “ipso facto”, a força do Espiritismo, porque jamais poderia tornar-se universal uma idéia sem fundamento e destituída de lógica. Assim, se o Espiritismo se implanta por toda parte, se, principalmente nas classes cultas, recruta adeptos, como todos facilmente reconhecerão, é que tem um fundo de verdade. Baldados, contra essa tendência, serão todos os esforços dos seus detratores e a prova é que o próprio ridículo, de que procuram cobri-lo, longe de lhe amortecer o ímpeto, parece ter-lhe dado novo vigor, resultado que plenamente justifica o que repetidas vezes os Espíritos hão dito: ‘‘Não vos inquieteis com a oposição; tudo o que contra vós fizerem se tornará a vosso favor e os vossos maiores adversários, sem o quererem, servirão à vossa causa. Contra a vontade de Deus não poderá prevalecer a má vontade dos homens.’’ Por meio do Espiritismo, a Humanidade tem que entrar numa nova fase, a do progresso moral, que lhe é consequência inevitável. Não mais, pois, vos espanteis da rapidez com que as idéias espíritas se propagam.
A causa dessa celeridade reside na satisfação que trazem a todos os que as aprofundam e que nelas veem alguma coisas mais do que fútil passatempo. Ora, como cada um o que acima de tudo quer é a sua felicidade, nada há de surpreendente em que cada um se apegue a uma idéia que faz ditosos os que a esposam.
Três períodos distintos apresenta o desenvolvimento dessas idéias: primeiro, o da curiosidade, que a singularidade dos fenômenos produzidos desperta; segundo, o do raciocínio e da filosofia; terceiro, o da aplicação e das consequências.
O período da curiosidade passou; a curiosidade dura pouco. Uma vez satisfeita, muda de objeto. O mesmo não acontece com o que desafia a meditação séria e o raciocínio. Começou o segundo período, o terceiro virá inevitavelmente. O Espiritismo progrediu principalmente depois que foi sendo mais bem compreendido na sua essência íntima, depois que lhe perceberam o alcance, porque tange a corda mais sensível do homem: a da sua felicidade, mesmo neste mundo. Aí a causa da sua propagação, o segredo da força que o fará triunfar. Enquanto a sua influência não atinge as massas, ele vai felicitando os que o compreendem. Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado dizem: ‘‘à parte esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que nenhuma outra me havia explicado. Nela encontro, por meio unicamente do raciocínio, uma solução racional para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza.’’ Ao lado de tudo isto, secundária se torna a questão dos fatos materiais. Quereis, vós todos que o atacais, um meio de combatê-lo com êxito? Aqui o tendes. Susbstituí-o por alguma coisa melhor; indicai solução mais filosófica para todas as questões que ele resolveu; dai ao homem outra certeza que o faça mais feliz, porém compreendei bem o alcance desta palavra “certeza”, porquanto o homem não aceita como “certo”, senão o que lhe parece “lógico”. Não vos contenteis com dizer: isto não é assim; demasiado fácil é semelhante afirmativa. Provai, não por negação, mas por fatos, que isto não é real, nunca o foi e não pode ser. Se não é, dizei o que o é, em seu lugar. Provai, finalmente, que as consequências do Espiritismo não são tornar melhor o homem e, portanto, mais feliz, pela prática da mais pura moral evangélica, moral a que se tecem muitos louvores, mas que muito pouco se pratica. Quando houverdes feito isso, tereis o direito de o atacar.
O Espiritismo é forte porque assenta sobre as próprias bases da religião: Deus, a alma, as penas e as recompensas futuras; sobretudo, porque mostra que essas penas e recompensas são corolários naturais da vida terrestre e, ainda, porque, no quadro que apresenta do futuro, nada há que a razão mais exigente possa recusar. Que compensação oferecereis aos sofrimentos deste mundo, vós cuja doutrina consiste unicamente na negação do futuro? Enquanto vos apoiais na incredulidade, ele se apóia na confiança em Deus; ao passo que convida os homens à felicidade, à esperança, à verdadeira fraternidade, vós lhes ofereceis o ‘‘nada’’ por perspectiva e o ‘‘egoísmo’’ por consolação. Ele tudo explica, vós nada explicais. Ele prova pelos fatos, vós nada provais. Como quereis que se hesite entre as duas doutrinas?
Essas palavras de Kardec deixam entrever o grande alcance social da Doutrina Espírita. Acreditar, porém, que [...] o Espiritismo possa influenciar sobre a vida dos povos, facilitar a solução dos problemas sociais é ainda muito incompreensível para as idéias da época. Mas, por pouco que se reflita, seremos forçados a reconhecer que as crenças têm uma influência considerável sobre a forma das sociedades. Na Idade Média, a sociedade era a imagem fiel das concepções católicas. A sociedade moderna, sob a inspiração do materialismo, vê apenas no Universo a concorrência vital, a luta dos seres, luta ardente, na qual todos os apetites estão em liberdade. Tende a fazer do mundo atual a máquina formidável e cega que tritura as existências, e onde o indivíduo não passa de partícula, ínfima e transitória, saída do nada para, em breve, a ele voltar. Mas, quanta mudança nesse ponto de vista, logo que o novo ideal vem esclarecer-nos o ser e regular-nos a conduta! Convencido de que esta vida é um meio de depuração e de progresso, que não está isolada de outras existências, ricos ou pobres, todos ligarão menos importância aos interesses do presente. Em virtude de estar estabelecido que cada ser humano deve renascer muitas vezes sobre este mundo, passar por toda as condições sociais, sendo as existências obscuras e dolorosas então as mais numerosas e a riqueza mal empregada acarretando gravosas responsabilidades, todo homem compreenderá que, trabalhando em benefício da sorte dos humildes, dos pequenos, dos deserdados trabalhará para si próprio [...]. Graças a essa revelação, a fraternidade e a solidariedade impõem-se; os privilégios, os favores, os títulos perdem sua razão de ser. A nobreza dos atos e dos pensamentos substitui a dos pergaminhos. Assim concebida, a questão social mudaria de aspecto: as concessões entre classes tornar-se-iam fáceis e veríamos cessar todo o antagonismo entre o capital e o trabalho. Conhecida a verdade, compreender-se-ia que os interesses de uns são os interesses de todos e que ninguém deve estar sob a pressão de outros. Daí a justiça distributiva, sob cuja ação não mais haveria ódios nem rivalidades selvagens, porém, sim, uma confiança mútua, a estima e a afeição recíprocas; em uma palavra, a realização da lei de fraternidade, que se tornará a única regra entre os homens. Tal é o remédio que o ensino dos Espíritos traz à sociedade.

Desse modo, certo é dizer-se que, ministrando [...] a prova material da existência e da imortalidade da alma, iniciando-nos em os mistérios do nascimento, da morte, da vida futura, da vida universal, tornando-nos palpáveis as inevitáveis consequências do bem e do mal, a Doutrina Espírita, melhor do que qualquer outra, põe em relevo a necessidade da melhoria individual. Por meio dela, sabe o homem donde vem, para onde vai, por que está na Terra; o bem tem um objetivo, uma utilidade prática. Ela não se limita a preparar o homem para o futuro, forma-o também para o presente, para a sociedade. Melhorando-se moralmente, os homens prepararão na Terra o reinado da paz e da fraternidade. A Doutrina Espírita é assim o mais poderoso elemento de moralização, por se dirigir simultaneamente ao coração, à inteligência e ao interesse pessoal bem compreendido. Por sua mesma essência, o Espiritismo participa de todos os ramos dos conhecimentos físicos, metafísicos e morais.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-




Estudo do Livro dos Espíritos







FORMA E UBIQUIDADE DOS ESPÍRITOS 

88. Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante? 

“Para vós, não; para nós, sim. O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.” 

a) — Essa chama ou centelha tem cor? 

“Tem uma coloração que, para vós, vai do colorido escuro e opaco a uma cor brilhante, qual a do rubi, conforme o Espírito é mais ou menos puro.” 

Representam-se de ordinário os gênios com uma chama ou estrela na fronte. É uma alegoria, que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Colocam-na no alto da cabeça, porque aí está a sede da inteligência.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 29 de abril de 2016

O Consolador prometido por Jesus


"Porque esta é a mensagem que ouviste desde o princípio: que nos amemos uns aos outros." -( I João, 3: 11 )-




Amados irmãos, bom dia!
Esse é o chamado a que diariamente devemos nos entregar. Deus é amor e por amor nos criou, a fim de que possamos viver a verdadeira vida. Busquemos nos exemplos do nosso Mestre Jesus e no suporte dos bons Espíritos orientar nosso comportamento.




Espiritismo: o Consolador prometido por Jesus






“Jesus, na última ceia, ao despedir-se dos discípulos que compunham o seu colégio apostólico, prometeu-lhes a vinda de um outro consolador. Será o Espiritismo este consolador? Busquemos interpretar-lhe a promessa, de acordo com os ensinamentos da Doutrina Espírita.

Diz Jesus: Se me amais, observareis os meus mandamentos, e rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito [Consolador], para que convosco permaneça para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque permanece convosco. Não vos deixareis órfãos [...]. Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse. João, 14:15-17 e 26. 2, 7

Conforme ensina Allan Kardec, Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido. O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: ‘‘Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.’’

O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.

Disse o Cristo: ‘‘Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.’’ Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho. Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.

Em uma comunicação inserida por Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo, o Espírito de Verdade, representando o próprio Cristo, ratifica esse entendimento, quando afirma: Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis.” Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro. [...] Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instrui-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: ‘‘Irmãos! nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.’’ 

Em outra comunicação, colocada por Kardec como prefácio da obra citada, é ainda o Espírito de Verdade quem assinala: Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos. Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos. As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo. Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.

Sendo assim, consoante declaração de Emmanuel, o [...] Espiritismo evangélico é o Consolador prometido por Jesus, que, pela voz dos seres redimidos, espalha as luzes divinas por toda a Terra, restabelecendo a verdade e levantando o véu que cobre os ensinamentos na sua feição de Cristianismo redivivo, a fim de que os homens despertem para a era grandiosa da compreensão espiritual com o Cristo.

O Espiritismo, contudo, [...] não pode guardar a pretensão de exterminar as outras crenças, parcelas da verdade que a sua doutrina representa, mas, sim, trabalhar por transformá-las, elevando-lhes as concepções antigas para o clarão da verdade imortalista. A missão do Consolador tem que se verificar junto das almas e não ao lado das gloríolas efêmeras dos triunfos materiais. Esclarecendo o erro religioso, onde quer que se encontre, e revelando a verdadeira luz, pelos atos e pelos ensinamentos, o espiritista sincero, enriquecendo os valores da fé, representa o operário da regeneração do Templo do Senhor, onde os homens se agrupam em vários departamentos, ante altares diversos, mas onde existe um só Mestre, que é Jesus-Cristo.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-





Estudo do Livro dos Espíritos








87. Ocupam os Espíritos uma região determinada e circunscrita no espaço? 

“Estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Tendes muitos deles de contínuo a vosso lado,  observando-vos e sobre vós atuando, sem o perceberdes, pois que os Espíritos são uma das potências da natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a toda parte, por isso que há regiões interditas aos menos adiantados.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Melodia Sublime


"Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não penetram nem roubam." - Jesus - ( Mateus, 6: 20 )




Amados irmãos, bom dia!
Os valores andam invertidos atualmente e, para tanto, devemos tomar cuidado onde colocamos nossos desejos. Temos um compromisso com a verdade e com nossa reforma íntima, portanto, busquemos as coisas do alto tão necessárias a nós como nossa própria vida. Que o Mestre Jesus e os bons Espíritos nos auxiliem.








Melodia Sublime*

“Ó Senhor Supremo de Todos os Mundos
E de Todos os Seres,
Recebe, Senhor,
O nosso agradecimento
De filhos devedores do teu amor!
Dá-nos tua bênção,
Ampara-nos a esperança,
Ajuda-nos o ideal
Na estrada imensa da vida...
Seja para o teu coração,
Cada dia,
Nosso primeiro pensamento de amor!
Seja para tua bondade
Nossa alegria de viver!...
Pai de amor infinito
Dá-nos tua mão generosa e santa.
Longo é o caminho.
Grande o nosso débito,
Mas inesgotável é a nossa esperança.
Pai Amado,
Somos as tuas criaturas,
Raios divinos
De tua Divina Inteligência.
Ensina-nos a descobrir
Os tesouros imensos
Que guardaste
Nas profundezas de nossa vida,
Auxilia-nos a acender
A lâmpada sublime
Da Sublime Procura!
Senhor,
Caminhamos contigo
Na eternidade!...
Em Ti nos movemos para sempre.
Abençoa-nos a senda,
Indica-nos a Sagrada Realização.
E que a glória eterna
Seja em teu eterno trono!...
Resplandeça contigo a Infinita Luz,
Mane em teu coração misericordioso
A Soberana Fonte do Amor,
Cante em tua Criação Infinita
O sopro divino da eternidade.
Seja a tua bênção
Claridade aos nossos olhos,
Harmonia ao nosso ouvido,
Movimento às nossas mãos,
Impulso aos nossos pés.
No amor sublime da Terra e dos Céus!...
Na beleza de todas as vidas,
Na progressão de todas as coisas,
Na voz de todos os seres,
Glorificado sejas para sempre, Senhor.




* XAVIER, Francisco Cândido. Os mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 44. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 32 (Melodia sublime).




Estudo do Livro dos Espíritos







86. O mundo corporal poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a essência do mundo espírita? 

“Decerto. Eles são independentes; contudo, é incessante a correlação entre ambos, porquanto um sobre o outro incessantemente reagem.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Caráter da revelação espírita


"Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço." -( Paulo aos Hebreus, 12: 1 )-



Amados irmãos, bom dia!
Somos constantemente chamados a sair do nosso comodismo e colocarmos nossas intenções em gestos práticos. Busquemos força em nosso Mestre Jesus e nos bons Espíritos, a fim de que não percamos tempo precioso para nossa reforma íntima.









Caráter da revelação espírita


“Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a “revelação da vida futura”, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.
A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista inteiramente novo sob que considera ele a Divindade.  Jesus nos revela um [...] Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e “dá a cada um segundo as suas obras.”

O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivíamos sem o suspeitarmos, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte, é uma verdadeira revelação, na acepção científica da palavra. 

Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Participa da primeira, porque foi providencial o seu aparecimento e não o resultado da iniciativa, nem de um desígnio premeditado do homem; porque os pontos fundamentais da doutrina provêm do ensino que deram os Espíritos encarregados por Deus de esclarecer os homens acerca de coisas que eles ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e que lhes importa conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las. 

Participa da segunda, por não ser esse ensino privilégio de indivíduo algum, mas ministrado a todos do mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem “seres passivos”, dispensados do trabalho da observação e da pesquisa, por não renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o exame, mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi “ditada completa, nem imposta à crença cega”; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos lhe põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações. 

Numa palavra, “o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.” Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por mais rápido caminho e mais autêntico. Incumbiu, pois, os Espíritos de levá-la de um pólo a outro, manifestando-se por toda a parte, sem conferir a ninguém o privilégio de lhes ouvir a palavra. Um homem pode ser ludibriado, pode enganar-se a si mesmo; já não será assim, quando milhões de criaturas veem e ouvem a mesma coisa. Constitui isso uma garantia para cada um e para todos.

Um último caráter da revelação espírita, a ressaltar das condições mesmas em que ela se produz, é que, apoiando-se em fatos, tem que ser, e não pode deixar de ser, essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação. Pela sua substância, alia-se à Ciência que, sendo a exposição das leis da Natureza, com relação a certa ordem de fatos, não pode ser contrária às leis de Deus, autor daquelas leis. “As descobertas que a Ciência realiza, longe de o rebaixarem, glorificam a Deus”; unicamente destroem o que os homens edificaram sobre as falsas idéias que formaram de Deus. O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação. Entendendo com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o estado de “verdades práticas” e abandonado o domínio da utopia, sem o que ele se suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim providencial. “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.”

Entendemos, assim, que a revelação espírita é [...] uma revolução completa a operar-se nas idéias, revolução tanto maior, tanto mais poderosa, quanto não se circunscreve a um povo, nem a uma casta, visto que atinge simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos. Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações.

A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância.

Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio a pessoa alguma; ninguém, por consequência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme esta predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos: “Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e filhas profetizarão, os mancebos terão visões, e os velhos, sonhos.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-




Estudo do Livro dos Espíritos







85. Qual dos dois, o mundo espírita ou o mundo corpóreo, é o principal, na ordem das coisas? 

“O mundo espírita, que preexiste e sobrevive a tudo.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 26 de abril de 2016

A revelação espírita


"E não achavam meio de lhe fazerem mal, porque todo o povo pendia para ele, escutando-o." -( Lucas, 19: 48 )-



Amados irmãos, bom dia!
Desde tempos remotos, os que buscam a verdade do nosso Pai Celestial tem sido perseguidos. Notamos que o bem sempre foi contestado, mas, nunca derrotado. Portanto, que as falsas idéias e os caminhos mais fáceis jamais poderão derrotar os planos do Senhor. Aquietemos nossos corações nas verdadeiras promessas do nosso Mestre Jesus e que os bons Espíritos sejam conosco nos auxiliando a vivenciá-las.








A revelação espírita

“Pode o Espiritismo ser considerado uma revelação? Neste caso, qual o seu caráter? Em que se funda a sua autenticidade? A quem e de que maneira foi ela feita? É a doutrina espírita uma revelação, no sentido teológico da palavra, ou por outra, é, no seu todo, o produto do ensino oculto vindo do Alto? É absoluta ou suscetível de modificações? Trazendo aos homens a verdade integral, a revelação não teria por efeito impedi-los de fazer uso das suas faculdades, pois que lhes pouparia o trabalho da investigação? Qual a autoridade do ensino dos Espíritos, se eles não são infalíveis e superiores à Humanidade? Qual a utilidade da moral que pregam, se essa moral não é diversa da do Cristo, já conhecida? Quais as verdades novas que eles nos trazem? Precisará o homem de uma revelação? E não poderá achar em si mesmo e em sua consciência tudo quanto é mister para se conduzir na vida?

Definamos primeiro o sentido da palavra revelação. Revelar, do latim “revelare”, cuja raiz, “velum”, véu, significa literalmente sair de sob o “véu” — e, figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepção vulgar mais genérica, essa palavra se emprega a respeito de qualquer coisa ignota que é divulgada, de qualquer idéia nova que nos põe ao corrente do que não sabíamos. Deste ponto de vista, todas as ciências que nos fazem conhecer os mistérios da Natureza são revelações e pode dizer-se que há para a Humanidade uma revelação incessante.

A Astronomia revelou o mundo astral, que não conhecíamos; a Geologia revelou a formação da Terra; a Química, a lei das afinidades; a Fisiologia, as funções do organismo, etc.; Copérnico, Galileu, Newton, Laplace, Lavoisier foram reveladores.




Características da revelação

A característica essencial de qualquer revelação tem que ser a verdade. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato; se falso, já não é um fato e, por consequência, não existe revelação. Toda revelação desmentida por fatos deixa de o ser, se for atribuída a Deus. Não podendo Deus mentir, nem se enganar, ela não pode emanar dele: deve ser considerada produto de uma concepção humana.
No sentido especial da fé religiosa, a revelação se diz mais particularmente das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos e cujo conhecimento lhe dão Deus ou seus mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Neste caso, a revelação é sempre feita a homens predispostos, designados sob o nome de “profetas ou messias”, isto é, “enviados ou missionários”, incumbidos de transmiti-la aos homens. Considerada debaixo deste ponto de vista, a revelação implica a passividade absoluta e é aceita sem verificação, sem exame, nem discussão.
Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. Apesar dos erros das suas doutrinas, não deixaram de agitar os espíritos e, por isso mesmo, de semear os germens do progresso, que mais tarde haviam de desenvolver-se, ou se desenvolverão à luz brilhante do Cristianismo. É, pois, injusto se lhes lance anátema em nome da ortodoxia, porque dia virá em que todas essas crenças tão diversas na forma, mas que repousam realmente sobre um mesmo princípio fundamental — “Deus e a imortalidade” da alma, se fundirão numa grande e vasta unidade, logo que a razão triunfe dos preconceitos. Infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação; o papel de profeta há tentado as ambições secundárias e tem-se visto surgir uma multidão de pretensos reveladores ou messias, que, valendo-se do prestígio deste nome, exploram a credulidade em proveito do seu orgulho, da sua ganância, ou da sua indolência, achando mais cômodo viver à custa dos iludidos. A religião cristã não pôde evitar esses parasitas.
Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de transmiti-la; mas, sabe-se hoje que nem todos os Espíritos são perfeitos e que existem muitos que se apresentem sob falsas aparências, o que levou S. João a dizer: “Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.” (Epíst. 1ª, cap. IV, v. 4.)

Pode, pois, haver revelações sérias e verdadeiras, como as há apócrifas e mentirosas. “O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus.” É assim que a lei do Decálogo tem todos os caracteres de sua origem, enquanto que as outras leis moisaicas, fundamentalmente transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai, são obra pessoal e política do legislador hebreu. Com o abrandarem-se os costumes do povo, essas leis por si mesmas caíram em desuso, ao passo que o Decálogo ficou sempre de pé, como farol da Humanidade. O Cristo fez dele a base do seu edifício, abolindo as outras leis. Se estas fossem obra de Deus, seriam conservadas intactas. O Cristo e Moisés foram os dois grandes reveladores que mudaram a face ao mundo e nisso está a prova da sua missão divina. Uma obra puramente humana careceria de tal poder.” -( FEB - ESDE - Tomo único )- 




Estudo do Livro dos Espíritos








MUNDO NORMAL PRIMITIVO 


84. Os Espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos? 

“Sim, o mundo dos Espíritos, ou das inteligências incorpóreas.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Citações evangélicas III


"E disse: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo." -( Mateus, 27: 4 )-



Amados irmãos, bom dia!
Quantas vezes somos indiferentes às dificuldades de nossos irmãos e também dizemos: Que nos importa? Isso é contigo. Precisamos compreender que somos irmãos e como tal, somos responsáveis uns pelos outros. Que nosso Mestre Jesus e os bons Espíritos nos auxiliem em nossa reforma íntima.








Evangelho segundo João


Ÿ Diz-lhe Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” [...] E o que pedirdes em meu nome fá-lo-ei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes algo em meu nome, eu o farei. [...] Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Estas coisas vos tenho dito estando entre vós. [...] Vós ouvistes o que vos disse: Vou e retorno a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis por eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que eu. (João, 14:6; 13-14; 24-25 e 28) Ÿ Assim falou Jesus, e, erguendo os olhos ao céu, disse: “Pai, chegou a hora: glorifica teu Filho, para que teu Filho te glorifique, e que pelo poder que lhe deste sobre toda carne, ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste! Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e aquele que enviaste: Jesus Cristo.” (João, 17:1-3)




Estudo do Livro dos Espíritos







83. Os Espíritos têm fim? Compreende-se que seja eterno o princípio donde eles emanam, mas o que perguntamos é se suas individualidades têm um termo e se, em dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se dissemina e volta à massa donde saiu,  como sucede com os corpos materiais. É difícil de conceber-se que uma coisa que teve começo possa não ter fim. 

“Há muitas coisas que não compreendeis, porque tendes limitada a inteligência. Isso, porém, não é razão para que as repilais. O filho não compreende tudo o que a seu pai é compreensível, nem o ignorante tudo o que o sábio apreende. Dizemos que a existência dos Espíritos não tem fim. É tudo o que podemos, por agora, dizer.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 24 de abril de 2016

Citações evangélicas II


"Antes crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo." -( II Pedro, 3: 18 )-



Amados irmãos, bom dia!
Observemos crescer e realizar o chamado que nos foi feito. Não esperemos meios ou condições para isso, só no Senhor deve estar o nosso foco. Que os bons Espíritos nos auxiliem.









Evangelho segundo Lucas


ŸEu, porém, vos digo a vós que me escutais: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos difamam. A quem te ferir numa face, oferece a outra; a quem te arrebatar a capa, não recuses a túnica. Dá a quem te pedir, e não reclames de quem tomar o que é teu. Como quereis que os outros vos façam, faze também a eles. Se amais os que vos amam, que graça alcançais? Pois até mesmo os pecadores amam aqueles que os amam. E se fazeis o bem aos que vo-lo fazem, que graça alcançais? Até mesmo os pecadores agem assim!” (Lucas, 6: 27-33) Ÿ Jesus perguntou-lhe “Qual é o teu nome? E ele disse: “Legião”, porque muitos demônios haviam entrado nele.” (Lucas, 8: 30) 




Estudo do Livro dos Espíritos







82. Será certo dizer-se que os Espíritos são imateriais? 

“Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.” 

Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para exprimir a luz e seus efeitos. O cego de nascença se julga capaz de todas as percepções pelo ouvido, pelo olfato, pelo paladar e pelo tato. Não compreende as idéias que só lhe poderiam ser dadas pelo sentido que lhe falta. Nós outros somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos. Não os podemos definir senão por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação.




Que a graça e a paz sejam conosco!