"Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu vos enviei ao mundo." - Jesus - ( João, 17: 18 )
Amados irmãos, bom dia!
É muita honra e responsabilidade receber essa missão do nosso Mestre Jesus. Uma missão dada pelo Pai Celestial e que o filho compartilha conosco, é uma forma de nos valorizar e acreditar em nós mais até do que nós mesmos. Que os bons Espíritos nos auxiliem a desempenhar bem o nosso papel.
As bases da doutrina cristã
A mensagem cristã está
sintetizada nestes ensinamentos: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração,
de toda a alma e de todo o entendimento. Esse é o grande e o primeiro
mandamento. O segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas. Mateus,
22:37-40.
Tais orientações nos fazem
refletir que a prática do bem, pela vivência da caridade, é a condição
necessária para alcançarmos o reino dos céus anunciado por Jesus, amando a Deus
e ao próximo. Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e
orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes
precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti
mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E,
para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo,
acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro”,
isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem
amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o
mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a
caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima:
Fora da caridade não há salvação.
Estamos cientes de que a
melhoria moral do ser humano não acontece de uma hora para outra. Exige
esforço, perseverança e superação de inúmeros obstáculos, surgidos ao longo da
caminhada evolutiva. Entretanto, consoante as promessas do Cristo, estaremos
sempre guardados no seu imenso amor que nos concederá, ao final, o reino dos
céus, base da nossa imorredoura felicidade. A propósito, relata o Espírito
Humberto de Campos que, durante elucidativa conversa com Zebedeu, pai dos
apóstolos Tiago e João, Jesus teria afirmado: a mensagem da Boa Nova é
excelente para todos; contudo, nem todos os homens são ainda bons e justos para
com ela. É por isso que o Evangelho traz consigo o fermento da renovação e é
ainda por isso que deixarei o júbilo e a energia como as melhores armas aos
meus discípulos. Exterminando o mal e cultivando o bem, a Terra será para nós
um glorioso campo de batalha. Se um companheiro cair na luta, foi o mal que
tombou, nunca o irmão que, para nós outros, estará sempre de pé. Não
repousaremos até o dia da vitória final. Não nos deteremos numa falsa
contemplação de Deus, à margem do caminho, porque o Pai nos falará através de
todas as criaturas trazidas à boa estrada; estaremos juntos na tempestade,
porque aí a sua voz se manifesta com mais retumbância. Alegrar-nos-emos nos
instantes transitórios da dor e da derrota, porque aí o seu coração amoroso nos
dirá: “Vem, filho meu, estou nos teus sofrimentos com a luz dos meus ensinos!”
Combateremos os deuses dos triunfos fáceis, porque sabemos que a obra do
pertence a Deus, compreendendo que a sua sabedoria nos convoca para completá-la,
edificando o seu reino de venturas sem-fim no íntimo dos corações.
Partindo das concepções do
Judaísmo sobre Deus e a justiça divina, Jesus nos transmite, então, o maior
código de moralidade, jamais imaginado existir no Planeta, ensinando e
exemplificando, ele mesmo, a lei de amor em sua plenitude. Dessa forma, Jesus
[...] não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é,
desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento
dos homens. Por isso é que se nos depara, nessa lei, o princípio dos deveres
para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. Quanto às leis de
Moisés, propriamente ditas, ele, ao contrário, as modificou profundamente, quer
na substância, quer na forma. Mas, o papel de Jesus não foi o de um simples
legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe
dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe
vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera
ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim
a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino
conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses
meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos.
Entretanto, não disse tudo, limitando-se, respeito a muitos pontos, a lançar o
gérmen de verdades que, segundo ele próprio o declarou, ainda não podiam ser
compreendidas.
A mensagem cristã, cedo ou
tarde, triunfará: O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum
tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da
força conspirarão contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será
reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para sua luz
eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança. Então, novamente se
ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies,
dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade e a vida.” -(
FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento
inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer
que os Espíritos são formados do elemento inteligente,
como os corpos inertes o são do elemento material?
“Evidentemente. Os Espíritos são a individualização
do princípio inteligente, como os corpos são a individualização
do princípio material. A época e o modo por que essa
formação se operou é que são desconhecidos.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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