"E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só." -( Marcos, 12: 29 )-
Amados irmãos, bom dia!
Compreendendo que um só é Deus, teremos enfim entendimento de todas as religiões. O Senhor não as criou, mas, todas elas buscam o mesmo fim. E, se todos os caminhos nos levam ao nosso Mestre Jesus, estaremos todos no caminho da verdade e da vida.
O politeísmo egípcio
“Nos círculos esotéricos, onde
pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da
existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de
todos os seres [...]. Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu,
então, a idéia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra
e do Céu, do Homem e da Natureza. As massas [populares] requeriam esse
politeísmo simbólico, nas grandes festividades exteriores da religião. Já os
sacerdotes da época conheciam essa fraqueza das almas jovens, de todos os
tempos, satisfazendo-as com as expressões exotéricas de suas lições sublimadas.
Dessa idéia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos
naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses,
é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas
dos pastores, em contato permanente com a Natureza.
A mitologia grega e os
cânticos órficos
A palavra mitologia vem de
mito cujo significado [...] abriga a noção de narrativa tradicional de conteúdo
religioso. Entende-se, assim, por mitologia, em primeiro lugar o conjunto de
narrativas desse tipo tal como se apresentam em um ou mais povos; em segundo
lugar, o estudo das concepções mitológicas encaradas como um dos elementos
integrantes da vida social. A narrativa mitológica envolve, basicamente,
pretensos acontecimentos relativos a épocas primordiais, ocorridos antes do
surgimento dos homens (história dos deuses) ou com os “primeiros” homens (história
ancestral). Contudo, o verdadeiro objeto do mito não são os deuses nem os
ancestrais, mas a apresentação de um conjunto de ocorrências fabulosas
[concernentes ao legendário ou às narrativas criadas pela imaginação] com que
se procurou dar sentido ao mundo e às relações entre os seres. Os cânticos
órficos fazem parte da tradição religiosa ocidental. Segundo a mitologia, Zeus
teve nove filhas, denominadas musas, que dominavam a ciência universal e
presidiam as artes liberais. Uma dessas musas, Calíope, patrona da poesia
lírica e épica, e da eloquência, desposou Eagro, o deus-rio, de quem teve
Orfeu, célebre cantor, músico e poeta. As belezas da harmonia e do conteúdo dos
cantos e poesias órficos retratam, na gnose helênica (gnose=conhecimento
sublime ou divino), o dualismo entre o bem e o mal, e as noções de corpo e
alma. É importante registrar que foi o pensamento mítico e a gnose helênica que
forneceram os elementos para a construção da Filosofia grega, a qual, por sua
vez, representa a base da organização social e cultural dos povos do Ocidente.
A mitologia grega e os cânticos de Orfeu, enquanto ligados à experiência
religiosa, são característicamente politeístas e antropomórficos, nos
apresentando uma comunidade de deuses e deusas, detentores de poderes
supra-humanos, e distribuídos numa organização hierarquicamente estruturada:
chefia de um deus maior e todo-poderoso (Zeus ou Júpiter) ao qual estavam
submetidos os demais deuses: os principais, os subalternos a estes, as
divindades infernais e os heróis ou semideuses.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
73. O instinto independe da inteligência?
“Precisamente, não, por isso que o instinto é uma
espécie de inteligência. É uma inteligência sem raciocínio. Por ele é que todos os seres provêem às suas
necessidades.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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