"Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer Eu a vontade daquele que me enviou, e cumprir a sua obra." -( João, 4: 34 )-
Amados irmãos, bom dia!
A cada manhã dá-nos o Senhor nova oportunidade de trilhar os seus caminhos e fazer a sua vontade. Que os bons Espíritos e nosso Mestre Jesus nos fortaleçam para cumprirmos nosso compromisso de reforma íntima e da realização da obra que nos compete.
A origem divina do Decálogo
“O caráter essencial da
revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou
sujeita a modificação não pode emanar de Deus. É assim que a lei do Decálogo
tem todos os caracteres de sua origem, enquanto que as outras leis moisaicas,
fundamentalmente transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai,
são obra pessoal e política do legislador hebreu.
A Lei de Deus está formulada
nos Dez Mandamento ou Decálogo. Nela [...] há duas partes distintas: a Lei de
Deus [...] e a lei civil ou disciplinar [...]. Uma é invariável; a outra, [...]
se modifica com o tempo; Mas, nem por isso os dez mandamentos de Deus deixavam
de ser um como frontispício brilhante, qual farol destinado a clarear a estrada
que a Humanidade tinha de percorrer. A moral que Moisés ensinou era apropriada
ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos que ela se propunha
regenerar, e esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento da alma, não
teriam compreendido que se pudesse adorar a Deus de outro modo que não por meio
de holocaustos, nem que se devesse perdoar a um inimigo.
Notável do ponto de vista da
matéria e mesmo do das artes e das ciências, a inteligência deles muito
atrasada se achava em moralidade e não se houvera convertido sob o império de
uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes necessária uma representação
semimaterial, qual a que apresentava então a religião hebraica. Os holocaustos
lhes falavam aos sentidos, do mesmo passo que a idéia de Deus lhes falava ao
espírito. Moisés [...] foi inspirado a
reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o
monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas
determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do
Direito [...].
Os Dez Mandamentos da Lei de
Deus são os seguintes:
I - Eu sou o Senhor, vosso
Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim,
outros deuses estrangeiros. – Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do
que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas
águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.
II - Não pronunciareis em vão
o nome do Senhor, vosso Deus.
III - Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
IV - Honrai a vosso pai e a
vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos
dará.
V - Não mateis.
VI - Não cometais adultério.
VII - Não roubeis.
VIII - Não presteis testemunho
falso contra o vosso próximo.
IX - Não desejeis a mulher do
vosso próximo.
X - Não cobiceis a casa do
vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno,
nem qualquer das coisas que lhe pertençam.
É de todos os tempos e de
todos os países essa lei e tem, por isso mesmo, caráter divino. Todas as outras
são leis que Moisés decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo
de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater
arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito.
Para imprimir autoridade às suas leis, houve de lhes atribuir origem divina,
conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do
homem precisava apoiar-se na autoridade de Deus; mas, só a idéia de um Deus
terrível podia impressionar criaturas ignorantes, em as quais ainda pouco
desenvolvidos se encontravam o senso moral e o sentimento de uma justiça reta.
É evidente que aquele que incluíra, entre os seus mandamentos, este: “Não
matareis; não causareis dano ao vosso próximo”, não poderia contradizer-se,
fazendo da exterminação um dever. As leis moisaicas, propriamente ditas,
revestiam, pois, um caráter essencialmente transitório.” -( FEB - ESDE - Tomo
único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão
simples emanações ou porções desta e, por isto, denominados
filhos de Deus?
“Meu Deus! São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do
homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz
alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha,
criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus:
somos seus filhos, pois que somos obra sua."
Que a graça e a paz sejam conosco!
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