"Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, segundo o que também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado." -( II Pedro, 1: 14 )-
Amados irmãos, bom dia!
Muitas vezes usamos a expressão "a carne é fraca" para justificar nossas mazelas, nosso não comprometimento com nossa reforma íntima. Não irmãos, a carne não é fraca, ao contrário, nosso Pai Celestial quando nos criou deu-nos esse templo forte e capaz, para que através do bom uso dele pudéssemos evoluir e desenvolver as capacidades que nos deu. Nosso Mestre Jesus foi categórico ao afirmar que jamais nos seria permitido tentações que não pudéssemos resistir, portanto, sejamos responsáveis com o nosso templo terrestre e o usemos com respeito e consideração.
“O plano de Saulo foi
totalmente aceito pelo Sinédrio que lhe concedeu liberdade para agir
livremente. De posse das cartas de habilitação para agir convenientemente, em
cooperação com as sinagogas de Damasco, aceitou a companhia de três varões
respeitáveis, que se ofereceram a acompanhá-lo na qualidade de servidores muito
amigos. A fim de três dias, a pequena caravana se deslocou de Jerusalém para a
extensa planície da Síria. As ações de Paulo antes da sua conversão, iniciada,
propriamente, na estrada de Damasco foram guiadas por uma consciência mal
informada. Assume a postura do inquisidor religioso que não oferece espaço
mental para as orientações superiores ou para ponderações justas proferidas por
amigos, por exemplo, as de Gamaliel. Não satisfeito com a perseguição que
promoveu em Jerusalém, pediu cartas ao príncipe dos sacerdotes para aprisionar,
nas sinagogas de Damasco, os cristãos que ali buscavam abrigo (Atos dos
Apóstolos, 9: 1-2).
Aproximando-se de Damasco,
subitamente uma luz vinda do céu o envolveu de claridade. Caindo por terra,
ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ele
perguntou: “quem és, Senhor?”. E a resposta: “Eu sou Jesus, a quem tu estás
perseguindo. Mas levante-te, entra na cidade, e te dirão o que deves fazer”. Os
homens que com ele viajavam detiveram-se, emudecidos de espanto, ouvindo a voz,
mas não vendo ninguém. Saulo ergueu-se do chão. Mas, embora tivesse os olhos
abertos, não via nada. Conduzindo-o, então, pela mão, fizeram-no entrar em
Damasco. Esteve três dias sem ver, e nada comeu ou bebeu. Ora, vivia em Damasco
um discípulo chamado Ananias. O Senhor lhe disse em visão: “Ananias!”. Ele
respondeu: “Estou aqui Senhor!”. E o Senhor prosseguiu: “Levanta-te, vai pela
rua chamada Direita e procura, na casa de Judas, por alguém de nome Saulo, de
Tarso. Ele está orando e acaba de ver numa visão um homem chamado Ananias
entrar e lhe impor as mãos para que recobre a vista”. Ananias respondeu:
“Senhor, ouvi de muitos, a respeito deste homem, quantos males fez a teus
santos em Jerusalém. E está aqui com a autorização dos chefes dos sacerdotes
para prender a todos os que invocam o teu nome”. Mas o Senhor insistiu: “Vai,
porque este homem é para mim um instrumento de escol para levar o meu nome
diante das nações pagãs, dos reis, e dos filhos de Israel. Eu mesmo lhe
mostrarei quanto lhe é preciso sofrer em favor do meu nome”. Ananias partiu.
Entrou na casa, impôs sobre ele as mãos e disse: “Saulo, meu irmão, o Senhor me
enviou, Jesus o mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. É para que
recuperes a vista e fique repleto do Espírito Santo”. Logo caíram-lhe dos olhos
como que umas escamas, e recobrou a vista. Recebeu, então, o batismo e, tendo
tomado alimento, sentiu-se reconfortado. Saulo esteve alguns dias com os
discípulos em Damasco e, imediatamente, nas sinagogas, começou a proclamar
Jesus, afirmando que ele é o filho de Deus. Todos os que o ouviam ficavam
estupefatos e diziam: “mas não é este o que devastava em Jerusalém os que
invocavam esse nome, e veio para cá expressamente com o fim de prendê-los e
conduzi-los aos chefes sacerdotes?”. Saulo, porém, crescia mais e mais em poder
e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo
(Atos dos Apóstolos, 9: 3-22).
Os acontecimentos relativos à
conversão de Saulo, merecem reflexões mais aprofundadas. O socorro concedido a
Paulo de Tarso oferece, porém, ensinamento profundo. Antes de recebê-lo, o
ex-perseguidor rende-se incondicionalmente ao Cristo; penetra a cidade, em
obediência à recomendação divina, derrotado e sozinho, revelando extrema
renúncia, onde fora aplaudido triunfador. Acolhido em hospedaria singela,
abandonado de todos os companheiros, confiou em Jesus e recebeu-lhe a sublime
cooperação. É importante notar, contudo, que o Senhor, utilizando a
instrumentalidade de Ananias, não lhe cura senão os olhos, restituindo-lhe o
dom de ver. Paulo sente que lhe caem escamas dos órgãos visuais e, desde então,
oferecendo-se ao trabalho do Cristo, entra no caminho do sacrifício, a fim de
extrair, por si mesmo, as demais escamas que lhe obscureciam as outras zonas do
ser. É raro alguém transformar-se tão rapidamente, como aconteceu com Saulo.
Sob o influxo da presença e chamamento do Mestre, na estrada de Damasco, o
impetuoso fariseu muda radicalmente a sua posição na vida: de perseguidor passa
a ser protetor de todos os cristãos. Não é difícil imaginar os sacrifícios e
conflitos que o doutor de Tarso vivenciou para se transformar em discípulo
sincero do Evangelho. Deve ter experimentado enormes dificuldades nos
inevitáveis testemunhos. Importa considerar, porém, o significativo amparo
fraternal que recebeu de muitos, um bálsamo para aliviar as suas chagas morais.
Neste sentido, esclarece Emmanuel: O Mestre, para estender a sublimidade do seu
programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou
o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida, uma
assembleia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração
planetária. [...] Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para
a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não
dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de
Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo.”
-( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
185. O estado físico e moral dos seres vivos é perpetuamente
o mesmo em cada mundo?
“Não; os mundos também estão sujeitos à lei do progresso.
Todos começaram, como o vosso, por um estado
inferior e a própria Terra sofrerá idêntica transformação.
Tornar-se-á um paraíso, quando os homens se houverem
tornado bons.”
É assim que as raças, que hoje povoam a Terra, desaparecerão
um dia, substituídas por seres cada vez mais perfeitos, pois
que essas novas raças transformadas sucederão às atuais, como
estas sucederam a outras ainda mais grosseiras.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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