segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Conversão e missão de Paulo de Tarso - As viagens missionárias


"Mas a sabedoria que vem do alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisias." -( Tiago, 3: 17 )-




Amados irmãos, bom dia!
Examina, pois, as páginas de seu contato com o pensamento alheio, diariamente, e faze companhia àquelas que te desejam elevação. Não precisas das que se te afigurem mais brilhantes, mas daquelas que te façam melhor. ( O Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )








“Paulo estava convencido que na estrada de Damasco o Senhor o encarregara de levar o Evangelho aos povos gentílicos. Entretanto, compreendia que os judeus, seus irmãos de raça, deveriam também conhecer a mensagem de Jesus. Segundo relata Atos dos Apóstolos, “[...] sua prática usual era ir primeiro à sinagoga local. Gálatas, 2:7-9, no entanto, indica que sua atividade era, de maneira manifesta, dirigida aos gentios”.

Nas suas viagens visitou a maioria dos centros urbanos de destaque do mundo antigo, como os da Grécia, da Ásia Menor, além de Roma e Espanha. Passou por muitas atribulações, mas, de Espírito inquebrantável, conseguiu levar o Evangelho a inúmeros corações sequiosos de paz e de esclarecimento. Por onde passava, fundou igrejas ou núcleos de estudo do Evangelho. Os convertidos ao Cristianismo e seguidores de Paulo eram, em geral, escravos do Império Romano. A sua oratória exuberante atraía, também, romanos cultos, pertencentes à classe alta. Alguns eram claramente pessoas influentes, do tipo que levava litígios pessoais aos tribunais de justiça, e que podia se permitir fazer doações para as boas causas. Os companheiros de trabalho de Paulo desfrutavam também do estilo de vida tipicamente móvel das classes mais altas; na ausência das igrejas instaladas em prédios, a comunidade cristã dependia da generosidade de seus membros mais ricos para fornecer instalações para o culto coletivo e hospitalidade para pregadores ambulantes. Ao mesmo tempo, Paulo tinha a convicção de que o Evangelho transcendia as barreiras de raça, sexo e classe, e insistia na igualdade de todos os crentes.




 A primeira viagem






A missão apostólica, propriamente dita, tem início em Antioquia, entre os anos de 45 e 49. Paulo e Barnabé — seguidos do jovem João Marcos, autor do segundo evangelho — partem para propagar a Boa Nova, em terras distantes (Atos dos Apóstolos, 12:25). De Antioquia vai a Chipre e Salamina; daí seguem até Pafos, onde encontra um mago, falso profeta, chamado Bar-Jesus (ou Elimas) que tudo fez para impedir o Procônsul Sérgio Paulo de ouvir a pregação de Paulo e Barnabé. Paulo, entretanto, neutralizou a ação de Elimas, de forma que o Procônsul ficou maravilhado pela Doutrina do Senhor (Atos dos Apóstolos, 13:4-12). De Pafos, alcançam Perge, da Panfília. João Marcos se separa do grupo, retornando a Jerusalém. Paulo e Barnabé saem de Perge e chegam a Antioquia da Psídia (Atos dos Apóstolos, 13:13-14). Nessa localidade, os apóstolos atraíram grande multidão para ouví-los. Entretanto, os judeus encheram-se de inveja e promoveram acirrada perseguição, obrigando Paulo e Barnabé seguirem viagem para Icônio (Atos dos Apóstolos, 13:44-52). Em Icônio, os dois mensageiros do Evangelho sofrem ultrajes e apedrejamentos por parte dos membros da sinagoga, enciumados da boa receptividade dos judeus e gregos que se maravilharam com os ensinos de Jesus. Paulo e Barnabé fogem então, para Listra e Derbe, cidades da Licaônia (Atos dos Apóstolos, 14: 1-7).

Devido à boa recepção dos povos pagãos, o apóstolo começa a usar o “[...] seu nome grego Paulo, de preferência ao nome judaico Saulo [...], e é também então que ele suplanta seu companheiro Barnabé, em razão de sua preponderância na pregação.” (Atos dos Apóstolos, 14:12). Retornando a Antioquia, levanta-se ali a primeira controvérsia entre os cristãos, procedentes de Jerusalém e ainda presos às tradições do Judaísmo, que pretendiam impor a observância da lei moisaica aos cristãos convertidos, provenientes do paganismo. Os cristãos de Antioquia decidem, então, enviar Paulo e Barnabé a Jerusalém, para discutir o assunto com os apóstolos (Atos dos Apóstolos, 15:2). Assim, 14 anos após a sua conversão (Gálatas, 2:1), em 49, volta Paulo a Jerusalém para participar de um concílio apostólico, onde seria aceito como apóstolo, com missão junto aos gentios, oficialmente reconhecida (Gálatas, 2:2). Reuniram-se Pedro, Tiago e seus colaboradores, constituindo o chamado “Assembleia ou Concílio de Jerusalém”. Nesse concílio ficou determinado que os cristãos de origem gentílica ou judaica, teriam total liberdade para seguir, ou não, os rituais disciplinares impostos pela lei moisaica, evitando, porém, manifestações idólatras (Atos dos Apóstolos, 15:1-30).” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais, ou se acham no espaço universal, sem estarem mais ligados a um mundo do que a outros? 

“Habitam certos mundos, mas não lhes ficam presos, como os homens à Terra; podem, melhor do que os outros, estar em toda parte.”

Segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo-lhe Jú- piter superior de muito, a todos os respeitos. O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, que eles dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por meio do fluido universal. Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga. O volume de cada um e a distância a que esteja do Sol nenhuma relação necessária guardam com o grau do seu adiantamento, pois que, do contrário, Vênus deveria ser tida por mais adiantada do que a Terra e Saturno menos do que Júpiter. Muitos Espíritos, que na Terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e há causado espanto que, nesse globo tão adiantado, estivessem homens a quem a opinião geral aqui não atribuía tanta elevação. Nisso nada há de surpreendente,desde que se atenda a que, possivelmente, certos Espíritos, habitantes daquele planeta, foram mandados à Terra para desempenharem aí certa missão que, aos nossos olhos, os não colocava na primeira plana. Em segundo lugar, deve-se atender a que, entre a existência que tiveram na Terra e a que passaram a ter em Júpiter, podem eles ter tido outras intermédias, em que se melhoraram. Finalmente, cumpre se considere que, naquele mundo, como no nosso, múltiplos são os graus de desenvolvimento e que, entre esses graus, pode medear lá a distância que vai, entre nós, do selvagem ao homem civilizado. Assim, do fato de um Espírito habitar Júpiter não se segue que esteja no nível dos seres mais adiantados, do mesmo modo que ninguém pode considerar-se na categoria de um sábio do Instituto, só porque reside em Paris. As condições de longevidade não são, tampouco, em qualquer parte, as mesmas que na Terra e as idades não se podem comparar. Evocado, um Espírito que desencarnara havia alguns anos, disse que, desde seis meses antes, estava encarnado em mundo cujo nome nos é desconhecido. Interrogado sobre a idade que tinha nesse mundo, disse: “Não posso avaliá-la, porque não contamos o tempo como contais. Depois, os modos de existência não são idênticos. Nós, lá, nos desenvolvemos muito mais rapidamente. Entretanto, se bem não haja mais de seis dos vossos meses que lá estou, posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos da idade que tive na Terra.” Muitas respostas análogas foram dadas por outros Espíritos e o fato nada apresenta de inverossímil. Não vemos que, na Terra, uma imensidade de animais em poucos meses adquire o desenvolvimento normal? Por que não se poderia dar o mesmo com o homem noutras esferas? Notemos, além disso, que o desenvolvimento que o homem alcança na Terra aos trinta anos talvez não passe de uma espécie de infância, comparado com o que lhe cumpre atingir. Bem curto de vista se revela quem nos toma em tudo por protótipos da criação, assim como é rebaixar a Divindade o imaginar-se que, fora o homem, nada mais seja possível a Deus.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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