quinta-feira, 11 de agosto de 2016

A última viagem de Paulo (viagem a Roma)


"Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las." - Jesus - ( Lucas, 17: 31 )



Amados irmãos, bom dia!
Que saibamos separar as alfaias de adorno dos vasos essenciais, as frivolidades dos deveres justos a fim de não sofrermos dolorosos abalos no coração. Muitas vezes, os companheiros, os pais e os filhos não conseguem mover-se além das zonas inferiores de compreensão.








“Lucas narra todas as peripécias dessa viagem marítima: o naufrágio, o refúgio em Malta e chegada em Roma (Atos dos Apóstolos, 27:3-28;15). Ali permaneceu em prisão domiciliar durante dois anos, recebendo visitas e trabalhando na pregação do Evangelho (Atos dos Apóstolos, 28:30-31). São deste período as cartas do cativeiro: a Filemon, aos colossenses, aos efésios e aos filipenses. Há indicações que Paulo foi libertado no ano 63, situação que lhe permitiu executar antigo projeto de pregar o Evangelho na Espanha, “nos confins do mundo”, como afirmou em sua epístola aos Romanos, 15:24. Alguns estudiosos têm dúvidas se, efetivamente, Paulo pregou a Boa Nova na Espanha, até porque não é fácil reconstruir o itinerário dessa última viagem. Sabemos que ele voltou a Éfeso e dali partiu para Macedônia. Também esteve em Creta (I Timóteo, 1:5), em Corinto e em Mileto (II Timóteo, 4:19-20). Nesse período escreveu duas cartas: a primeira a Timóteo e a de Tito. Foi preso em 66 e levado de volta a Roma. Emmanuel esclarece que Paulo foi à Espanha onde difundiu o Evangelho, partindo para este país quando da chegada de Pedro a Roma. Alegando que Pedro o substituíra com vantagem, deliberou embarcar no dia prefixado, num pequeno navio que se destinava à costa gaulesa. [...] Acompanhado de Lucas, Timóteo e Dimas, o velho advogado dos gentios partiu ao amanhacer de um dia lindo, cheio de projetos generosos. A missão visitou parte das Gálias, dirigindo-se ao território espanhol, demorando-se mais na região de Tortosa.

Enquanto Paulo estava na Espanha ocorreu a prisão do apóstolo João, que ficou mantido sob vigilância nos cárceres imundos do Esquilino; Pedro envia mensagem a Paulo, suplicando-lhe intercessão junto às autoridades romanas, seus conhecidos, em benefício do filho de Zebedeu. Paulo interrompe, então, seu trabalho evangélico na Espanha e retorna imediatamente a Roma. O ano 64 seguia o seu curso normal, indiferente às aflições que se abatiam sobre numerosos cristãos. Tempos depois, Paulo é outra vez aprisionado em Roma. Este segundo cativeiro foi mais penoso do que o primeiro, pois o apóstolo ficou em prisão comum, considerado malfeitor (desde o ano de 64, o nome cristão era sinônimo de marginal por ordem do imperador Nero). Escreve a segunda epístola a Timóteo. O texto existente em II Timóteo, 4:11, é considerado o testamento do apóstolo. Supõe-se que escreveu a epístola aos hebreus entre os anos 64–66, em Roma, ou talvez em Atenas. Segundo a tradição, foi decapitado no ano 67, em Roma. São tocantes momentos finais do apóstolo Paulo. Emocionadíssimo, escreve a sua última epístola (a segunda, destinada a Timóteo), amparado pela presença amiga de Lucas. A firmeza de sua fé, a convicção irredutível no amor do Cristo são grandiosas, envolvendo Tigilino, seu carrasco, que, trêmulo, lastima ter que decapitá-lo.


Do outro lado, no plano espiritual, amigos sinceros o aguardavam, sendo inicialmente abraçado por Ananias, aquele que lhe restituiu a visão nos idos tempos, após os acontecimentos na estrada de Damasco. Mais tarde, encontra Gamaliel que, reunidos em caravana, viajam por todos os lugares onde peregrinou, chegando em Jerusalém, no calvário, local onde Jesus foi crucificado. A luminosa caravana espiritual ora fervorosamente, envolvidos em júbilos elevados. Paulo vê, então, surgir à sua frente a radiante figura de Jesus que tem, ao seu lado, Estêvão e Abigail. “[...] Deslumbrado, arrebatado, o Apóstolo apenas pôde estender os braços, porque a voz lhe fugia no auge da comoção.” -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






191. As dos nossos selvagens são almas no estado de infância?

“De infância relativa, pois já são almas desenvolvidas, visto que já nutrem paixões.” 

a) — Então, as paixões são um sinal de desenvolvimento? 

“De desenvolvimento, sim; de perfeição, porém, não. São sinal de atividade e de consciência do eu, porquanto, na alma primitiva, a inteligência e a vida se acham no estado de gérmen.” 

A vida do Espírito, em seu conjunto, apresenta as mesmas fases que observamos na vida corporal. Ele passa gradualmente do estado de embrião ao de infância, para chegar, percorrendo sucessivos períodos, ao de adulto, que é o da perfeição, com a diferença de que para o Espírito não há declínio, nem decrepitude, como na vida corporal; que a sua vida, que teve começo, não terá fim; que imenso tempo lhe é necessário, do nosso ponto de vista, para passar da infância espírita ao completo desenvolvimento; e que o seu progresso se realiza, não num único mundo, mas vivendo ele em mundos diversos. A vida do Espírito, pois, se compõe de uma série de existências corpóreas, cada uma das quais representa para ele uma ocasião de progredir, do mesmo modo que cada existência corporal se compõe de uma série de dias, em cada um dos quais o homem obtém um acréscimo de experiência e de instrução. Mas, assim como, na vida do homem, há dias que nenhum fruto produzem, na do Espírito há existências corporais de que ele nenhum resultado colhe, porque não as soube aproveitar.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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