segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Dados biográficos de Estêvão


"Não useis, porém, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade." -( Paulo aos Gálatas, 5: 13 )-



Amados irmãos, bom dia!
A liberdade é a maior prova da esperança que nosso Pai Celestial tem em nós. Ele espera que a usemos para o bem e à elevação de todos. Quão raros são os que a sabem usar assim. Sejamos vigilantes quanto a essa questão, pois, as escolhas que fazemos hoje serão nossa colheita no porvir.









“Estêvão era um judeu helenista, nascido na cidade de Corinto, província de Acaia, dominada pelos romanos. A cidade, reedificada por Júlio César, era a mais bela joia da velha Acaia, servindo de capital à formosa província. Não se podia encontrar, na sua intimidade, o espírito helênico em sua pureza antiga, mesmo porque, depois de um século de lamentável abandono [...], restaurando-a, o grande imperador transformara Corinto em colônia importante de romanos, para onde ocorrera grande número de libertos ansiosos de trabalho remunerador, ou proprietários de promissoras fortunas. A estes, associara-se vasta corrente de israelitas e considerável percentagem de filhos de outras raças que ali se aglomeravam, transformando a cidade em núcleo de convergência de todos os aventureiros do Oriente e do Ocidente.

Descendente da tribo de Issacar, Estêvão se revelou, desde jovem, destacado estudioso das escrituras, apreciando, em especial, os ensinamentos de Isaías que anunciavam a promessa da vinda do Messias. A sua vida foi marcada por grandes sacrifícios e renúncias, sobretudo quando se converteu ao Cristianismo. A partir deste momento, Jeziel rompe definitivamente com as tradições do Judaísmo, adotando o pseudônimo de Estêvão, o primeiro mártir do movimento cristão. Possuidor de personalidade envolvente, Estêvão “cheio de graça e de força, operava grandes prodígios e sinais entre o povo” (Atos dos Apóstolos, 6:8).


No ano de 34 d. C., os habitantes de Corinto sofreram dolorosa perseguição do Procônsul romano, Licínio Minúcio, que, [...] cercado de grande número de agentes políticos e militares e estabelecendo o terror entre todas as classes, com seus processos infamantes. [...] Numerosas famílias de origem judaíca foram escolhidas como vítimas preferenciais da nefanda extorsão. A família de Estêvão se resumia ao pai Jochedeb e a irmã Abigail — que futuramente seria noiva de Paulo de Tarso —, uma vez que a sua mãe era falecida. Essa família foi diretamente atingida pela perseguição do preposto de César, quando o idoso Jochedeb foi covardemente assassinado, Estêvão foi feito prisioneiro e atirado ao trabalho forçado nas galeras (galés) romanas. Abigail fugiu para Jerusalém sob a proteção de uma família judia, Zacarias e Ruth, também vítima de perseguição, que teve os filhos mortos. Esse casal adotou a jovem irmã de Jeziel como uma filha querida. Estêvão, ou Jeziel, enfrentou com coragem e grande fortaleza moral as provações que a vida lhe reservara. Nas galés romanas o valoroso seguidor do Cristo foi submetido às mais ásperas privações, mas, estoicamente, tudo suportou, jamais perdendo a fé em Deus. Voltando de Cefalônia, a galera recebeu um passageiro ilustre. Era o jovem romano Sérgio Paulo, que se dirigia para a cidade de Citium, em comissão de natureza política. [...] Dada a importância do seu nome e o caráter oficial da missão a ele cometida, o comandante Sérvio Carbo lhe reservou as melhores acomodações. Sérgio Paulo, entretanto [...] adoeceu com febre alta, abrindo-se-lhe o corpo em chagas purulentas. [...] O médico de bordo não conseguiu explicar a enfermidade e os amigos do enfermo começaram a retrair-se com indisfarçável escrúpulo. Ao fim de três dias, o jovem romano achava-se quase abondonado. O comandante, preocupado por sua vez, com a própria situação e receoso por si mesmo, chamou Lisipo [feitor da galera], pedindo-lhe que indicasse um escravo dos mais educados e maneirosos, capaz de incumbir-se de toda assistência ao passageiro ilustre. O feitor designou Jeziel, incontinenti, e, na mesma tarde, o moço hebreu penetrou o camarote do enfermo, com o mesmo espírito de serenidade que costumava testemunhar nas situações díspares e arriscadas. Estêvão cuidou do romano com extremada dedicação, conquistando-lhe a simpatia. Entre ambos estabeleceu-se laços de amizade sincera, de sorte que usando do prestígio político que possuia, Sérgio Paulo obteve a libertação do seu dedicado enfermeiro, fazendo-o aportar em Jerusalém. Estêvão chegou em Jerusalém extremamente enfermo, pois contraíra a estranha doença que atingira o seu libertador. Um desconhecido, denominado Irineu de Crotona, encaminhou a Efraim, um cristão, conhecido como seguidor do “Caminho” (designação primitiva do Cristianismo) que, por sua vez, o conduziu à “Casa do Caminho”, moradia do apóstolo Pedro, transformada em local de atendimento a todos os necessitados. Na Casa do Caminho, Estêvão recebeu o amparo que necessitava, encontrando no apóstolo Pedro um verdadeiro amigo, que lhe prestou esclarecimentos a respeito de Jesus e da sua iluminada mensagem de amor. O valoroso Simão Pedro, após tomar conhecimento do drama vivido por Jeziel, desde a perseguição ocorrida em Corinto até a liberdade alcançada por intercessão de Sérgio Paulo, recomenda-lhe manter-se em anonimato, afirmando: [...] Jerusalém regurgita de romanos e não seria justo comprometer o generoso amigo que te restituiu à liberdade. [...] — Serás meu filho, doravante — exclamou Simão num transporte de júbilo. [...] — Para que não te esqueças da Acaia, onde o Senhor se dignou de buscar-te para o seu ministério divino, eu te batizarei no credo novo com o nome grego de Estêvão. A partir desse momento, Estêvão absorveu-se no estudo dos ensinos do Cristo, participando da difusão da mensagem da Boa Nova na modesta moradia da Casa do Caminho, cujos serviços de alimentação, enfermagem e de semeadura da palavra divina cresciam celeremente. Com a ampliação dos serviços prestados à comunidade, surgiu, então, a necessidade de dividir as tarefas, evitando que um servidor ficasse mais sobrecarregado que outro. Na primeira reunião da Igreja humilde, Simão Pedro pediu, então, nomeassem sete auxiliares para o serviço de enfermarias e dos refeitórios, resolução que foi aprovada com geral aprazimento. Entre os sete irmãos escolhidos, Estêvão foi designado com a simpatia de todos. Começou para o jovem de Corinto uma vida nova. Aquelas mesmas virtudes espirituais que iluminavam a sua personalidade e que tanto haviam contribuído para a cura do patrício, que o restituíra à liberdade, difundiam entre os doentes e indigentes de Jerusalém os mais santos consolos. [...] Simão Pedro não cabia em si de contente, em face das vitórias do filho espiritual. Os necessitados tinham a impressão de haver recebido um novo arauto de Deus para o alívio de suas dores. Em pouco tempo, Estêvão tornou-se famoso em Jerusalém, pelos seus feitos quase miraculosos. Considerado o escolhido do Cristo, sua ação resoluta e sincera arregimentara, em poucos meses, as mais vastas conquistas para o Evangelho do amor e do perdão.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos






181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos? 

“É fora de dúvida que têm corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e desse fato têm consciência na Terra; com outros, no entanto, o mesmo não se dá.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário