“E tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a
relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.” -( Mateus, 14:19 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Ante o quadro da legião de famintos, qualquer homem experimentaria
invencível desânimo, considerando a migalha de cinco pães e dois peixes. Mas Jesus
emprega o imenso poder da bondade e consegue alimentar a todos, sobejamente. Observemos, contudo, que para isso toma os discípulos por intermediários. O ensinamento do Mestre, nesse passo do Evangelho, é altamente
simbólico. É imprescindível, no entanto, não duvidar de nossas possibilidades mínimas
no bem. Nossas migalhas de boa vontade na disposição de servir santamente, quando conduzidas ao Cristo, valem mais que toda a multidão de males do mundo." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"O vocábulo ovelha, usualmente empregado nos textos religiosos, testamentais
e não testamentais, apresenta três interpretações:
a) a forma literal
conhecida, de animal, fêmea do carneiro. Exemplo: “Que vos parece? Se algum
homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes,
deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?” (Mt 18:12)
b) a
que faz referência aos crentes, religiosos, adeptos ou seguidores de uma religião.
Exemplo: “[...] mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel [...]” (Mt
10:6). Neste aspecto, as ovelhas perdidas representam os judeus afastados da
sinagoga ou desiludidos com o judaísmo;
c) a que indica todos os Espíritos
bons, justos ou benevolentes. Exemplo: “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória [...]; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns
dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à
sua direita, mas os bodes à esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua
direita: Vinde, benditos do meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e deste-me de comer
[...]. Então, os justos lhes responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com
fome e te demos de comer? [...]”(Mt 25:31-37).
Fica claro que Jesus considera como “ovelhas” o sentido expresso nos
itens “ b” e “c”.
• Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém
agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor (Jo,
10:16).
Jesus anuncia, com essas palavras, a diversidade religiosa que existia na
sua época, em todas as partes do mundo, cuja maioria abraçava a crença em
vários deuses. Mesmo entre os judeus, monoteístas por natureza, existiam
divisões quanto à interpretação da revelação de Moisés. Em Jerusalém, a sede
do monoteísmo hebreu, conviviam diversas seitas do judaísmo: dos fariseus
e saduceus; dos nazarenos e essênios; dos samaritanos e terapeutas etc. Os judeus
que nasceram e viveram fora de Jerusalém sofreram, especialmente, forte
influência dos povos gentílicos. Um exemplo que se destaca diz respeito aos
chamados “judeus helênicos” envolvidos, em geral, com as idéias dos filósofos
gregos, sobretudo os da famosa Escola de Alexandria.
Nos dias atuais, percebemos que o politeísmo não é tão expressivo como era
na Antiguidade, em razão da existência das três grandes revelações monoteístas,
firmemente estabelecidas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Contudo, a
mensagem cristã não é crença universal. Daí Jesus anunciar a conveniência de
agregar ao seu aprisco outras ovelhas, as que ainda não aceitam ou desconhecem
a sua mensagem de amor. A profecia do Cristo se aplica tanto à Humanidade
daquela época quanto a da atualidade.
Trata-se de uma profecia que será cumprida, possivelmente, durante o
período de regeneração, quando a Humanidade terrestre estará mais unida
em torno de idéias comuns, sobretudo no campo da fé:
A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social; mas, não há fraternidade real,
sólida, efetiva, senão assente em base inabalável e essa base é a fé, não a fé em tais ou tais dogmas particulares, que mudam com os tempos e os povos e que mutuamente se
apedrejam, porquanto, anatematizando-se uns aos outros, alimentam o antagonismo,
mas a fé nos princípios fundamentais que toda a gente pode aceitar e aceitará: Deus,
a alma, o futuro, o progresso individual indefinito, a perpetuidade das relações entre os
seres. Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para
todos; de que esse Deus, soberanamente justo e bom, nada de injusto pode querer; que
não dele, porém dos homens vem o mal, todos se considerarão filhos do mesmo Pai e se
estenderão as mãos uns aos outros. Essa a fé que o Espiritismo faculta e que doravante
será o eixo em torno do qual girará o gênero humano, quaisquer que sejam os cultos e
as crenças particulares." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
451. Por que é que a segunda vista parece hereditária em
algumas famílias?
“Por semelhança da organização, que se transmite como
as outras qualidades físicas. Depois, a faculdade se desenvolve
por uma espécie de educação, que também se
transmite de um a outro.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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