quinta-feira, 6 de abril de 2017

Vos ensinará todas coisas


“Que fazeis de especial?”  - Jesus - ( Mateus, 5:47 )




Amados irmãos, bom dia!
"Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão  normal dos homens encarnados. Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a interrogação do Divino Mestre: — Que fazeis mais que os outros?" -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  






"Erguida no alicerce das leis universais, o Espiritismo, chegou no momento em que o avanço das conquistas humanas revelava maior discernimento para implementação da fé raciocinada. Os seus abençoados ensinos foram sustentados e transmitidos pela abnegada ação dos mensageiros do Cristo. O Espiritismo pode, pois, ser compreendido como a manifestação da misericórdia divina, iluminando os passos dos que se encontram cansados, desiludidos e oprimidos, os quais, sustentados pelo Amor Divino, cooperam para a edificação de uma Humanidade Regenerada. 

A frase “Vos ensinará todas coisas”, indica o caráter dinâmico e atual das orientações espíritas, uma vez que os médiuns em processo de sintonia com os Orientadores da Vida Maior, deles receberão contínuos e renovados esclarecimentos. A última frase do versículo — “E vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” — é uma referência, explícita, à necessidade de estudar o Evangelho à luz do Consolador Prometido. O conhecimento dos postulados espíritas oferece subsídios para o entendimento completo da Mensagem do Cristo. É tarefa sem êxito querer compreender o Evangelho somente pelo sentido literal. É preciso captar-lhe a essência, o seu significado espiritual e atemporal, tal como propõe a Doutrina Espírita. A palavra de Jesus submetida às lentes espíritas se desdobra em cada lance, de modo simples e natural, favorecendo melhor e mais amplo entendimento. 

Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir (Jo 16:12-13). 

O versículo 12 informa: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”. Por esta afirmativa, o Cristo nos projeta para o grande futuro, conscientizando-nos que o aprendizado espiritual prossegue sempre, de forma infinita, porque nunca está completo. À medida que evoluímos,  percebemos uma nova verdade que, como uma reação em cadeia, nos conduz a outra, sucessivamente, ao longo dos tempos. Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino; em suma, que desfariam o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito. 

A Teologia tradicional ensina que o Consolador teria vindo no dia de Pentecostes. Acreditamos que é um equívoco de interpretação, pois não seria em apenas cinquenta dias — contados da Ressurreição ao dia de Pentecostes — que os discípulos estariam suficientemente preparados para apreender todo ensinamento do Mestre. Na verdade, Pentecostes marca, de forma indelével, o início do trabalho apostolar, as lutas e os testemunhos que eles teriam de submeter por amor ao Senhor. 

Sobretudo se considerarmos que os praticantes da lei de Moisés, daquela época, ainda se encontravam na adolescência espiritual, por se manterem presos aos ritualismos dos cultos. Ora, se o Cristo não dissera tudo quanto tinha a dizer, porque nem mesmo seus discípulos podiam, ainda, entender certas verdades, será que, algumas semanas depois, já haviam esses mesmos homens alcançado as luzes necessárias à compreensão do que ele deixara de dizer? Só mesmo quem desconhecesse por completo a natureza humana poderia admitir tal hipótese. 

No período do surgimento da Doutrina Espírita, a Humanidade estava espiritualmente mais adiantada. Daí a pujança que aportou ao mundo, elegendo o Amor, na forma de caridade, e a Fé raciocinada como princípios fundamentais. Os cinquenta dias que decorreram da ressurreição ao Pentecostes, assim como não seriam suficientes para dar aos homens os conhecimentos que só podem ser adquiridos a longo prazo, seriam poucos, igualmente, para que houvessem esquecido as palavras do Mestre e se fizesse preciso “recordá-las”, tanto mais que, durante quarenta dias, permaneceu ele [Jesus] cá na Terra, manifestando-se aos discípulos, antes de ascender aos céus." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos







430. Pois que a sua clarividência é a de sua alma ou de seu Espírito, por que é que o sonâmbulo não vê tudo e tantas vezes se engana? 

“Primeiramente, aos Espíritos imperfeitos não é dado verem tudo e tudo saberem. Não ignoras que ainda partilham dos vossos erros e prejuízos. Depois, quando unidos à matéria, não gozam de todas as suas faculdades de Espírito. Deus outorgou ao homem a faculdade sonambúlica para fim útil e sério, não para que se informe do que não deva saber. Eis por que os sonâmbulos nem tudo podem dizer.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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