“Que fazeis de especial?” - Jesus - ( Mateus, 5:47 )
Amados irmãos, bom dia!
"Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem
patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens
encarnados. Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais
altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a
interrogação do Divino Mestre: — Que fazeis mais que os outros?" -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"Erguida no alicerce das leis universais, o Espiritismo, chegou no momento
em que o avanço das conquistas humanas revelava maior discernimento para
implementação da fé raciocinada.
Os seus abençoados ensinos foram sustentados e transmitidos pela
abnegada ação dos mensageiros do Cristo. O Espiritismo pode, pois, ser compreendido
como a manifestação da misericórdia divina, iluminando os passos
dos que se encontram cansados, desiludidos e oprimidos, os quais, sustentados
pelo Amor Divino, cooperam para a edificação de uma Humanidade Regenerada.
A frase “Vos ensinará todas coisas”, indica o caráter dinâmico e atual
das orientações espíritas, uma vez que os médiuns em processo de sintonia
com os Orientadores da Vida Maior, deles receberão contínuos e renovados
esclarecimentos.
A última frase do versículo — “E vos fará lembrar de tudo quanto vos
tenho dito” — é uma referência, explícita, à necessidade de estudar o Evangelho
à luz do Consolador Prometido. O conhecimento dos postulados espíritas
oferece subsídios para o entendimento completo da Mensagem do Cristo. É
tarefa sem êxito querer compreender o Evangelho somente pelo sentido literal.
É preciso captar-lhe a essência, o seu significado espiritual e atemporal,
tal como propõe a Doutrina Espírita. A palavra de Jesus submetida às lentes
espíritas se desdobra em cada lance, de modo simples e natural, favorecendo
melhor e mais amplo entendimento.
Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade;
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará
o que há de vir (Jo 16:12-13).
O versículo 12 informa: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o
podeis suportar agora”. Por esta afirmativa, o Cristo nos projeta para o grande
futuro, conscientizando-nos que o aprendizado espiritual prossegue sempre,
de forma infinita, porque nunca está completo. À medida que evoluímos, percebemos uma nova verdade que, como uma reação em cadeia, nos conduz
a outra, sucessivamente, ao longo dos tempos.
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas
verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como
ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que
o completaria; previra, pois, que suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os
homens se desviariam do seu ensino; em suma, que desfariam o que ele fez, uma vez que
todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito.
A Teologia tradicional ensina que o Consolador teria vindo no dia de
Pentecostes. Acreditamos que é um equívoco de interpretação, pois não seria
em apenas cinquenta dias — contados da Ressurreição ao dia de Pentecostes
— que os discípulos estariam suficientemente preparados para apreender todo
ensinamento do Mestre. Na verdade, Pentecostes marca, de forma indelével, o
início do trabalho apostolar, as lutas e os testemunhos que eles teriam de submeter
por amor ao Senhor.
Sobretudo se considerarmos que os praticantes da
lei de Moisés, daquela época, ainda se encontravam na adolescência espiritual,
por se manterem presos aos ritualismos dos cultos.
Ora, se o Cristo não dissera tudo quanto tinha a dizer, porque nem mesmo seus discípulos
podiam, ainda, entender certas verdades, será que, algumas semanas depois, já haviam
esses mesmos homens alcançado as luzes necessárias à compreensão do que ele deixara
de dizer? Só mesmo quem desconhecesse por completo a natureza humana poderia
admitir tal hipótese.
No período do surgimento da Doutrina Espírita, a Humanidade estava
espiritualmente mais adiantada. Daí a pujança que aportou ao mundo,
elegendo o Amor, na forma de caridade, e a Fé raciocinada como princípios
fundamentais.
Os cinquenta dias que decorreram da ressurreição ao Pentecostes, assim como não seriam
suficientes para dar aos homens os conhecimentos que só podem ser adquiridos a longo
prazo, seriam poucos, igualmente, para que houvessem esquecido as palavras do Mestre
e se fizesse preciso “recordá-las”, tanto mais que, durante quarenta dias, permaneceu ele
[Jesus] cá na Terra, manifestando-se aos discípulos, antes de ascender aos céus." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
430. Pois que a sua clarividência é a de sua alma ou de seu
Espírito, por que é que o sonâmbulo não vê tudo e
tantas vezes se engana?
“Primeiramente, aos Espíritos imperfeitos não é dado
verem tudo e tudo saberem. Não ignoras que ainda partilham
dos vossos erros e prejuízos. Depois, quando unidos
à matéria, não gozam de todas as suas faculdades de Espírito. Deus outorgou ao homem a faculdade sonambúlica
para fim útil e sério, não para que se informe do que não
deva saber. Eis por que os sonâmbulos nem tudo
podem dizer.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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