domingo, 9 de abril de 2017

Não é este o filho do carpinteiro?


“Mas  se  alguém  te  bater  na  face  direita,  oferece-­lhe  também a outra.”  - Jesus - ( Mateus, 5:39 )




Amados irmãos, bom dia!
"Quando um homem investe contra outro, utilizando a força física, os recursos espirituais de qualquer espécie já foram momentaneamente obliterados no  atacante.  O murro da cólera somente surge quando a razão foi afastada. E sobrevindo semelhante problema, somente a calma do adversário  consegue atenuar os desequilíbrios, procedentes da ausência de controle. O único recurso para conter um homem desvairado, compelindo-­o a reajustar­-se dignamente, é conservar­-se o contendor ou os circunstantes em posição  normal, sem cair no mesmo nível de inferioridade. Segundo reconhecemos, portanto, no conselho do Cristo não há convite à fraqueza, mas apelo à superioridade que as pessoas vulgares ainda desconhecem." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )






Interpretação do texto evangélico:

E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam e diziam: Donde veio a este a sabedoria e estas maravilhas? Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe veio, pois, tudo isso? (Mt 13: 54-56). 

"A natureza humana revela-se controvertida em muitas ocasiões, sobretudo quando se trata das relações pessoais. No texto em análise percebemos que, da mesma forma que os ensinos de Jesus produziam admiração, as pessoas não conseguiam ignorar o fato de ser ele o filho de um simples carpinteiro. Tal situação nos faz deduzir que ninguém se revelaria surpreso se a origem de Jesus fosse outra, se viesse de uma classe intelecto-social mais elevada, conhecida como a dos “bem-nascidos”. 

As indagações e murmurações proferidas na sinagoga durante a preleção do Mestre, saturadas de desdém e descrença, indicam, de um lado, preconceito social contra alguém pertencente a uma família desprovida de bens materiais ou de destaque social, ainda que essa família fosse conhecida pela sua notória respeitabilidade. Por outro lado revelam, igualmente, o estado de indigência espiritual dos circunstantes. O preconceito e o estado de pouca evolução espiritual estão subentendidos nas seguintes perguntas proferidas: “Não é este o filho do carpinteiro?” “E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas?” “E não estão entre nós todas as suas irmãs?” “Donde lhe veio, pois, tudo isso?” 

De acordo com as definições existentes no dicionário, preconceito é opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico; é idéia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou sentimento; é atitude, sentimento ou parecer insensato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio. 

Tanto menos podia Jesus escapar às consequências deste princípio, inerente à natureza humana, quanto pouco esclarecido era o meio em que ele vivia, meio esse constituído de criaturas votadas inteiramente à vida material. Nele, seus compatriotas apenas viam o filho do carpinteiro, o irmão de homens tão ignorantes quanto ele e, assim sendo, não percebiam o que lhe dava superioridade e o investia do direito de os censurar. Verificando então que a sua palavra tinha menos autoridade sobre os seus, que o desprezavam, do  que sobre os estranhos, preferiu ir pregar para os que o escutavam e aos quais inspirava simpatia." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






433. O desenvolvimento maior ou menor da clarividência sonambúlica depende da organização física, ou só da natureza do Espírito encarnado? 

“De uma e outra. Há disposições físicas que permitem ao Espírito desprender-se mais ou menos facilmente da matéria.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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