“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós.” - Jesus - ( Lucas, 10:6 )
Amados irmãos, bom dia!
"Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe
intensamente no mundo íntimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina
e evitando as manifestações de desarmonia, perante as leis eternas. Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas
raros se fazem dignos dela. Se o homem ouve a lição da paz cristã sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da
própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem
como intransferível conquista de cada um." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"O texto de Mateus, em estudo, faz também referência explícita aos irmãos
e irmãs de Jesus. Em termos históricos, desconhece-se a existência de documentos
ou evidências de que Maria de Nazaré e José tiveram outros filhos,
além de Jesus.
A teologia católica romana defende a idéia de que os irmãos de Jesus eram,
na verdade, seus primos ou irmãos no sentido espiritual. Esta idéia ganhou
força com Jerônimo, a partir do século IV d.C., tendo como base informações
de Orígenes — um dos pais da Igreja Católica — que, no século II da nossa
era, se fundamentou em duas obras apócrifas: o Proto-evangelho de Tiago e o
Evangelho de Pedro.
A tradição católica grega, também chamada oriental ou ortodoxa, ensina, porém, que
os irmãos de Jesus citados no Novo Testamento eram meio-irmãos, uma vez que José
sendo viúvo quando casou com Maria, tivera filhos do casamento anterior. Esse ponto
de vista foi promulgado no século III e defendido por Epifânio (outro pai da Igreja) no
século seguinte.
A teologia protestante discorda do posicionamento das igrejas romana e
ortodoxa, defendendo a idéia de que Maria teve outros filhos após Jesus.
Para a Doutrina Espírita esse fato é secundário, uma vez que considera
efetivamente importante os ensinamentos de Jesus. Se ele teve irmãos ou
meio-irmãos pela consanguinidade, primos-irmãos ou irmãos pela união espiritual
não é relevante e em nada altera o valor e a grandiosidade da missão
do Mestre.
A frase que faz o fechamento do versículo 56 do texto de Mateus citado,
traz uma interrogação relacionada à sabedoria da pregação de Jesus: “Donde
lhe veio, pois, tudo isso?”
Essa pergunta revela perplexidade por parte de quem a proferiu, a despeito
dos ouvintes se mostrarem maravilhados pelos esclarecimentos do Mestre.
Revela, igualmente, que eles não souberam ou não quiseram identificar Jesus
como o Messias aguardado, em razão de se manterem arraigados às tradições do culto religioso e à interpretação literal da Torah.
Nos dias atuais a situação não difere muito. A ignorância espiritual e a
rigidez dos chamados “pontos de vista”, muito têm contribuído para o retardamento
do nosso processo evolutivo. Daí Jesus ter dito, em outra ocasião:
“Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha
palavra.” (João, 8:43)
A propósito, esclarece Emmanuel:
A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.
[...] Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos. Isso ocorre a
muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.
Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém,
absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas. A preocupação
da posse lhes absorve a existência. [...] Registram os chamamentos do Cristo, todavia,
algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária. Percebem, mas não ouvem.
Informam-se, mas não entendem. Nesse campo de contradições, temos sempre
respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos. Conservam no
coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo
das formas perecíveis. [...] Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a
linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra,
para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
435. Pode o sonâmbulo ver os outros Espíritos?
“A maioria deles os vê muito bem, dependendo do grau
e da natureza da lucidez de cada um. É muito comum, porém,
não perceberem, no primeiro momento, que estão vendo
Espíritos e os tomarem por seres corpóreos. Isso acontece principalmente aos que, nada conhecendo do Espiritismo,
ainda não compreendem a essência dos Espíritos. O
fato os espanta e fá-los supor que têm diante da vista seres
terrenos.”
O mesmo se dá com os que, tendo morrido, ainda se julgam
vivos. Nenhuma alteração notando ao seu derredor e parecendo-lhes que os Espíritos têm corpos iguais aos nossos, tomam por
corpos reais os corpos aparentes com que os mesmos Espíritos se
lhes apresentam.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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