terça-feira, 11 de abril de 2017

Por que não entendeis a minha linguagem?


“E, se  ali  houver  algum filho  da  paz, repousará sobre  ele a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós.”  - Jesus - ( Lucas, 10:6 )




Amados irmãos, bom dia!
"Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo íntimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as leis eternas. Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela. Se o homem ouve a lição da paz cristã sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






"O texto de Mateus, em estudo, faz também referência explícita aos irmãos e irmãs de Jesus. Em termos históricos, desconhece-se a existência de documentos ou evidências de que Maria de Nazaré e José tiveram outros filhos, além de Jesus. A teologia católica romana defende a idéia de que os irmãos de Jesus eram, na verdade, seus primos ou irmãos no sentido espiritual. Esta idéia ganhou força com Jerônimo, a partir do século IV d.C., tendo como base informações de Orígenes — um dos pais da Igreja Católica — que, no século II da nossa era, se fundamentou em duas obras apócrifas: o Proto-evangelho de Tiago e o Evangelho de Pedro. 

A tradição católica grega, também chamada oriental ou ortodoxa, ensina, porém, que os irmãos de Jesus citados no Novo Testamento eram meio-irmãos, uma vez que José sendo viúvo quando casou com Maria, tivera filhos do casamento anterior. Esse ponto de vista foi promulgado no século III e defendido por Epifânio (outro pai da Igreja) no século seguinte. 

A teologia protestante discorda do posicionamento das igrejas romana e ortodoxa, defendendo a idéia de que Maria teve outros filhos após Jesus. Para a Doutrina Espírita esse fato é secundário, uma vez que considera efetivamente importante os ensinamentos de Jesus. Se ele teve irmãos ou meio-irmãos pela consanguinidade, primos-irmãos ou irmãos pela união espiritual não é relevante e em nada altera o valor e a grandiosidade da missão do Mestre. A frase que faz o fechamento do versículo 56 do texto de Mateus citado, traz uma interrogação relacionada à sabedoria da pregação de Jesus: “Donde lhe veio, pois, tudo isso?” Essa pergunta revela perplexidade por parte de quem a proferiu, a despeito dos ouvintes se mostrarem maravilhados pelos esclarecimentos do Mestre. Revela, igualmente, que eles não souberam ou não quiseram identificar Jesus como o Messias aguardado, em razão de se manterem arraigados às tradições do culto religioso e à interpretação literal da Torah. 

Nos dias atuais a situação não difere muito. A ignorância espiritual e a rigidez dos chamados “pontos de vista”, muito têm contribuído para o retardamento do nosso processo evolutivo. Daí Jesus ter dito, em outra ocasião: “Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” (João, 8:43) 

A propósito, esclarece Emmanuel: A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha. [...] Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos. Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores. Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas. A preocupação da posse lhes absorve a existência. [...] Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária. Percebem, mas não ouvem. Informam-se, mas não entendem. Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos. Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis. [...] Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






435. Pode o sonâmbulo ver os outros Espíritos? 

“A maioria deles os vê muito bem, dependendo do grau e da natureza da lucidez de cada um. É muito comum, porém, não perceberem, no primeiro momento, que estão vendo Espíritos e os tomarem por seres corpóreos. Isso acontece principalmente aos que, nada conhecendo do Espiritismo, ainda não compreendem a essência dos Espíritos. O fato os espanta e fá-los supor que têm diante da vista seres terrenos.” 

O mesmo se dá com os que, tendo morrido, ainda se julgam vivos. Nenhuma alteração notando ao seu derredor e parecendo-lhes que os Espíritos têm corpos iguais aos nossos, tomam por corpos reais os corpos aparentes com que os mesmos Espíritos se lhes apresentam.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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