domingo, 30 de abril de 2017

As revelaste aos pequeninos


“Mas  tudo  isto  aconteceu  para  que  se  cumpram  as  escrituras  dos  profetas. Então,  todos  os  discípulos,  deixando­-o,  fugiram.” -( Mateus, 26:56 )-




Amados irmãos, bom dia!
"O desígnio a cumprir-­se não constitui característica exclusiva para a missão  de Jesus.Cada homem tem o mapa da ordem divina em sua existência, a ser  executado com a colaboração do livre­ arbítrio, no grande plano da vida eterna. Acima de tudo, nesse sentido, toda criatura pensante não ignora que será compelida a restituir o corpo de carne à terra." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-  






Interpretação do texto evangélico: 

Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve (Mt 11:25-26). 

"As lições do Evangelho têm caráter atemporal: orientaram o discípulo à época em que o Cristo esteve no plano físico (“naquele tempo”), orientam no presente e orientação nos dias futuros. Independentemente do nosso estágio evolutivo, importa considerar que Jesus continua conosco, sempre solícito, disposto a nos ensinar como edificar o reino dos céus, em nós mesmos. As palavras: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra” indicam, além de louvor, reverência e submissão ao jugo, ou vontade, de Deus (o “Pai”), Criador Supremo (“Senhor do céu e da terra”). 

Os vocábulos “céu” e “terra” revelam, respectivamente, e sob forma simbólica, os valores imortais que transmitem felicidade eterna (“céu”) ao Espírito e o campo ou laboratório das experiências necessárias ao aprendizado humano (“terra”). Jesus louva o Criador Supremo porque certas verdades são reveladas aos pequeninos e ocultas aos sábios e instruídos. Na linguagem do Evangelho, “pequeninos” faz referência aos humildes, às almas pacíficas e boas, que se encontram abertas aos ensinamentos morais do Cristo. Os “sábios e instruídos” representam o grupo de intelectuais ciosos do saber que possuem. Por se julgarem “donos da verdade” são incapazes de perceber que revelam o estado de ignorância moral em que se encontram, por ora. São os intelectuais de todas as épocas, que enxergam através de lentes míopes, mas se avaliarem como superiores aos semelhantes, porque possuem alguma cultura fornecida pelo mundo, ou em razão da posição social ou econômica que ocupam. 

Na verdade, quem se julga sábio entroniza a própria ignorância, pois a verdadeira sabedoria consiste em aplicar o conhecimento na construção do bem, por meio de exemplificações moralmente elevadas. Os “sábios e instruídos” a que Jesus faz alusão, se revelam, paradoxalmente, incapazes de entender orientações espirituais básicas, uma  vez que trazem o espírito saturado de arrogância e de vaidade. Deus não esconde as coisas aos sábios e aos entendidos; é o orgulho que não os deixa vê-las. Ao passo que os pequeninos, isto é, os despidos de orgulho e de presunção, iluminados pela fé pura que lhes concede segura intuição, assimilam facilmente as lições divinas e fazem delas caminho para a felicidade espiritual. 

Os humildes, ao contrário, por se curvarem aos desígnios divinos, não se julgam superiores. Sendo Espíritos mansos e benevolentes captam a essência das verdades imortais, por inspiração superior, ainda que na reencarnação se apresentem desprovidos de maiores conhecimentos intelectuais. O poder de Deus se manifesta nas mais pequeninas coisas, como nas maiores. Ele não põe a luz debaixo do alqueire, por isso que a derrama em ondas por toda a parte, de tal sorte que só cegos não a vêem. A esses não quer Deus abrir à força os olhos, dado que lhes apraz tê-los fechados. [...] 

Para vencer a incredulidade, Deus emprega os meios mais convenientes, conforme os indivíduos. Não é à incredulidade que compete prescrever-lhe o que deva fazer, nem lhe cabe dizer: “Se me queres convencer, tens de proceder dessa ou daquela maneira, em tal ocasião e não em tal outra, porque essa ocasião é a que mais me convém.” Não se espantem, pois, os incrédulos de que nem Deus, nem os Espíritos, que são os executores da sua vontade, se lhes submetam às exigências. Inquiram de si mesmos o que diriam, se o último de seus servidores se lembrasse de lhes prescrever fosse o que fosse. Deus impõe condições e não aceita as que lhe queiram impor. Escuta, bondoso, os que a Ele se dirigem humildemente e não os que se julgam mais do que Ele." -( FEB - EADE )- 





Estudo do Livro dos Espíritos






454. Poder-se-ia atribuir a uma espécie de segunda vista a perspicácia de algumas pessoas que, sem nada apresentarem de extraordinário, apreciam as coisas com mais precisão do que outras? 

“É sempre a alma a irradiar mais livremente e a apreciar melhor do que sob o véu da matéria.” 

a) — Pode esta faculdade, em alguns casos, dar a presciência das coisas? 

“Pode. Também dá os pressentimentos, pois que muitos são os graus em que ela existe, sendo possível que num mesmo indivíduo exista em todos os graus, ou em alguns somente.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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