sexta-feira, 13 de março de 2015

Os falsos profetas na erraticidade


"... o homem de bem  tira boas coisas do  tesouro do seu coração e o homem mau tira as más do mau tesouro do seu coração, porque a boca fala do que está cheio o seu coração". - ( Lucas 6: 43-45) -


Bom dia amados irmãos!
Graça e paz! Continuando nosso enriquecimento espiritual, vamos meditar sobre o tema de hoje pedindo ao divino Mestre Jesus que nos abra o entendimento para assimilarmos tudo o que nos é oferecido, uma vez que o texto é um pouco longo.






"Os falsos profetas não estão somente entre os encarnados; estão também, e em maior número, entre os Espíritos orgulhosos que, sob falsa aparência de amor e de caridade, semeiam a desunião e retardam a obra de emancipação da Humanidade, lançando de permeio seus sistemas absurdos que fazem os médiuns aceitarem; e para melhor fascinar aqueles que querem enganar, para dar mais peso às teorias, se ornam, sem escrúpulo, de nomes que os homens não pronunciam senão com respeito.
São eles que semeiam os fermentos de antagonismo entre os grupos, que os compelem a se isolarem uns dos outros, e a se verem com maus olhos. Só isso bastaria para os desmascarar; porque, em agindo assim, eles próprios dão o mais formal desmentido ao que pretendem ser. Cegos, pois, são os homens que se deixam prender em armadilhas tão grosseiras.
Mas há muitos outros meios de reconhecê-los. Os Espíritos da ordem à qual dizem pertencer devem ser não apenas muito bons, mas, por outro lado, eminentemente racionais. Pois bem, passai seus sistemas pelo crivo da razão e do bom senso, e vereis o que deles restará. Convinde comigo, pois, que, todas as vezes que um Espírito indique, como remédio para os males da Humanidade, ou como meio de atingir a sua transformação, coisas utópicas e impraticáveis, medidas pueris e ridículas; quando formula um sistema contraditado pelas mais vulgares noções da ciência, esse não pode ser senão um Espírito ignorante e mentiroso. De outro lado, crede bem que se a verdade não é sempre apreciada pelos indivíduos, o é sempre pelo bom senso das massas, e aí está ainda um critério. Se dois princípios se contradizem, tereis a medida do seu valor intrínseco procurando aquele que encontra mais eco e simpatia; seria ilógico, com efeito, admitir que uma doutrina que visse diminuir o número dos seus partidários fosse mais verdadeira do que aquela que vê os seus aumentarem. Deus, querendo que a verdade chegue para todos, não a confina em um círculo restrito; fá-la surgir em diferentes pontos, a fim de que, por toda a parte, a luz esteja ao lado das trevas.
Repeli impiedosamente todos esses Espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a divisão e o isolamento. Eles são, quase sempre, Espíritos vaidosos e medíocres que tendem a se imporem aos homens fracos e incrédulos, prodigalizando-lhes exagerados favores, a fim de os fascinar e os ter sob sua dominação.  São geralmente Espíritos ávidos de poder que, déspotas públicos ou privados durante a sua vida, querem ainda vítimas para tiranizar após a sua morte. Em geral, desconfiai de comunicações que trazem um caráter de misticismo e de estranheza, ou que prescrevem cerimônias e atos bizarros; então, há sempre um motivo legítimo de suspeição.
De um outro lado, crede bem que quando uma verdade deve ser revelada à Humanidade, ela é, por assim dizer, instantaneamente comunicada em todos os grupos sérios que possuem médiuns sérios, e não em tais ou tais, com exclusão de outros. Ninguém é médium perfeito se está obsediado, e há obsessão manifesta quando um médium não é apto senão para perceber as comunicações de um Espírito especial, por mais elevado que ele mesmo procure se colocar. Em consequência, todo médium, todo grupo que se creem privilegiados por comunicações que só eles podem receber e que, de outra parte, estão sujeitos a práticas que acentuam a superstição, estão indubitavelmente sob a influência de uma obsessão bem caracterizada, sobretudo quando o Espírito dominador se vangloria de um nome que todos, Espíritos e encarnados, devemos honrar e respeitar, e não deixar comprometer a toda hora.
É incontestável que, submetendo ao cadinho da razão e da lógica todos os dados e todas as comunicações dos Espíritos, será fácil repelir a absurdidade e o erro. Um médium pode ser fascinado, um grupo enganado; mas o controle severo dos outros grupos, o conhecimento adquirido, a alta autoridade moral dos chefes de grupo, as comunicações dos principais médiuns que recebem um cunho de lógica de nossos melhores Espíritos, farão rapidamente justiça a esses ditados mentirosos e astuciosos emanados de uma turba de Espíritos enganadores ou maus. -( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 21 - Erasto, discípulo de São Paulo, Paris, 1862 )-


Que possamos caminhar sempre na luz do Senhor e em todos os lugares possamos refletir o amor que nos tem sido dado por nosso Pai.
Continuamos pedindo que orem por nós a fim de que nosso trabalho seja executado sob a direção dos bons Espíritos.
Um abraço fraterno

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