"E, sobre tudo isso, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição." -( Paulo aos Colossenses, 3: 14 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Renovemo-nos no espírito do Senhor e compreendamos os nossos semelhantes." Nesse sentido, comecemos nossa semana com nossos corações alegres.
Trecho da prece de Ismália*
“Senhor! (...) dignai-vos assistir os nossos humildes
tutelados, enviando-nos a luz de vossas bênçãos santificantes.
Aqui estamos, prontos para executar vossa vontade,
sinceramente dispostos a secundar vossos altos desígnios.
Conosco, Pai, reúnem-se os irmãos que ainda dormem,
anestesiados pela negação espiritual a que se entregaram no mundo.
Despertai-os, Senhor, se é de vossos desígnios sábios e misericordiosos,
despertai-os do sono doloroso e infeliz.
Acordai-os para a responsabilidade, para a noção dos deveres
justos!...
Magnânimo Rei, apiedai-vos de vossos súditos sofredores;
Criador compassivo, levantai as vossas criaturas caídas;
Pai Justo, desculpai vossos filhos desventurados!
Permiti caia o orvalho do vosso amor infinito sobre o nosso
modesto Posto de Socorro!...
Seja feita a vossa vontade acima da nossa, mas se é possível,
Senhor, deixai que os nossos doentes recebam um raio vivificante do sol da
vossa bondade!...” [...]
“Temos, ao nosso lado, Senhor, infortunadas mães que não
souberam descobrir o sentido sublime da fé, resvalando, imprudentemente, nos
despenhadeiros da indiferença criminosa; pais que não conseguiram ultrapassar a
materialidade no curso da existência humana, incapazes de ver a formosa missão
que lhes confiastes; cônjuges desventurados pela incompreensão de vossas leis
augustas e generosas; jovens que se entregaram, de corpo e alma, aos alvitres
da ilusão!... Muitos deles, atolaram-se no pantanal do crime, agravando débitos
dolorosos! Agora dormem, Pai, à espera de vossos desígnios santos. Sabemos,
contudo, Senhor, que este sono não traduz repouso do pensamento... Quase todos
os nossos asilados são vítimas de terríveis pesadelos, por terem olvidado, no
mundo material, os vossos mandamentos de amor e sabedoria. Sob a imobilidade
aparente, movimenta-se-lhes o Espírito, entre aflições angustiosas que, por
vezes, não podemos sondar. São eles, Pai, vossos filhos transviados e nossos
companheiros de luta, necessitados de vossa mão paternal para o caminho! Quase
todos se desviaram da senda reta, pelas sugestões da ignorância que, como
aranha gigantesca dos círculos carnais, tece os fios da miséria, enredando
destinos e corações! [...] Sabemos que vossa bondade nunca falha e esperamos
confiantes a bênção de vida e luz!...”
Estudo do Livro dos Espíritos
33. A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar
todas as modificações e de adquirir todas as
propriedades?
“Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos
que tudo está em tudo!”1
O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos
que consideramos simples são meras modificações de uma
substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos achamos
de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária,
esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos,
sem maiores conseqüências, tê-los como tais, até nova ordem.
a) — Não parece que esta teoria dá razão aos que não
admitem na matéria senão duas propriedades essenciais: a
força e o movimento, entendendo que todas as demais propriedades
não passam de efeitos secundários, que variam
conforme à intensidade da força e à direção do movimento?
“É acertada essa opinião. Falta somente acrescentar: e conforme à disposição das moléculas, como o mostra, por exemplo, um corpo opaco, que pode tornar-se transparente e vice-versa.”
1 Este princípio explica o fenômeno conhecido de todos os
magnetizadores e que consiste em dar-se, pela ação da vontade, a
uma substância qualquer, à água, por exemplo, propriedades muito
diversas: um gosto determinado e até as qualidades ativas de
outras substâncias. Desde que não há mais de um elemento primitivo
e que as propriedades dos diferentes corpos são apenas modificações
desse elemento, o que se segue é que a mais inofensiva
substância tem o mesmo princípio que a mais deletéria. Assim, a
água, que se compõe de uma parte de oxigênio e de duas de hidrogênio,
se torna corrosiva, duplicando-se a proporção do oxigênio.
Transformação análoga se pode produzir por meio da ação magnética dirigida pela vontade.
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