"Não peçais mais do que vos está ordenado." - João Batista - ( Lucas, 3: 13 )
Amados irmãos, bom dia!
Muitas vezes pedimos ao Senhor uma série de coisas sem que para isso estejamos preparados. Como aprendizes, devemos primeiro executar o que de nós é esperado antes de querer seguir adiante. É como no dito popular que diz: colocar a carroça na frente dos bois. Que os bons Espíritos e nosso amado Mestre Jesus nos orientem na compreensão desses ensinamentos.
Letargia e catalepsia:
conceito; diferença entre ambas
“Sabe-se, pelas informações
constantes na Codificação Espírita, que a [...] matéria inerte é insensível; o
fluido perispirítico igualmente o é, mas transmite a sensação ao centro
sensitivo, que é o Espírito. As lesões dolorosas do corpo repercutem, pois, no
Espírito, qual choque elétrico, por intermédio do fluido perispiritual, que
parece ter nos nervos os seus fios condutores. [...] A interrupção pode dar-se
pela separação de um membro, ou pela secção de um nervo, mas, também,
parcialmente ou de maneira geral e sem nenhuma lesão, nos momentos de
emancipação, de grande sobre excitação ou preocupação do Espírito. Nesse
estado, o Espírito não pensa no corpo e, em sua febril atividade, atrai a si,
por assim dizer, o fluido perispiritual que, retirando-se da superfície, produz
aí uma insensibilidade momentânea. Poder-se-ia também admitir que, em certas
circunstâncias, no próprio fluido perispiritual uma modificação molecular se
opera, que lhe tira temporariamente a propriedade de transmissão. É por isso
que, muitas vezes, no ardor do combate, um militar não percebe que está ferido
e que uma pessoa, cuja atenção se acha concentrada num trabalho, não ouve o
ruído que se lhe faz em torno. Efeito análogo, porém mais pronunciado, se
verifica [...] na letargia e na catalepsia.
A letargia e a catalepsia,
assim, [...] derivam do mesmo princípio, que é a perda temporária da
sensibilidade e do movimento [...]. Diferem uma da outra em que, na letargia, a
suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte;
na catalepsia, fica localizada, podendo atingir uma parte mais ou menos extensa
do corpo a permitir que a inteligência se manifeste livremente, o que a torna
inconfundível com a morte. A letargia é sempre natural; a catalepsia é por
vezes magnética [isto é, provocada por um agente externo]. Desse modo, na [...]
letargia, o corpo não está morto, porquanto há funções que continuam a
executar-se. Sua vitalidade se encontra em estado latente, como na crisálida,
porém não aniquilada. Ora, enquanto o corpo vive, o Espírito se lhe acha
ligado. Por isso é que os [...] letárgicos e os catalépticos, em geral, vêem e
ouvem o que em derredor se diz e faz, sem que possam exprimir que estão vendo e
ouvindo. Essa visão e audiência eles não as têm pelos sentidos físicos e sim
pelos espirituais. O Espírito tem consciência de si, mas não pode comunicar-se.
Tal fato se dá porque [...] a isso se opõe o estado do corpo. E esse estado
especial dos órgãos [...] prova que no homem há alguma coisa mais do que o
corpo, pois que, então, o corpo já não funciona e, no entanto, o Espírito se
mostra ativo. Em se rompendo, porém, [...] por efeito da morte “real” e pela
desagregação dos órgãos, os laços que prendem um ao outro, integral se torna a
separação e o Espírito não volta mais ao seu envoltório. Desde que um homem,
aparentemente morto, volve à vida, é que não era completa a morte. Isso se dá,
principalmente, quando, por meio de cuidados dispensados no devido tempo,
logra-se reatar os laços prestes a se desfazerem e, dessa forma, restituir à
vida um ser que, de certo, desencarnaria, se não fosse socorrido. Nessas
circunstâncias, o magnetismo pode constituir [...] poderoso meio de ação,
porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o
funcionamento dos órgãos. Em suma, pode-se dizer que, em [...] certos estados
patológicos, quando o Espírito há deixado o corpo e o perispírito só por alguns
pontos se lhe acha aderido, apresenta ele, o corpo, todas as aparências da
morte e enuncia-se uma verdade absoluta, dizendo que a vida aí está por um fio.
Semelhante estado pode durar mais ou menos tempo; podem mesmo algumas partes do
corpo entrar em decomposição, sem que, no entanto, a vida se ache
definitivamente extinta. Enquanto não se haja rompido o último fio, pode o
Espírito, quer por uma ação enérgica, da sua própria vontade, quer por um
influxo fluídico estranho, igualmente forte, ser chamado a volver ao corpo. É
como se explicam certos fatos de prolongamento da vida contra todas as
probabilidades e algumas supostas ressurreições. É a planta a renascer, como às
vezes se dá, de uma só fibrila da raiz. Quando, porém, as últimas moléculas do
corpo fluídico se têm destacado do corpo carnal, ou quando este último há
chegado a um estado irreparável de degradação, impossível se torna todo
regresso à vida.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
48. Poderemos conhecer a época do aparecimento do homem
e dos outros seres vivos na Terra?
“Não; todos os vossos cálculos são quiméricos.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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