"Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento." -( Paulo aos Romanos, 12: 2 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento." Nosso Pai celestial nos deu a inteligência para compreendermos os seus preciosos ensinamentos, portanto, busquemos nossa transformação na luz do seu amor.
“Na obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a ajuda do
seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este afinal
enlaçado por uma como teia e constrangido a proceder contra a sua vontade. A
obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam
do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra
obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie
de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação
e a subjugação.
A obsessão simples, geralmente denominada de influenciação
espiritual, caracteriza-se pela ação de um Espírito malfazejo, que se impõe, se
imiscui na vida da pessoa, causando-lhe inúmeros desconfortos. Neste gênero de
obsessão, [...] o médium [o termo médium pode, aqui, ser utilizado no sentido
amplo] sabe muito bem que se acha presa de um Espírito mentiroso e este não se
disfarça; de nenhuma forma dissimula suas más intenções e o seu propósito de
contrariar [...]. Este gênero de obsessão é, portanto, apenas desagradável e
não tem outro inconveniente, além do de opor obstáculo às comunicações que se
desejara receber de Espíritos sérios, ou dos afeiçoados. Podem incluir-se nesta
categoria os casos de obsessão física, isto é, a que consiste nas manifestações
ruidosas e obstinadas de alguns Espíritos, que fazem se ouçam, espontaneamente,
pancadas ou outros ruídos. A obsessão
simples apresenta, porém, alguns sinais que surgem esporadicamente, mas que se
podem repetir e agravar, com o passar do tempo, se nada for feito para
neutralizá-los.
Os sinais mais comuns são: irritação, ciúme, inveja, idéia de
perseguição, amargura, ansiedades, doenças-fantasma, vaidade, arrogância,
irreverência, atitudes debochadas ou inconvenientes, etc. De forma a pessoa
passa a adotar comportamentos mais marcantes, diferentes do usual, que
surpreendem os que a conhecem melhor.
A fascinação tem consequências muito mais graves. É uma
ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e
que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às
comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o
Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o
embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo
salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer
achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este gênero
de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso.
Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e
os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito
de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem. Já dissemos que muito mais graves são as
consequências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o
Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um
cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais
falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a
situações ridículas, comprometedoras e até perigosas. Compreende-se facilmente
toda a diferença que existe entre a obsessão simples e a fascinação;
compreende-se também que os Espíritos que produzem esses dois efeitos devem
diferir de caráter.
Na primeira, o Espírito que se agarra à pessoa não passa de
um importuno pela sua tenacidade e de quem aquela se impacienta por
desembaraçar-se. Na segunda, a coisa é muito diversa. Para chegar a tais fins,
preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita,
porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da
máscara que toma e de um falso aspecto de virtude. Os grandes termos –
caridade, humildade, amor de Deus – lhe servem como que de carta de crédito,
porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o
fascinado é incapaz de perceber. Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme
são as pessoas que veem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em
inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os
olhos. A subjugação é uma constrição que
paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa
palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo. A subjugação pode ser moral ou
corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções
muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele
julga sensatas: é uma como fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre
os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários. Traduz-se, no médium
escrevente, por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos menos
oportunos. Dava-se outrora o nome de
possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia
até à aberração das faculdades da vítima. A possessão seria, para nós, sinônimo
da subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque
implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente votados ao mal,
enquanto que não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem
melhorar-se; segundo, porque implica igualmente a idéia do apoderamento de um
corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o
que há é apenas constrangimento. A palavra subjugação exprime perfeitamente a
idéia. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar do termo, há
somente obsidiados, subjugados e fascinados.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
32. De acordo com o que vindes de dizer, os sabores, os
odores, as cores, o som, as qualidades venenosas ou
salutares dos corpos não passam de modificações de
uma única substância primitiva?
“Sem dúvida e que só existem devido à disposição dos
órgãos destinados a percebê-las.”
A demonstração deste princípio se encontra no fato de que
nem todos percebemos as qualidades dos corpos do mesmo modo:
enquanto que uma coisa agrada ao gosto de um, para o de outro é detestável; o que uns vêem azul, outros vêem vermelho; o que
para uns é veneno, para outros é inofensivo ou salutar.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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