"Aparta-te do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a." -( I Pedro, 3: 11 )-
Amados irmãos, bom dia!
Desejamos a paz e uma vida com real sentido, mas, devemos observar que, para conquistar essa paz, além de buscá-la na prática do bem, devemos nos afastar do mal e de toda possibilidade de contato com esse. Sigamos apenas os passos do nosso Mestre Jesus, pois, só Ele é o caminho.
Sonambulismo
“De acordo com o Espiritismo,
o sonambulismo natural é [...] um estado de independência do Espírito, mais
completo do que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas
faculdades. A alma tem então percepções de que não dispõe no sonho, que é um
estado de sonambulismo imperfeito. No sonambulismo, o Espírito está na posse
plena de si mesmo. Os órgãos materiais, achando-se de certa forma em estado de
catalepsia, deixam de receber as impressões exteriores. Esse estado se
apresenta principalmente durante o sono, ocasião em que o Espírito pode
abandonar provisoriamente o corpo, por se encontrar este gozando do repouso
indispensável à matéria. Quando se produzem os fatos do sonambulismo, é que o
Espírito, preocupado com uma coisa ou outra, se aplica a uma ação qualquer,
para cuja prática necessita de utilizar-se do corpo. Serve-se então deste, como
se serve de uma mesa ou de outro objeto material no fenômeno das manifestações
físicas, ou mesmo como se utiliza da mão do médium nas comunicações escritas.
Os fenômenos do sonambulismo
natural se produzem espontaneamente e independem de qualquer causa exterior
conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de especial organização, podem ser
provocados artificialmente, pela ação do agente magnético. O estado que se
designa pelo nome de sonambulismo magnético apenas difere do sonambulismo
natural em que um é provocado, enquanto o outro é espontâneo. O sonambulismo
natural constitui fato notório, que ninguém mais se lembra de pôr em dúvida,
não obstante o aspecto maravilhoso dos fenômenos a que dá lugar. Por que seria
então mais extraordinário ou irracional o sonambulismo magnético? Apenas por
produzir-se artificialmente, como tantas outras coisas? [...].
Em verdade, para [...] o
Espiritismo, o sonambulismo é mais do que um fenômeno psicológico, é uma luz
projetada sobre a psicologia. É aí que se pode estudar a alma, porque é onde
esta se mostra a descoberto. Ora, um dos fenômenos que a caracterizam é o da
clarividência independente dos órgãos ordinários da vista. Fundam-se os que
contestam este fato em que o sonâmbulo nem sempre vê, e à vontade do
experimentador, como com os olhos. Será de admirar que difiram os efeitos,
quando diferentes são os meios? Será racional que se pretenda obter os mesmos
efeitos, quando há e quando não há o instrumento? A alma tem suas propriedades,
como os olhos têm as suas. Cumpre julgá-las em si mesmas e não por analogia. De
uma causa única se originam a clarividência do sonâmbulo magnético e a do
sonâmbulo natural. É um atributo da alma, uma faculdade inerente a todas as
partes do ser incorpóreo que existe em nós e cujos limites não são outros senão
os assinados à própria alma. O sonâmbulo vê em todos os lugares aonde sua alma
possa transportar-se, qualquer que seja a longitude. No caso de visão a
distância, o sonâmbulo não vê as coisas de onde está o seu corpo, como por meio
de um telescópio. Vê-as presentes, como se se achasse no lugar onde elas
existem, porque sua alma, em realidade, lá está. Por isso é que seu corpo fica
como que aniquilado e privado de sensação, até que a alma volte a habitá-lo
novamente. Essa separação parcial da alma e do corpo constitui um estado
anormal, suscetível de duração mais ou menos longa, porém não indefinida. Daí a
fadiga que o corpo experimenta após certo tempo, mormente quando aquela se
entrega a um trabalho ativo. Note-se, contudo, que o [...] poder da lucidez
sonambúlica não é ilimitado. O Espírito, mesmo quando completamente livre, tem
restringidos seus conhecimentos e faculdades, conforme ao grau de perfeição que
haja alcançado. Ainda mais restringidos os tem quando ligado à matéria, a cuja
influência está sujeito. É o que motiva não ser universal, nem infalível, a
clarividência sonambúlica. E tanto menos se pode contar com a sua
infalibilidade, quanto mais desviada seja do fim visado pela natureza e
transformada em objeto de curiosidade e de experimentação. No estado de
desprendimento em que fica colocado, o Espírito do sonâmbulo entra em
comunicação mais fácil com os outros Espíritos encarnados, ou não encarnados,
comunicação que se estabelece pelo contato dos fluidos, que compõem os
perispíritos e servem de transmissão ao pensamento, como o fio elétrico. O
sonâmbulo não precisa, portanto, que se lhe exprimam os pensamentos por meio da
palavra articulada. Ele os sente e adivinha. É o que o torna eminentemente
impressionável e sujeito às influências da atmosfera moral que o envolva.
Como se sabe, em [...] cada
uma de suas existências corporais, o Espírito adquire um acréscimo de
conhecimentos e de experiência. Esquece-os parcialmente, quando encarnado em
matéria por demais grosseira, porém deles se recorda como Espírito. Assim é que
certos sonâmbulos revelam conhecimentos acima do grau da instrução que possuem
e mesmo superiores às suas aparentes capacidades intelectuais. Portanto, da
inferioridade intelectual e científica do sonâmbulo, quando desperto, nada se
pode inferir com relação aos conhecimentos que porventura revele no estado de
lucidez. Conforme as circunstâncias e o fim que se tenha em vista, ele os pode
haurir da sua própria experiência, da sua clarividência relativa às coisas
presentes, ou dos conselhos que receba de outros Espíritos. Mas, podendo o seu
próprio Espírito ser mais ou menos adiantado, possível lhe é dizer coisas mais
ou menos certas. Pelos fenômenos do sonambulismo, quer natural, quer magnético,
a Providência nos dá a prova irrecusável da existência e da independência da
alma e nos faz assistir ao sublime espetáculo da sua emancipação.” -( FEB -
ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
PLURALIDADE DOS MUNDOS
55. São habitados todos os globos que se movem no
espaço?
“Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe,
o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição.
Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito
fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o
privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade!
Julgam que só para eles criou Deus o Universo.”
Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos
esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só
os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de
Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há
de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem
a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem
na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de
que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos
milhares de milhões de mundos semelhantes.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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