sexta-feira, 18 de março de 2016

Atendimento individualizado


"Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. - Paulo - ( Tito, 2: 1 )



Amados irmãos. bom dia!
Estejamos preparados para sustentar os que a nós recorrerem em busca de direção e do bom conselho. Como filhos da Luz devemos nos preparar através do estudo para também sermos luz.
Busquemos em nosso Mestre Jesus e nos bons Espíritos os ensinamentos que nos tornarão assim.








Atendimento individualizado


“Em outra obra, Nos Domínios da Mediunidade, o mesmo autor relata um episódio de sono provocado pelos Espíritos benfeitores, com o objetivo de atendimento individualizado. Eis a descrição do fato:

Cuidadosamente, começaram ambos a aplicar-lhe passes sobre a cabeça, concentrando energia magnética ao longo das células corticais. Anésia viu-se presa de branda hipnose, que ela própria atribuía ao cansaço e não relutou. Em breves instantes, deixava o corpo denso na prostração do sono, vindo ao nosso encontro em desdobramento quase natural. Não parecia, contudo, tão consciente em nosso plano quanto seria de desejar. Centralizada no afeto ao marido, Jovino constituía-lhe obcecante preocupação. Reconheceu Teonília e Áulus por benfeitores e lançou-nos significativo olhar de simpatia, no entanto, mostrava-se atordoada, aflita... Queria ver o esposo, ouvir o esposo... O Assistente [Áulus] deliberou satisfazê-la. Amparada pelos braços da admirável amiga [Teonília], tomou a direção que lhe pareceu acertada, como quem possuía, de antemão, todos os dados necessários à localização do marido. Áulus conosco explicou que as almas, quando associadas entre si, vivem ligadas umas às outras pela imanação magnética, superando obstáculos e distâncias. Em vasto salão de um clube noturno, surpreendemos Jovino e a mulher que se fizera nossa conhecida [...], integrando um grupo alegre, em atitudes de profunda intimidade afetiva. Rodeando o conjunto, diversas entidades, estranhas para nós, formavam vicioso círculo de vampiros que não nos registraram a presença. [...] Ao defrontar o companheiro na posição em que se achava, Anésia desferiu doloroso grito e caiu em pranto. Seguida por nós, recuou ferida de aflição e assombro e tão logo nos vimos na via pública, bafejados pelo ar leve da noite, o Assistente abraçou-a, paternal. Notando-a mais senhora de si, embora o sofrimento lhe transfigurasse o rosto, falou-lhe com extremado carinho: – Minha irmã, recomponha-se. Você orou, pedindo assistência espiritual, e aqui estamos, trazendo-lhe solidariedade. Reanime-se! Não perca a esperança!... – Esperança? – clamou a pobre criatura em lágrimas. – Fui traída, miseravelmente traída... E o entendimento, entre os dois, prosseguia comovente e expressivo. – Traída por quem? – Por meu esposo, que falhou aos compromissos do casamento. – Mas você admite, porventura, que o casamento seja uma simples excursão no jardim da carne? Supôs que o matrimônio terrestre fosse apenas a música da ilusão a eternizar-se no tempo? Minha amiga, o lar é uma escola em que as almas se reaproximam para o serviço da sua própria regeneração, com vistas ao aprimoramento que nos cabe apresentar de futuro. Você ignora que no educandário há professores e alunos? Desconhece que os melhores devem ajudar aos menos bons? [...] – Mas Jovino... Áulus, porém, cortou-lhe a frase, acrescentando: – Esquece-se de que seu esposo precisa muito mais agora de seu entendimento e carinho? Nem sempre a mulher poderá ver no companheiro o homem amado com ternura, mas sim um filho espiritual necessitado de compreensão e sacrifício para soerguer-se, como também nem sempre o homem conseguirá contemplar na esposa a flor de seus primeiros sonhos, mas sim uma filha do coração a requisitar-lhe tolerância e bondade, a fim de que se transfira da sombra para a luz. [...] – Sim, sim... Reconheço... Entretanto, não me deixe sozinha... [...] – Mas como aceitá-la? Percebo-lhe a influência maligna... [...] Que fazer de semelhante criatura? – Compadeçamo-nos dela! Terrível ser-lhe-á o despertamento. [...] Anésia, assemelhando-se a uma criança resignada, pousou no benfeitor os olhos límpidos, como a prometer-lhe obediência, e Áulus, afagando-a, recomendou: – Volte ao lar e use a humildade e o perdão, o trabalho e a prece, a bondade e o silêncio, na defesa de sua segurança. [...] Vimo-la despertar no corpo carnal, de alma renovada, quase feliz... Enxugou as lágrimas que lhe banhavam o rosto e tentou ansiosamente recordar, ponto a ponto, a entrevista que tivera conosco. Em verdade, não conseguiu alinhar senão fragmentárias reminiscências, mas reconheceu-se reconfortada, sem revolta e sem amargura, como se mãos intangíveis lhe houvessem lavado a mente, conferindo-lhe uma compreensão mais clara da vida.” -( FEB - ESDE - Tomo único )- 




Estudo do Livro dos Espíritos






45. Onde estavam os elementos orgânicos, antes da formação da Terra? 

“Achavam-se, por assim dizer, em estado de fluido no Espaço, no meio dos Espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da Terra para começarem existência nova em novo globo.” 

A Química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para formarem cristais de uma regularidade constante, conforme cada espécie, desde que se encontrem nas condições precisas. A menor perturbação nestas condições basta para  impedir a reunião dos elementos, ou, pelo menos, para obstar à disposição regular que constitui o cristal. Por que não se daria o mesmo com os elementos orgânicos? Durante anos se conservam germens de plantas e de animais, que não se desenvolvem senão a uma certa temperatura e em meio apropriado. Têm-se visto grãos de trigo germinarem depois de séculos. Há, pois, nesses germens um princípio latente de vitalidade, que apenas espera uma circunstância favorável para se desenvolver. O que diariamente ocorre debaixo das nossas vistas, por que não pode ter ocorrido desde a origem do globo terráqueo? A formação dos seres vivos, saindo eles do caos pela força mesma da Natureza, diminui de alguma coisa a grandeza de Deus? Longe disso: corresponde melhor à idéia que fazemos do seu poder a se exercer sobre a infinidade dos mundos por meio de leis eternas. Esta teoria não resolve, é verdade, a questão da origem dos elementos vitais; mas, Deus tem seus mistérios e pôs limites às nossas investigações.



Que a graça e a paz sejam conosco!

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