"Por isso te lembro despertes o dom de Deus que existe em ti." -( Paulo - II Timóteo, 1: 6 )-
Amados irmãos, bom dia!
É sabido que teremos aflições e tentações em nossa caminhada devido à carga pesado que carregamos, mas, assim como disse nosso Mestre Jesus, não temas pois Eu venci o mundo. Que aprendamos a despertar o dom de Deus que existe em nós.
“O fenômeno designado como
dupla vista tem relação com o sonho e o sonambulismo, uma vez que, segundo
ensina a Codificação Espírita, isso tudo [...] é uma só coisa. O que se chama
dupla vista é ainda resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja
adormecido. A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma. Com efeito, a alma às vezes emancipa-se também
no estado de vigília, produzindo, neste caso, o fenômeno chamado de dupla
vista, que [...] é a faculdade graças à qual quem a possui vê, ouve e sente
além dos limites dos sentido humanos. Percebe o que exista até onde estende a
alma a sua ação. Vê, por assim dizer, através da vista ordinária e como por uma
espécie de miragem. No momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o
estado físico do indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta
alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda a sua fisionomia reflete uma como
exaltação. Nota-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenômeno, pelo
fato de a visão persistir, mau grado à oclusão dos olhos. Aos dotados desta
faculdade ela se afigura tão natural, como a que todos temos de ver.
Consideram-na um atributo de seus próprios seres, que em nada lhes parecem
excepcionais. De ordinário, o esquecimento se segue a essa lucidez passageira,
cuja lembrança, tornando-se cada vez mais vaga, acaba por desaparecer, como a
de um sonho. O poder da vista dupla varia, indo desde a sensação confusa até a
percepção clara e nítida das coisas presentes ou ausentes. Quando rudimentar,
confere a certas pessoas o tato, a perspicácia, uma certa segurança nos atos, a
que se pode dar o qualitativo de precisão de golpe de vista moral. Um pouco
desenvolvida, desperta os pressentimentos. Mais desenvolvida mostra os acontecimentos
que deram ou estão para dar-se.
São muitos os casos de dupla
vista encontrados na literatura espírita. A título de exemplo, citamos o
seguinte, conforme consta na obra A Morte e o Seu Mistério, de Camille
Flammarion:
O professor Boehm, que ensinava
matemáticas em Marburg, estando uma noite com amigos, teve de repente a
convicção de que devia regressar a sua casa. Mas, como tomasse tranquilamente o
seu chá, resistiu a esta impressão, a qual todavia tornou a arrastá-lo com
tanta força que se viu obrigado a obedecer. Chegado à sua morada, encontrou aí
tudo como o havia deixado; mas sentia-se obrigado a mudar o seu leito de lugar.
Por mais absurda que lhe parecesse esta imposição mental, entendeu que a devia
cumprir, chamou a criada e com o auxílio dela colocou a cama do outro lado do
quarto. Feito isto, ficou satisfeito e voltou para junto de seus amigos a
acabar o serão. Despediu-se deles às dez horas, voltou para casa, deitou-se e
adormeceu. Foi despertado, durante a noite, por grande fragor e verificou que
grossa viga tinha desabado, arrastando uma parte do teto e caindo no lugar que
o seu leito havia ocupado. Em suma, pode-se dizer que o [...] sonambulismo
natural e artificial, o êxtase e a dupla vista são efeitos vários, ou de
modalidades diversas, de uma mesma causa. Esses fenômenos, como os sonhos,
estão na ordem da natureza. Tal a razão por que hão existido em todos os
tempos. A História mostra que foram sempre conhecidos e até explorados desde a
mais remota antiguidade e neles se nos depara a explicação de uma imensidade de
fatos que os preconceitos fizeram fossem tidos por sobrenaturais.” -( FEB -
ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
58. Os mundos mais afastados do Sol estarão privados de
luz e calor, por motivo de esse astro se lhes mostrar
apenas com a aparência de uma estrela?
“Pensais então que não há outras fontes de luz e calor
além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que,
em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis
e bem mais importante do que o que lhe cabe desempenhar
na Terra? Demais, não dissemos que todos os seres são
feitos de igual matéria que vós outros e com órgãos de
conformação idêntica à dos vossos.”
As condições de existência dos seres que habitam os diferentes
mundos hão de ser adequadas ao meio em que lhes cumpre
viver. Se jamais houvéramos visto peixes, não compreenderíamos
pudesse haver seres que vivessem dentro d’água. Assim
acontece com relação aos outros mundos, que sem dúvida contêm
elementos que desconhecemos. Não vemos na Terra as longas
noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras
boreais? Que há de impossível em ser a eletricidade, nalguns mundos,
mais abundante do que na Terra e desempenhar neles uma
função de ordem geral, cujos efeitos não podemos compreender?
Bem pode suceder, portanto, que esses mundos tragam em si
mesmos as fontes de calor e de luz necessárias a seus habitantes.
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