terça-feira, 1 de março de 2016

Animismo e perturbação espiritual


"E dizendo: Varões, porque fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões." -( Atos, 14: 15 )-



Amados irmãos, bom dia!
Somos chamados a sair das fraquezas humanas para os dons celestiais e esse é o tempo e o lugar onde devemos frequentar a escola da iluminação, poder e triunfo a que fomos destinados.
Que nosso Mestre Jesus e os bons Espíritos nos auxiliem a entender essa grandiosa missão.







Animismo e perturbação espiritual

“Um ponto que merece ser considerado, em relação às manifestações anímicas, diz respeito às vinculações com processos de perturbação espiritual, alguns de difícil solução. Muitas vezes, conforme as circunstâncias, [...] pode cair a mente nos estados anômalos de sentido inferior, dominada por forças retrógradas que a imobilizam, temporariamente, em atitudes estranhas ou indesejáveis. Neste aspecto, surpreendemos multiformes processos de obsessão, nos quais Inteligências desencarnadas de grande poder senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as, por tempo indeterminado, em certos tipo de recordação, segundo as dívidas cármicas a que se acham presas. Frequentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob o fascínio constante dos desencarnados que as subjugam. Nesta situação, o animismo se manifesta descontrolado. O assunto está muito bem estudado no livro Nos Domínios da Mediunidade, de autoria do Espírito André Luiz, capítulo 22 (Emersão do Passado). Diz respeito à história de uma senhora enferma, que busca os serviços de auxílio espiritual numa instituição espírita. Em determinado momento, essa pessoa fala e age como se estivesse sob efeito de transe mediúnico, veiculando a comunicação de um perseguidor espiritual. Entretanto, não há, efetivamente, Espírito comunicante. Não existe, também, o menor vestígio de mistificação, consciente ou inconsciente. Trata-se de alguém, carente de auxílio, que [...] imobilizou grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo [em torno de uma experiência malsucedida, vivida em reencarnação anterior] [...], a ponto de semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do renascimento no corpo físico, prosseguindo quase que intacta. Fixando-se nessa lembrança, quando instada de mais perto pelo companheiro que lhe foi irrefletido algoz, passa a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que teima em ressuscitar. É então que se dá a conhecer como personalidade diferente, a referir-se à vida anterior. [...] Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão-somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento. Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao eletrochoque, entretanto, [...] é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação íntima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-



Estudo do Livro dos Espíritos







28. Pois que o espírito é, em si, alguma coisa, não seria mais exato e menos sujeito a confusão dar aos dois elementos gerais as designações de — matéria inerte e matéria inteligente? 

“As palavras pouco nos importam. Compete-vos a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não vos fere os sentidos.” 

Um fato patente domina todas as hipóteses: vemos matéria destituída de inteligência e vemos um princípio inteligente que independe da matéria. A origem e a conexão destas duas coisas nos são desconhecidas. Se promanam ou não de uma só fonte; se há pontos de contacto entre ambas; se a inteligência tem existência própria, ou se é uma propriedade, um efeito; se é mesmo, conforme à opinião de alguns, uma emanação da Divindade, ignoramos. Elas se nos mostram como sendo distintas; daí o considerarmo-las formando os dois princípios constitutivos do Universo. Vemos acima de tudo isso uma inteligência que domina todas as outras, que as governa, que se distingue delas por atributos essenciais. A essa inteligência suprema é que chamamos Deus.



Que a graça e a paz sejam conosco!

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