"E dizendo: Varões, porque fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões." -( Atos, 14: 15 )-
Amados irmãos, bom dia!
Somos chamados a sair das fraquezas humanas para os dons celestiais e esse é o tempo e o lugar onde devemos frequentar a escola da iluminação, poder e triunfo a que fomos destinados.
Que nosso Mestre Jesus e os bons Espíritos nos auxiliem a entender essa grandiosa missão.
Animismo e perturbação espiritual
“Um ponto que merece ser considerado, em relação às
manifestações anímicas, diz respeito às vinculações com processos de
perturbação espiritual, alguns de difícil solução. Muitas vezes, conforme as
circunstâncias, [...] pode cair a mente nos estados anômalos de sentido
inferior, dominada por forças retrógradas que a imobilizam, temporariamente, em
atitudes estranhas ou indesejáveis. Neste aspecto, surpreendemos multiformes
processos de obsessão, nos quais Inteligências desencarnadas de grande poder
senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as, por tempo
indeterminado, em certos tipo de recordação, segundo as dívidas cármicas a que
se acham presas. Frequentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de
provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas
nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras,
quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos
trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob o fascínio constante
dos desencarnados que as subjugam. Nesta situação, o animismo se manifesta
descontrolado. O assunto está muito bem estudado no livro Nos Domínios da
Mediunidade, de autoria do Espírito André Luiz, capítulo 22 (Emersão do
Passado). Diz respeito à história de uma senhora enferma, que busca os serviços
de auxílio espiritual numa instituição espírita. Em determinado momento, essa
pessoa fala e age como se estivesse sob efeito de transe mediúnico, veiculando
a comunicação de um perseguidor espiritual. Entretanto, não há, efetivamente,
Espírito comunicante. Não existe, também, o menor vestígio de mistificação,
consciente ou inconsciente. Trata-se de alguém, carente de auxílio, que [...]
imobilizou grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo [em torno de uma
experiência malsucedida, vivida em reencarnação anterior] [...], a ponto de
semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do
renascimento no corpo físico, prosseguindo quase que intacta. Fixando-se nessa
lembrança, quando instada de mais perto pelo companheiro que lhe foi
irrefletido algoz, passa a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que
teima em ressuscitar. É então que se dá a conhecer como personalidade
diferente, a referir-se à vida anterior. [...] Sem dúvida, em tais momentos, é
alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo
das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus
recursos mnemônicos tão-somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento.
Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao
eletrochoque, entretanto, [...] é uma enferma espiritual, uma consciência
torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação íntima, única base
sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo.” -( FEB - ESDE - Tomo
único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
28. Pois que o espírito é, em si, alguma coisa, não seria mais
exato e menos sujeito a confusão dar aos dois elementos
gerais as designações de — matéria inerte e matéria
inteligente?
“As palavras pouco nos importam. Compete-vos a vós
formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes.
As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos
entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser
incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não
vos fere os sentidos.”
Um fato patente domina todas as hipóteses: vemos matéria
destituída de inteligência e vemos um princípio inteligente que
independe da matéria. A origem e a conexão destas duas coisas
nos são desconhecidas. Se promanam ou não de uma só fonte; se
há pontos de contacto entre ambas; se a inteligência tem existência
própria, ou se é uma propriedade, um efeito; se é mesmo,
conforme à opinião de alguns, uma emanação da Divindade,
ignoramos. Elas se nos mostram como sendo distintas; daí o
considerarmo-las formando os dois princípios constitutivos do
Universo. Vemos acima de tudo isso uma inteligência que domina
todas as outras, que as governa, que se distingue delas por atributos
essenciais. A essa inteligência suprema é que chamamos
Deus.
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário