"Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido." -( Paulo aos Romanos, 10: 11 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Lembra sempre que a sua existência é jornada para Deus." Portanto, busquemos nele, em nosso Mestre Jesus e nos bons Espíritos a colaboração para a nossa caminhada.
Sono e sonho: diferença entre
um e outro
“O Espírito jamais está
inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não
precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em
relação mais direta com os outros Espíritos. Em resposta à questão 402 de O
Livro dos Espíritos, dizem os Orientadores Espirituais que se pode julgar a
liberdade do Espírito durante o sono pelos [...] sonhos. Quando o corpo
repousa, [...] tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília.
Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior
potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos, quer deste
mundo, quer do outro. [...] O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando
dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente
depois que morre. Tiveram sonos inteligentes os Espíritos que, desencarnando,
logo se desligam da matéria. Esses Espíritos, quando dormem, vão para junto dos
seres que lhes são superiores. Com estes viajam, conversam e se instruem.
Trabalham mesmo em obras que se lhes deparam concluídas, quando volvem,
morrendo na Terra, ao mundo espiritual. [...] Isto, pelo que concerne aos
Espíritos elevados. Pelo que respeita ao grande número de homens que, morrendo,
têm que passar longas horas na perturbação, [...] esses vão, enquanto dormem,
ou a mundos inferiores à Terra, onde os chamam velhas afeições, ou em busca de
gozos quiçá mais baixos do que os em que aqui tanto se deleitam. Mais adiante,
na mesma questão, assinalam: O sonho é a lembrança do que o Espírito viu
durante o sono. Notai, porém, que nem sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que
nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto
dormíeis. É que não tendes a alma em pleno desenvolvimento de suas faculdades.
Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança da perturbação que o vosso Espírito
experimenta à sua partida ou no seu regresso, acrescida da que resulta do que
fizestes ou do que vos preocupa quando despertos. A não ser assim, como
explicaríeis os sonhos absurdos, que tanto os sábios, quanto as mais humildes e
simples criaturas têm? Acontece também que os maus Espíritos se aproveitam dos
sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes. Em suma, dentro em pouco
vereis vulgarizar-se outra espécie de sonhos. Conquanto tão antiga como a de
que vimos falando, vós a desconheceis. Refiro-me aos sonhos de Joana, ao de
Jacob, aos dos profetas judeus e aos de alguns adivinhos indianos. São
recordações guardadas por almas que se desprendem quase inteiramente do corpo
[...]. Assim, os [...] sonhos são efeito da emancipação da alma, que mais
independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma
espécie de clarividência indefinida que se alonga até aos mais afastados
lugares e até mesmo a outros mundos. Daí também a lembrança que traz à memória
acontecimentos da precedente existência ou das existências anteriores. As
singulares imagens do que se passa ou se passou em mundos desconhecidos,
entremeados de coisas do mundo atual, é que formam esses conjuntos estranhos e
confusos, que nenhum sentido ou ligação parecem ter. A incoerência dos sonhos
ainda se explica pelas lacunas que apresenta a recordação incompleta que
conservamos do que nos apareceu quando sonhávamos. É como se a uma narração se
truncassem frases ou trechos ao acaso. Reunidos depois, os fragmentos restantes
nenhuma significação racional teriam.
Kardec pergunta aos Espíritos
Superiores por que não nos lembramos sempre dos sonhos. Eles respondem o
seguinte: Em o que chamais sono, só há o repouso do corpo, visto que o Espírito
está constantemente em atividade. Recobra, durante o sono, um pouco da sua
liberdade e se corresponde com os que lhe são caros, quer neste mundo, quer em
outros. Mas, como é pesada e grosseira a matéria que o compõe, o corpo dificilmente
conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio
dos órgãos corporais. A fim de que haja a emancipação do Espírito, porém, não
há necessidade de o sono ser completo. Basta [...] que os sentidos entrem em
torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade. Para se emancipar, ele se
aproveita de todos os instantes de trégua que o corpo lhe concede. Desde que
haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando-se tanto
mais livre, quanto mais fraco for o corpo. Dessa forma, estando
[...]entorpecido o corpo, o Espírito trata de desprender-se. Transporta-se e
vê. Se já fosse completo o sono, haveria sonho.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
42. Poder-se-á conhecer o tempo que dura a formação dos
mundos: da Terra, por exemplo?
“Nada te posso dizer a respeito, porque só o Criador o
sabe e bem louco será quem pretenda sabê-lo, ou conhecer
que número de séculos dura essa formação.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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