quarta-feira, 30 de novembro de 2016

As bem aventuranças III


“Mas quando ouviram falar da ressurreição dos mortos,  uns  escarneciam  e  outros  diziam:  acerca  disso  te  ouviremos  outra vez.”  -( Atos, 17:32 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Numerosos trabalhadores do Cristo, nos diversos setores da cultura moderna, são atenciosamente ouvidos e respeitados por autoridades nos assuntos em que se especializaram; contudo, ao declararem sua crença na vida além do corpo, em afirmando a lei de responsabilidade, para lá do sepulcro, recebem, de imediato, o  riso escarninho dos admiradores de minutos antes, que os deixam sozinhos, proporcionando-­lhes a impressão de verdadeiro deserto." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








Bem-aventurados os que choram porque serão consolados (Mt 5:4). 

"A marginalização era, a época de Jesus, vala comum na comunidade dos pobres e desvalidos. A austeridade da lei moisaica cede lugar à misericórdia, sufocada pela intolerância político-religiosa. Os que choram são considerados bem-aventurados porque as lágrimas que derramam funcionam como uma catarse, jamais como manifestação de desespero. Neste sentido esclarece Emmanuel: Podemos classificar o sofrimento do Espírito como a dor-realidade e o tormento físico, de qualquer natureza, como a dor-ilusão. 

Em verdade, toda dor física colima o despertar da alma para os seus grandiosos deveres, seja como expressão expiatória, como consequência dos abusos humanos, ou como advertência da natureza material ao dono de um organismo. Mas, toda dor física é um fenômeno, enquanto que a dor moral é essência. Daí a razão por que a primeira vem e passa, ainda que se faça acompanhar das transições de morte dos órgãos materiais, e só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o luminoso trabalho do aperfeiçoamento e da redenção.

A consolação, referida pelo texto evangélico, é mais do que uma palavra, atitude de reconforto ou simples balsamização. Representa uma oportunidade de trabalho em benefício dos que sofrem por promover a vivência da caridade." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos







303. Podem tornar-se de futuro simpáticos, Espíritos que presentemente não o são? 

“Todos o serão. Um Espírito, que hoje está numa esfera inferior, ascenderá, aperfeiçoando-se, à em que se acha tal outro Espírito. E ainda mais depressa se dará o encontro dos dois, se o mais elevado, por suportar mal as provas a que esteja submetido, permanecer estacionário.” 

a) — Podem deixar de ser simpáticos um ao outro dois Espíritos que já o sejam? 

“Certamente, se um deles for preguiçoso.” 

A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra. Não pertencem decerto a uma ordem elevada os Espíritos que a empregaram. Necessariamente, limitado sendo o campo de suas idéias, exprimiram seus pensamentos com os termos de que se teriam utilizado na vida corporal. Não se deve, pois, aceitar a idéia de que, criados um para o outro, dois Espíritos tenham, fatalmente, que se reunir um dia na eternidade, depois de haverem estado separados por tempo mais ou menos longo.




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

As bem aventuranças II


“E  ele  lhe  disse:  Tem  bom  ânimo,  filha,  a  tua  fé  te  salvou; vai em paz.”  -( Lucas, 8:48 )-




Amados irmãos, bom dia!
"É importante observar que o Divino Mestre, após o benefício dispensado, sempre se reporta ao prodígio da fé, patrimônio sublime daqueles que O procuram. Diversas vezes, ouvimo-­lo na expressiva afirmação: – “A tua fé te salvou.”   Nos empreendimentos e necessidades de teu  caminho, não te isoles nas posições negativas. Jesus pode tudo, teus amigos verdadeiros farão o possível por ti; contudo, nem o Mestre e nem os companheiros realizarão em sentido integral a felicidade que ambicionas, sem o concurso de tua fé, porque também tu és filho do mesmo Deus, com as mesmas possibilidades de elevação." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








Bem-aventurados os simples porque deles é o reino dos Céus (Mt 5:3). 


Bem-aventurados é uma expressão de Jesus que significa “os felizes”, sob o aspecto espiritual. Do ponto de vista material, porém, está mais relacionada às pessoas que possuem bens, poder ou posição de destaque na sociedade. 

Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos Céus e não para os orgulhosos. Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem. [...] 

Dizendo que o reino dos Céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre de espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.

A expressão “reino dos Céus” merece maiores esclarecimentos. Durante muito tempo, o vocábulo “céu” foi entendido como um lugar circunscrito. Esta concepção é ainda alimentada por muitos, que costumam delimitá-lo, como regiões superiores dos planos espirituais. “Céus” (no plural ou singular) sugere a ideia de plano mais elevado. As faixas inferiores (“inferno”), por sua vez, são os campos vibracionais trevosos, infelizes. Podemos nos ligar às vibrações superiores quando nosso Espírito se vincula aos componentes da paz e da segurança, no alicerce da humildade operante. Compreendemos, então, que “céu” ou “inferno” são estados de alma, resultantes da harmonia ou dos desequilíbrios íntimos. Operar nos “céus” significa educar-se, renovar-se, desenvolvendo a capacidade de elevar-se, de forma que o estado de bem-aventurança se torne uma realidade." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






302. A identidade necessária à existência da simpatia perfeita apenas consiste na analogia dos pensamentos e sentimentos, ou também na uniformidade dos conhecimentos adquiridos? 

“Na igualdade dos graus de elevação.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

As bem aventuranças I


“Também vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da  injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles  nos tabernáculos eternos.”  - Jesus - ( Lucas, 16:9 )




Amados irmãos, bom dia!
"Valorizemos, desse modo, a nossa permanência nos serviços da Terra, na condição de encarnados ou  desencarnados, favorecendo, por todos os recursos ao  nosso dispor, a própria melhoria e a elevação dos nossos semelhantes, agindo na direção da luz e amando sempre, porquanto, dentro dessas normas de solidariedade sublime, poderemos contar  com a dedicação de amigos fiéis que, na qualidade de discípulos mais dedicados e enobrecidos que nós, nos auxiliarão efetivamente, acolhendo-­nos em seus corações, convertidos em tabernáculos do Senhor, ajudando­-nos não  só a obter novas oportunidades de reajustamento e santificação, mas também endossando perante Jesus as nossas promessas e aspirações, diante da vida superior." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )- 







"E, abrindo a boca, os ensinava, dizendo (Mt 5:2). 

A boca, além da função ligada à ingestão de alimentos e ao início do processo digestivo, é o instrumento de manifestação da palavra. Neste sentido, os ensinos de Jesus derramavam amor e profundas vibrações de consolação à multidão, além de estimularem valiosas induções ao estudo e ao trabalho naqueles que se mantinham sintonizados com as suas orientações. 

O esclarecimento emoldurado pelo carinho, pelo envolvimento afetivo de Jesus, tocava a quantos já se achavam predispostos às mudanças, empenhados na própria melhoria espiritual. Vemos, assim, que a fala é o mais importante veículo de comunicação educativa de que dispomos. Com a fala denegrimos, caluniamos, ironizamos, amaldiçoamos, abençoamos ou ensinamos, educamos... 

A palavra ilumina, convence, edifica, converte. Ela penetra o recesso das consciências, sonda o abismo dos corações. Não há poder que a detenha, não há força que a neutralize: basta que seja a expressão da verdade." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos








301. Dois Espíritos simpáticos são complemento um do outro, ou a simpatia entre eles existente é resultado de identidade perfeita? 

“A simpatia que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos. Se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 27 de novembro de 2016

As bem-aventuranças - Interpretação do texto evangélico


“Também vos digo: granjeai amigos com as riquezas da  injustiça.”  - Jesus - ( Lucas, 16:9 )




Amados irmãos, bom dia!
"O Mestre aconselhou-­nos a granjear amigos, isto é, a dilatar o círculo de simpatias em que nos sintamos cada vez mais intensivamente amparados pelo  espírito de cooperação e pelos valores intercessórios. Se o nosso passado espiritual é sombrio e doloroso, busquemos simplificá­-lo, adquirindo dedicações verdadeiras, que nos auxiliem através da subida áspera da redenção. Se não temos hoje determinadas ligações com as riquezas da injustiça, tivemo­-las, ontem, e faz-­se imprescindível aproveitar o tempo para o nosso  reajustamento individual perante a Justiça Divina." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os discípulos (Mt 5:1). 

Quem, efetivamente, deseja ajudar necessita “elevar-se”. Elevação que define segurança, autoridade, sem perda da humildade. A subida ao monte indica esforço, capacitação, saber colocar-se acima, isto é, com humildade e adequação, em nível de entendimento dos que necessitam de auxílio e de esclarecimentos. No ato de “assentar-se”, o Mestre promove o necessário ajuste vibracional para que ocorra uma melhor e efetiva possibilidade de atender à grande massa que se eleva, pelos fios da fé e da esperança, estabelecendo-se, então, vigoroso processo de sintonia. 

Vemos na frase: “aproximaram-se os discípulos”, a capacidade de saber valer-se das boas oportunidades, oferecidas pelas circunstâncias, em razão da misericórdia divina. É no campo fértil das ocorrências diárias que se manifestam as bênçãos do Criador em favor das criaturas, canalizando recursos de aprendizagem, necessários ao trabalho de crescimento espiritual. O aprendizado dos discípulos foi veiculado por Jesus que, aproveitando as circunstâncias, os orientou com sabedoria." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos








300. Se dois Espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros Espíritos? 

“Todos os Espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um Espírito se eleva, já não simpatiza, como dantes, com os que lhe ficaram abaixo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 26 de novembro de 2016

Ensinos diretos de Jesus - As bem aventuranças


“E  toda  a  multidão  procurava  tocar-­lhe,  porque  saía  dele uma virtude que os curava a todos.”  -( Lucas, 6:19 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Jesus, em sua passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do  magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-­lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-­lhe os passos, tocadas de singular admiração. Se intentas atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência legítima na Terra, santifica­-te pela influência do Céu." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






Texto evangélico 

"Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, por que deles é o reino dos Céus; bem-aventurados os que choram, por que eles serão consolados; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós (Mt 5:1-12). 

As “bem-aventuranças” constituem um extraordinário cântico de amor e de compaixão dirigido, em especial, aos sofredores, oferecendo-lhes a esperança de dias melhores. Neste contexto, o espírita e todas as pessoas que já exercitam “os olhos de ver”, encontram nelas uma rota de redenção espiritual. A multidão a quem Jesus se dirige são os cansados e os oprimidos pelo peso das provações que, esperançosos, aguardam o momento de melhoria evolutiva com o Cristo. 

Considerando o texto evangélico, registra Humberto de Campos: Difundidas as primeiras claridades da Boa-Nova, todos os enfermos e derrotados da sorte, habitantes de Corazim, Magdala, Betsaida, Dalmanuta e outras aldeias importantes do lago enchiam as ruas de Cafarnaum em turbas ansiosas. Os discípulos eram os mais visados pela multidão, por motivo do permanente contato em que viviam com o seu Mestre. [...] Todos queriam o auxílio de Jesus, o benefício imediato da sua poderosa virtude.

Para esses Espíritos, saturados de sofrimento, quanto para nós, aplicam-se os esclarecimentos que Jesus transmitiu a Levi: Precisamos amar e aceitar a preciosa colaboração dos vencidos do mundo!... 

Se o Evangelho é a Boa-Nova, como não há de ser a mensagem divina para eles, tristes e deserdados na imensa família humana? Os vencedores da Terra não necessitam de boas notícias. Nas derrotas da sorte, as criaturas ouvem mais alto a voz de Deus [...]. Quem governa o mundo é Deus. [...] e o amor não age com inquietação. Mais adiante, continua Jesus em suas elucidações ao apóstolo: Até que a esponja do Tempo absorva as imperfeições terrestres, através de séculos de experiência necessária, os triunfadores do mundo são pobres seres que caminham por entre tenebrosos abismos. É imprescindível, pois, atentemos na alma branda e humilde dos vencidos. Para os seus corações Deus carreia bênçãos de infinita bondade. Esses quebraram os elos mais fortes que os acorrentavam às ilusões e marcham para o Infinito do amor e da sabedoria. O leito de dor, a exclusão de todas as facilidades da vida, a incompreensão dos mais amados, as chagas e as cicatrizes do espírito são luzes que Deus acende na noite sombria das criaturas. Levi, é necessário amemos intensamente os desafortunados do mundo. Suas almas são a terra fecundada pelo adubo das lágrimas e das esperanças mais ardentes, onde as sementes do Evangelho desabrocharão para a luz da vida." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos? 

“A expressão é inexata. Se um Espírito fosse a metade de outro, separados os dois, estariam ambos incompletos.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Exemplos de interpretação de textos evangélicos


“E  eu  vos  digo  a  vós:  pedi,  e  dar-­se-­vos-­á;  buscai,  e  achareis; batei, e abrir­-se­-vos-­á.”  - Jesus - ( Lucas, 11:9 )




Amados irmãos, bom dia!
"Estes três imperativos da recomendação de Jesus não  foram enunciados sem um sentido especial.  Aprenda a pedir caminhos de libertação.  Logo após, é imprescindível buscar. Não bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado. Peçamos ao Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a espiritualidade sublime e trabalhemos por  nossa localização dentro  dela, a fim de converter-­nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"A Parábola do Semeador (Mc 4:3-9), foi ensinada e interpretada por Jesus, atendendo pedido dos apóstolos (Mc 4:10-13). Apresentamos, em seguida, os dois textos evangélicos: a parábola e a sua interpretação. 

Parábola do Semeador Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear; e aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram; E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda; Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se. E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto. E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem (Mc 4:3-9).  

A Parábola do Semeador interpretada por Jesus:

E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola. E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas, para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados. E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas? O que semeia semeia a palavra; e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles. E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera. E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um (Mc 4:10-20).

Já a Parábola da Figueira que Secou (Mc 11:12-14; 20-23) foi interpretada por Allan Kardec, em O evangelho segundo o espiritismo, capítulo XIX, item 9. 

A Parábola da Figueira que Secou E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. Vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. e os seus discípulos ouviram isso. E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira que tu amaldiçoaste se secou. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus, porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. 

Allan Kardec interpreta esta parábola da seguinte forma: A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. [...] Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas, porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz.

O ensinamento evangélico sobre o lançamento da rede pelo lado direito do barco (Jo 21:6) é interpretado por Emmanuel no livro Caminho, verdade e vida. 

Lançamento da rede: E Ele lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes (Jo 21:6). 

Emmanuel interpreta, em linhas gerais este ensino, conforme as seguintes explicações contidas no seu livro Caminho, verdade e vida. Figuradamente, o Espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua rede de interesses. Estaremos lançando a nossa rede para a banda direita? Fundam-se os nossos pensamentos e atos sobre a verdadeira justiça? Convém consultar a vida interior, em esforço diário, porque o Cristo, nesse ensinamento, recomendava, de modo geral, aos seus discípulos: Dedicai vossa atenção aos caminhos retos e achareis o necessário." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia se reunirá? 

“Não; não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”    




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Interpretação do Novo Testamento


“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças.” - Paulo - ( Colossenses, 4:2 )




Amados irmãos, bom dia!
"É indispensável persistir  na oração, velando nesse trabalho  com ação de graças. E forçoso é reconhecer que louvar não é apenas pronunciar votos brilhantes. É também alegrar-­se em pleno combate pela vitória do bem, agradecendo ao Senhor  os motivos de sacrifício e sofrimento, buscando as vantagens que a adversidade e o  trabalho nos trouxeram ao espírito." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"A interpretação espírita do Novo Testamento tem como base O evangelho segundo o espiritismo que traça uma diretriz segura, em espírito e verdade. A mensagem de Jesus é entendida como valiosa ação de “higienização” do nosso campo mental, constituindo-se em divino recurso para a construção dos nossos legítimos sentimentos de realização no Bem. 

Apresenta-se, também, como trabalho reeducador que deve estar presente nos nossos processos de libertação espiritual. A mensagem evangélica não comporta, pois, apenas leituras ou comentários de superfície. O Evangelho de Jesus necessita ser apreendido, assimilado e acima de tudo vivido. A propósito, assim se expressa Emmanuel: A lição do Mestre, além disso, não constitui tão somente um impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






297. Continua a existir sempre, no mundo dos Espíritos, a afeição mútua que dois seres se consagraram na Terra? 

“Sem dúvida, desde que originada de verdadeira simpatia. Se, porém, nasceu principalmente de causas de ordem física, desaparece com a causa. As afeições entre os  Espíritos são mais sólidas e duráveis do que na Terra, porque não se acham subordinadas aos caprichos dos interesses materiais e do amor-próprio.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Interpretação de textos evangélicos - Saber localizar o texto no livro bíblico


“Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” - Paulo - ( I Timóteo, 6:6 )




Amados irmãos, bom dia!
"Fala-­se muito em piedade na Terra, todavia, quando assinalamos referências a semelhante virtude, dificilmente discernimos entre compaixão e humilhação.  A verdadeira piedade, no entanto, é filha legítima do amor. Não perde tempo na identificação do mal. Diz­-nos Paulo que a “piedade com contentamento” é “grande ganho” para a alma e, em verdade, não sabemos de outra que nos possa trazer prosperidade ao  coração." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-







"É necessário saber localizar na Bíblia os textos que se deseja interpretar. Neste sentido, é importante recordar que os livros do Velho Testamento e do Novo Testamento estão divididos em capítulos e versículos. Os capítulos são textos maiores, que se encontram subdivididos em versículos, numerados sequencialmente, a fim de facilitar sua consulta e estudo. É variável o número de capítulos de um livro ou de versículos nos capítulos. O Evangelho de Mateus, por exemplo, está dividido em 28 capítulos, o capítulo 3 tem 17 versículos e o capítulo 26 tem 75. 

No programa Ensinos e Parábolas de Jesus estaremos utilizando textos da Bíblia da tradução de João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida, de 1995, publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil. Sabemos que a Bíblia está dividida em duas partes: Velho Testamento (V. T.) e Novo Testamento (N. T.). O Velho Testamento contém livros que tratam das leis, das profecias, da história e da sabedoria. 

O Novo Testamento possui: 

a) quatro interpretações do Evangelho de Jesus, segundo Mateus (Mt), Marcos (Mc), Lucas (Lc) e João (Jo); 

b) os Atos ou Atos dos Apóstolos (redigidos por Lucas); 

c) Epístolas ou Cartas: catorze de Paulo, uma de Tiago, duas de Pedro, três de João e uma de Judas Tadeu; 

d) Apocalipse ou Revelação de João Evangelista. 

Normalmente a indicação de um trecho do Evangelho é feita, por extenso ou abreviada, na seguinte ordem: nome do livro, número do capítulo e do versículo. Assim: Marcos, 10:4 ou Mc 10:4 que expressa: Evangelho de Marcos, capítulo 10, versículo 4. Algumas traduções inserem referências após o título do capítulo, indicando que este assunto está repetido em outro livro do Evangelho, exemplo: A Vocação de Mateus, ou O chamado de Mateus (Mt 9: 9-13), é também relatada em Marcos, 2:13-14 e em Lucas, 5:27-28. 

Outras versões, como a Bíblia de Jerusalém, possuem um sistema de referências mais detalhado: 

a) relacionam assuntos ou ideias existentes em um mesmo livro; 

b) explicam o significado de palavras ou expressões.  

A referência de ideias existentes num mesmo livro é feita mediante a inscrição de pequenos números no desenvolvimento da narrativa — colocados à margem direita ou esquerda da página. Veja o exemplo: 

» Em Mt 6:1 está escrito, na Bíblia de Jerusalém, assim: 

a) Guardai-vos de praticar a vossa justiça (b) diante dos homens para serdes vistos por eles. Se o fizerdes, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus (23,5 Lc 16:14-15, Jo 5:4). » Interpretação: os números 23,5 — colocados à direita — indicam que há ideias semelhantes no capítulo 23, versículo 5 deste mesmo livro (Evangelho de Mateus). As referências de Lc 16:14-15 e Jo 5:44, também citadas à margem direita, indicam que o mesmo assunto é encontrado, respectivamente, no Evangelho de Lucas, cap. 16, vers. 14-15, e no Evangelho de João, cap. 5, vers. 44. Observamos, igualmente, neste exemplo (Mt 6:1), que ao final da palavra justiça há uma letra ‘‘b’’ sobrescrita. Em nota de rodapé, a Bíblia de Jerusalém explica o sentido desta palavra: b) Lit.: ‘‘fazer a vossa justiça’’ (var.: ‘‘dar esmola’’), isto é, praticar as boas obras que tornam o homem justo diante de Deus. Na opinião dos judeus, as principais eram a esmola (vv. 2-4), a oração (vv 5-6) e o jejum (vv. 16-18). 

Em outros textos, do Velho ou do Novo Testamento, encontramos um numeral que antecede a ordem cronológica de um escrito. Este número indica que há mais de um texto redigido por um mesmo autor. Veja os exemplos. » I Coríntios, 3:1-11(I Co 3:1-11) significa: primeira epístola de Paulo aos coríntios, capítulo três, versículos um a onze. » III João, 1-15 (III Jo 1-15). A leitura é: terceira epístola de João, versículos um a quinze. Observa-se que esta epístola não tem capítulos. » Atos dos Apóstolos, 6:1-7 (At 6:1-7). Leitura: Atos dos Apóstolos, capítulo seis, versículos um a sete. A numeração de Atos é semelhante à forma existente nas quatro versões do Evangelho: são 28 capítulos, subdivididos em versículos." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






296. São suscetíveis de alterar-se as afeições individuais dos Espíritos? 

“Não, por não estarem eles sujeitos a enganar-se. Falta-lhes a máscara sob que se escondem os hipócritas. Daí vem que, sendo puros, suas afeições são inalteráveis. Suprema felicidade lhes advém do amor que os une.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O sentido das palavras


“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que  tenho, isso te dou.” -(Atos, 3:6 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Não olvides a palavra amorosa de Pedro e dá de ti mesmo, no esforço de salvação, porquanto quem espera pelo ouro ou  pela prata, a fim de contribuir nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si próprio." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"Analisemos, ainda, nesse texto de Lucas os dois significados do verbo “lançar”: no primeiro momento Jesus utiliza a forma imperativa (“lançai as vossas redes para pescar”); no segundo, Pedro emprega o tempo futuro do modo indicativo (“sob a tua palavra lançarei a rede”). 

O imperativo existente na frase de Jesus indica a sua autoridade moral que determina usemos dos nossos valores para “pescar” benefícios espirituais. Já o “lançarei” de Pedro aponta para uma possibilidade de algo vir acontecer. 

Esclarecidos pelas verdades da Doutrina Espírita, percebemos que o Evangelho concita-nos a lançar a nossa rede. Lançar é agir, movimentar mais além. Não há construção de vida consciente sem que apliquemos todas as nossas possibilidades em busca da realização de alguma coisa útil. Cabe, pois, a cada um acionar tais valores sob a inspiração do Cristo, porque, se o esclarecimento ou informação nos auxiliam de fora para  dentro, cada ação edificante é um passo efetivo no esforço evolutivo a iniciar-se no campo íntimo de cada um. É preciso que cada um acione tais valores sob a inspiração do Cristo. No mesmo texto podemos ainda destacar, igualmente: “barco”, instrumento de trabalho de Simão, traz a ideia de posição, de local que contém todos os valores reunidos no trânsito pelos “mares” da vida. “Redes”, “peixes”, “colheram” e outras palavras, contidas na citação de Lucas, são vocábulos igualmente portadores de muitas ideias, cujo entendimento imprime esforço de renovação com o Cristo." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






295. Que sentimento anima, depois da morte, aqueles a quem fizemos mal neste mundo? 

“Se são bons, eles vos perdoam, segundo o vosso arrependimento. Se maus, é possível que guardem ressentimento do mal que lhes fizestes e vos persigam até, não raro, em outra existência. Deus pode permitir que assim seja, por castigo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O sentido das expressões


“E  Jesus  respondeu-­lhe:  O  primeiro  de  todos  os  mandamentos  é:  Ouve,  ó  Israel,  o  Senhor  é  nosso  Deus,  o  Senhor é um só.” -( Marcos, 12:29 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Antes de todos os programas de Moisés, das revelações dos Profetas e de suas próprias bênçãos redentoras no Evangelho, o  Mestre coloca uma declaração  enérgica de princípios, conclamando  todos os espíritos ao plano da unidade substancial. Alicerçando o serviço salvador que Ele mesmo trazia das esferas mais altas, proclama o Cristo à Humanidade que só existe um Senhor Todo­Poderoso – o  Pai de Infinita Misericórdia."  -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"Continuando na análise do texto de Lucas, anteriormente citado, localizamos no versículo três o seguinte: “pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia”. Sabemos que Simão, sendo um pescador, utilizava o seu barco como instrumento de trabalho. Da mesma forma, nas várias posições em que somos colocados na vida, identificamos também, em nós, e à nossa volta, recursos de ação para que possamos atuar no plano que nos é próprio. O lar é o ambiente inicial, mas que se prolonga nos centros de interesse profissional, e se configura em outras formas: nas relações sociais, nas facilidades disponíveis, nas informações que ouvimos ou sabemos, nas manifestações do falar ou do agir etc. À medida que nos dedicamos à aquisição de valores espirituais, mais se acentua a necessidade de nos colocarmos à disposição do Cristo. Para isso, cabe-nos tão somente atender ao seu pedido: “afastar um pouco da praia”, ou seja, das cogitações materiais puramente transitórias, para que as autênticas expressões de espiritualidade, que partem das esferas mais altas, circulem entre nós, clareando os caminhos e favorecendo o entendimento da Boa-Nova. O afastamento da “praia”, porém, não pode ser demasiado para que não se percam as possibilidades de auxílio a quantos possam, por nosso intermédio, ser beneficiados pela bondade do Criador, conforme se deduz da colocação de Jesus. Além do mais, as coisas materiais são úteis à ação do Espírito desde que não se viva em função delas." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






294. A lembrança dos atos maus que dois homens praticaram um contra o outro constitui obstáculo a que entre eles reine simpatia? 

“Essa lembrança os induz a se afastarem um do outro.”  




Que a graça e a paz sejam conosco!