quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Critérios de estudo e interpretação do Evangelho I


“Bem­ aventurado o homem que sofre a tentação.” -( Tiago, 1:12 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Enquanto  nosso barco espiritual navega nas águas da inferioridade, não  podemos aguardar isenção de ásperos conflitos interiores. Entendendo a transcendência do assunto, o apóstolo proclama bem­  aventurado aquele “que sofre a tentação”. Impossível, por agora, qualquer referência ao triunfo absoluto, porque vivemos ainda muito distantes da condição angélica; entretanto, bem ­aventurados seremos se bem sofremos esse gênero de lutas, controlando os impulsos do sentimento menos aprimorado e aperfeiçoando-­o, pouco  a pouco, à custa do esforço próprio, a fim de que não nos entreguemos inermes às sugestões inferiores que procuram converter-­nos em vivos instrumentos do mal." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-







"O estudo e a interpretação do Evangelho deve, necessariamente, considerar o seu sentido espiritual. É preciso aprender separar a exposição puramente literal — de entendimento relativo e às vezes controvertido — do sentido espiritual que oferece conclusões lógicas à nossa perquirição. Se apegados à letra, poderemos ser conduzidos a caminhos complicados, a conclusões totalmente equivocadas e até mesmo contrárias aos ensinamentos de Jesus. 

O entendimento espírita nos fornece excelente base para compreensão do significado das lições evangélicas, pois nos ensina: 

a) retirar o espírito da letra; 

b) situar-se no conteúdo da mensagem, no tempo e no espaço; 

c) elaborar esquema de estudo que considere aspectos históricos e geográficos, sentido geral e particular das circunstâncias ou da ocorrência de um fato, atribuições relativas a cargos e ocupações, assim como a interpretação de palavras e expressões utilizadas no texto. 


Extrair o espírito da letra 

O exemplo, apresentado em seguida, ilustra como retirar o espírito da letra. 

» Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus mortos (Mt 8:22). Repugna-nos à razão, pelo senso natural de caridade, a ideia de não darmos a bênção da sepultura ao corpo de alguém que morreu. Entretanto, Jesus orienta “deixa aos mortos o sepultar os mortos”. Obviamente, cadáver não pode enterrar cadáver. Logo, não é este o sentido da orientação de Jesus. O Mestre se refere aos “mortos de espírito’’ que ainda não se despertaram para o trabalho de conscientização espíritual. “Os mortos que sepultam mortos” são Espíritos prisioneiros das ilusões da matéria, que trazem a consciência adormecida. 

O benfeitor Emmanuel nos esclarece, a propósito: Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte — a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime. Ainda segundo Emmanuel: No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém à consciência culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na maioria, eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma endurecida e coração paralítico. Nesse sentido, é proveitosa a advertência contida em João: “O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são Espírito e são Vida.” (Jo 6:63)." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






289. Nossos parentes e amigos costumam vir-nos ao encontro quando deixamos a Terra? 

“Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a quem são afeiçoados. Felicitam-na, como se regressasse de uma viagem, por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudam-na a desprender-se dos liames corporais. É uma graça concedida aos bons Espíritos o lhes virem ao encontro os que os amam, ao passo que aquele que se acha maculado permanece em insulamento, ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhantes. É uma punição.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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