“Bem aventurado o homem que sofre a tentação.” -( Tiago, 1:12 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Enquanto nosso barco espiritual navega nas águas da inferioridade, não
podemos aguardar isenção de ásperos conflitos interiores. Entendendo a transcendência do assunto, o apóstolo proclama bem aventurado aquele “que sofre a tentação”. Impossível, por agora, qualquer referência
ao triunfo absoluto, porque vivemos ainda muito distantes da condição angélica;
entretanto, bem aventurados seremos se bem sofremos esse gênero de lutas, controlando os impulsos do sentimento menos aprimorado e aperfeiçoando-o, pouco
a pouco, à custa do esforço próprio, a fim de que não nos entreguemos inermes às
sugestões inferiores que procuram converter-nos em vivos instrumentos do mal." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"O estudo e a interpretação do Evangelho deve, necessariamente,
considerar o seu sentido espiritual. É preciso aprender separar a
exposição puramente literal — de entendimento relativo e às vezes
controvertido — do sentido espiritual que oferece conclusões lógicas
à nossa perquirição. Se apegados à letra, poderemos ser conduzidos
a caminhos complicados, a conclusões totalmente equivocadas e até
mesmo contrárias aos ensinamentos de Jesus.
O entendimento espírita nos fornece excelente base para
compreensão do significado das lições evangélicas, pois nos ensina:
a) retirar o espírito da letra;
b) situar-se no conteúdo da mensagem,
no tempo e no espaço;
c) elaborar esquema de estudo que considere
aspectos históricos e geográficos, sentido geral e particular das circunstâncias
ou da ocorrência de um fato, atribuições relativas a cargos
e ocupações, assim como a interpretação de palavras e expressões
utilizadas no texto.
Extrair o espírito da letra
O exemplo, apresentado em seguida, ilustra como retirar o
espírito da letra.
» Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os
seus mortos (Mt 8:22).
Repugna-nos à razão, pelo senso natural de caridade, a ideia de
não darmos a bênção da sepultura ao corpo de alguém que morreu.
Entretanto, Jesus orienta “deixa aos mortos o sepultar os mortos”.
Obviamente, cadáver não pode enterrar cadáver. Logo, não é este o
sentido da orientação de Jesus. O Mestre se refere aos “mortos de espírito’’ que ainda não se despertaram para o trabalho de conscientização
espíritual. “Os mortos que sepultam mortos” são Espíritos prisioneiros
das ilusões da matéria, que trazem a consciência adormecida.
O benfeitor Emmanuel nos esclarece, a propósito:
Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de
morte — a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez
e do crime. Ainda segundo Emmanuel:
No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas
conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém à consciência
culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na maioria,
eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma endurecida
e coração paralítico. Nesse sentido, é proveitosa a advertência contida em João: “O
Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que
eu vos tenho dito são Espírito e são Vida.” (Jo 6:63)." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
289. Nossos parentes e amigos costumam vir-nos ao encontro
quando deixamos a Terra?
“Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a quem são
afeiçoados. Felicitam-na, como se regressasse de uma viagem,
por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudam-na
a desprender-se dos liames corporais. É uma graça concedida
aos bons Espíritos o lhes virem ao encontro os que os
amam, ao passo que aquele que se acha maculado permanece
em insulamento, ou só tem a rodeá-lo os que lhe são
semelhantes. É uma punição.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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