“Conserva o modelo das sãs palavras.” - Paulo - ( II Timóteo, 1:13 )
Amados irmãos, bom dia!
"Distribui os recursos que a Providência te encaminhou às mãos operosas,
todavia, não te esqueças de que a palavra confortadora ao aflito representa serviço
direto de teu coração na sementeira do bem." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"A apreciação das duas passagens evangélicas que se seguem
mostra a força do aprendizado oferecido pelas circunstâncias da vida.
» E, Jesus chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão,
porque já está comigo há três dias e não tem o que comer; e não
quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho. E os
seus discípulos disseram-lhe: Donde nos viriam num deserto tantos pães,
para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles
disseram: Sete e uns poucos peixinhos. Então mandou à multidão que se
assentasse no chão. E, tomando os sete pães e os peixes e dando graças,
partiu-os e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos, à multidão. E
todos comeram e se saciaram, e levantaram, do que sobejou, sete cestos
cheios de pedaços (Mt 15:32-37).
Na apreciação desta passagem, relacionada à multiplicação dos
pães, notamos que o fator “circunstância” sobressai na narrativa de
Mateus. Pelo fato de haver fome, Jesus pôde gravar preciosos ensinamentos
para os discípulos, e para todos nós. Assim, enquanto o Senhor
identificava necessidades (multidão com fome), procurando recursos
para solucioná-las e aplicando medidas concretas, os discípulos apenas
enxergavam barreiras e problemas, interrogando: “Donde nos viriam
num deserto tantos pães, para saciar tal multidão?”
» E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse
um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão. E,
quando acabou de falar, disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as
vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo
trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de
peixes, e rompia-se-lhes a rede (Lc 5:3-6).
A leitura desse fato põe em evidência, sem muito esforço, temas
gerais que estão embutidos no ensinamento de Jesus, tais como:
fé, obediência, trabalho, conhecimento. No sentido específico, ou
particular, encontramos subsídios para valiosos aprendizados. Vejamos:
“E, respondendo Simão disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado
toda a noite, nada apanhamos, mas sob tua palavra, lançarei a rede”.
Esclarecidos pela orientação da Doutrina Espírita, percebemos que o
trabalho “de toda a noite” reflete o esforço evolutivo desenvolvido ao
longo das reencarnações. Indica que, sem o entendimento evangélico,
as nossas aquisições espirituais são infrutíferas, mas, tendo fé na
palavra de Jesus, sempre encontramos os elementos necessários para
iniciar a nossa ascensão espiritual.
O trabalho a que se refere Simão não havia oferecido os frutos
que se esperavam porque fora realizado “à noite”, isto é, em meio às
trevas da ignorância e da incompreensão, muitas delas ainda vinculadas
ao nosso Espírito. A noite caracteriza-se por ausência de luz. É
um símbolo da escuridão que ainda prepondera no nosso Espírito,
indicativo dos diferentes tipos de imperfeições que albergamos. Esta
situação, entretanto, pode ser alterada se decidirmos agir sob o peso
da “palavra de Jesus”.
A nossa transformação moral-intelectual demonstra que não é
suficiente estarmos sintonizados com a Luz. É imperioso reconhecer
a nossa pequenez e adotar atitudes renovadoras resolutas, seguindo o
exemplo do apóstolo Pedro. Este devotado servidor se propôs a lançar
“a rede” numa demonstração de humildade e de consciente confiança
no Senhor.
Ao compararmos as duas condições distintas de trabalho, antes
e após o conhecimento da mensagem do Cristo, o estudo nos assinala
uma das mais belas expressões de fé raciocinada, fundamentada
na lógica dos enunciados de Jesus, e que inspiraram o apóstolo a se
expressar: “mas sob a tua palavra lançarei a rede”. -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
284. Como podem os Espíritos, não tendo corpo, comprovar
suas individualidades e distinguir-se dos outros seres
espirituais que os rodeiam?
“Comprovam suas individualidades pelo perispírito, que
os torna distinguíveis uns dos outros, como faz o corpo
entre os homens.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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