sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Circunstâncias e fatos: sentido geral e específico


“Conserva o modelo das sãs palavras.” - Paulo - ( II Timóteo, 1:13 )




Amados irmãos, bom dia!
"Distribui os recursos que a Providência te encaminhou às mãos operosas, todavia, não te esqueças de que a palavra confortadora ao aflito representa serviço  direto de teu coração na sementeira do bem." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"A apreciação das duas passagens evangélicas que se seguem mostra a força do aprendizado oferecido pelas circunstâncias da vida. 

» E, Jesus chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho. E os seus discípulos disseram-lhe: Donde nos viriam num deserto tantos pães, para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete e uns poucos peixinhos. Então mandou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães e os peixes e dando graças, partiu-os e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos, à multidão. E todos comeram e se saciaram, e levantaram, do que sobejou, sete cestos cheios de pedaços (Mt 15:32-37). 

Na apreciação desta passagem, relacionada à multiplicação dos pães, notamos que o fator “circunstância” sobressai na narrativa de Mateus. Pelo fato de haver fome, Jesus pôde gravar preciosos ensinamentos para os discípulos, e para todos nós. Assim, enquanto o Senhor identificava necessidades (multidão com fome), procurando recursos para solucioná-las e aplicando medidas concretas, os discípulos apenas enxergavam barreiras e problemas, interrogando: “Donde nos viriam num deserto tantos pães, para saciar tal multidão?” 

» E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão. E, quando acabou de falar, disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede (Lc 5:3-6). 

A leitura desse fato põe em evidência, sem muito esforço, temas gerais que estão embutidos no ensinamento de Jesus, tais como: fé, obediência, trabalho, conhecimento. No sentido específico, ou particular, encontramos subsídios para valiosos aprendizados. Vejamos: “E, respondendo Simão disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob tua palavra, lançarei a rede”. Esclarecidos pela orientação da Doutrina Espírita, percebemos que o trabalho “de toda a noite” reflete o esforço evolutivo desenvolvido ao longo das reencarnações. Indica que, sem o entendimento evangélico, as nossas aquisições espirituais são infrutíferas, mas, tendo fé na palavra de Jesus, sempre encontramos os elementos necessários para iniciar a nossa ascensão espiritual. 

O trabalho a que se refere Simão não havia oferecido os frutos que se esperavam porque fora realizado “à noite”, isto é, em meio às trevas da ignorância e da incompreensão, muitas delas ainda vinculadas ao nosso Espírito. A noite caracteriza-se por ausência de luz. É um símbolo da escuridão que ainda prepondera no nosso Espírito, indicativo dos diferentes tipos de imperfeições que albergamos. Esta situação, entretanto, pode ser alterada se decidirmos agir sob o peso da “palavra de Jesus”. A nossa transformação moral-intelectual demonstra que não é suficiente estarmos sintonizados com a Luz. É imperioso reconhecer a nossa pequenez e adotar atitudes renovadoras resolutas, seguindo o exemplo do apóstolo Pedro. Este devotado servidor se propôs a lançar “a rede” numa demonstração de humildade e de consciente confiança no Senhor. 

Ao compararmos as duas condições distintas de trabalho, antes e após o conhecimento da mensagem do Cristo, o estudo nos assinala uma das mais belas expressões de fé raciocinada, fundamentada na lógica dos enunciados de Jesus, e que inspiraram o apóstolo a se expressar: “mas sob a tua palavra lançarei a rede”. -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






284. Como podem os Espíritos, não tendo corpo, comprovar suas individualidades e distinguir-se dos outros seres espirituais que os rodeiam? 

“Comprovam suas individualidades pelo perispírito, que os torna distinguíveis uns dos outros, como faz o corpo entre os homens.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário