“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai, pois, a César o
que é de César, e a Deus o que é de Deus.” -( Marcos, 12:17 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Em todo lugar do mundo, o homem encontrará sempre, de acordo com os
seus próprios merecimentos, a figura de César, simbolizada no governo estatal. Maus homens, sem dúvida, produzirão maus estadistas. Coletividades ociosas e indiferentes receberão administrações
desorganizadas. De qualquer modo, a influência de César cercará a criatura, reclamando-lhe
a execução dos compromissos materiais. Se pretendes viver retamente, não dês a César o vinagre da crítica acerba. Ajuda-o com o teu trabalho eficiente, no sadio desejo de acertar, convicto de que ele
e nós somos filhos do mesmo Deus." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"A nossa localização no seio das narrativas evangélicas, escoimada
de interesses pessoais e dosada da vontade de aprender, supera o
sentido puramente histórico da mensagem do Cristo, e nos conduz ao
esforço concreto no plano da renovação espiritual, porque nos facilita
o raciocínio e entendimento, na assimilação da insuperável mensagem
cristã, agora compreendida e sentida à luz da Doutrina Espírita.
» E aconteceu que, chegando Ele perto de Jericó, estava um cego assentado
junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou
que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava
(Lc 18:35-37).
Neste exemplo identificamos vários registros suscetíveis de
espelhar a nossa posição atual. “Aproximando Ele (Jesus) de Jericó...”
indica que qualquer pessoa disposta a realizar o processo autoeducativo
terá de manter, inspirada no Cristo, incessante atividade renovadora
no íntimo do ser, para que as suas ações beneficiem os demais.
É óbvio que não possuímos a capacidade, revelada pelo Cristo,
na sua constante movimentação construtiva, muitas vezes expressa em
formas verbais, tais como: chegando, partindo, continuando, parando
para atender, curando, levantando-se. Entretanto, é necessário reconhecer
que essas atitudes indicam ação construtiva ou ativa no bem.
Tais ações não apresentam um simples movimento, deslocamento de
um lugar para outro, em termos físicos. Representa, sim, o rompimento das algemas da inércia, da acomodação e do desinteresse, as quais nos
mantêm cativos de sofrimentos.
“Estava um cego assentado junto do caminho, mendigando...”
Se Jesus é a mais viva expressão de realização e atividade no bem,
que ainda não temos capacidade de imitar, nos é mais lógico, natural
e cabível, tomar a posição do cego que vivia da esmola e da caridade
dos transeuntes, revelando, assim, as nossas dificuldades de visão no
campo da alma.
A posição do cego é uma circunstância que ocorre à maioria das
criaturas. Interagindo com as ideias expressas no texto, aprendemos
a movimentar as mínimas reservas de boa vontade e de decisão para
colocá-las a serviço de nossa cura. O cego, reconhecendo o próprio
estado de necessidade, se aventurou a perguntar o que estava acontecendo.
Esta simples indagação revela uma disposição de sair do
estado de imobilidade em que se encontrava, reunindo o que possuía
de melhor, pedindo a Jesus que lhe concedesse condições de “ver”.
“E, ouvindo passar a multidão.” Se a posição de cego não é ideal,
ainda que demonstre consciência do que carece, não é muito tranquila
também a nossa colocação perante a multidão. Quantas vezes, até mesmo
como espíritas, já cônscios de nossas necessidades, ainda integramos
impensadamente a massa, sempre indecisa e sem posição definida: a
mesma que repreendia o cego para que não importunasse Jesus.
“Disseram-lhe que Jesus Nazareno passava...” indica que em
meio a nossa indiferença, conseguimos identificar emoções, fatos e
circunstâncias que nos encaminham para o bem, e que podem ser
aproveitadas como lições valiosas. Este é o papel ocupado por pessoas
que, aparentemente, surgem por acaso na nossa vida, mas que nos
impulsionam para frente, realizando às vezes, cooperação mínima,
porém eficiente. Em geral, são pessoas anônimas que nos indicam
ser o momento propício para a nossa melhoria, ou cura, porque Jesus
está passando." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
290. Os parentes e amigos sempre se reúnem depois da
morte?
“Depende isso da elevação deles e do caminho que seguem,
procurando progredir. Se um está mais adiantado e
caminha mais depressa do que outro, não podem os dois conservar-se juntos. Ver-se-ão de tempos a tempos, mas
não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem
caminhar lado a lado, ou quando se houverem igualado na
perfeição. Acresce que a privação de ver os parentes e
amigos é, às vezes, uma punição.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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