quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Situar-se na mensagem para simplificá-la


“E Jesus, respondendo, disse-­lhes: Dai, pois, a César o  que é de César, e a Deus o que é de Deus.” -( Marcos, 12:17 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Em todo lugar do mundo, o homem encontrará sempre, de acordo com os seus próprios merecimentos, a figura de César, simbolizada no governo estatal. Maus homens, sem dúvida, produzirão maus estadistas. Coletividades ociosas e indiferentes receberão administrações desorganizadas. De qualquer modo, a influência de César cercará a criatura, reclamando­-lhe a execução dos compromissos materiais. Se pretendes viver retamente, não dês a César o vinagre da crítica acerba. Ajuda­-o com o teu trabalho eficiente, no sadio desejo de acertar, convicto de que ele e nós somos filhos do mesmo Deus." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"A nossa localização no seio das narrativas evangélicas, escoimada de interesses pessoais e dosada da vontade de aprender, supera o sentido puramente histórico da mensagem do Cristo, e nos conduz ao esforço concreto no plano da renovação espiritual, porque nos facilita o raciocínio e entendimento, na assimilação da insuperável mensagem cristã, agora compreendida e sentida à luz da Doutrina Espírita. 

» E aconteceu que, chegando Ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava (Lc 18:35-37). 

Neste exemplo identificamos vários registros suscetíveis de espelhar a nossa posição atual. “Aproximando Ele (Jesus) de Jericó...” indica que qualquer pessoa disposta a realizar o processo autoeducativo terá de manter, inspirada no Cristo, incessante atividade renovadora no íntimo do ser, para que as suas ações beneficiem os demais. É óbvio que não possuímos a capacidade, revelada pelo Cristo, na sua constante movimentação construtiva, muitas vezes expressa em formas verbais, tais como: chegando, partindo, continuando, parando para atender, curando, levantando-se. Entretanto, é necessário reconhecer que essas atitudes indicam ação construtiva ou ativa no bem. 

Tais ações não apresentam um simples movimento, deslocamento de um lugar para outro, em termos físicos. Representa, sim, o rompimento das algemas da inércia, da acomodação e do desinteresse, as quais nos mantêm cativos de sofrimentos. 

“Estava um cego assentado junto do caminho, mendigando...” Se Jesus é a mais viva expressão de realização e atividade no bem, que ainda não temos capacidade de imitar, nos é mais lógico, natural e cabível, tomar a posição do cego que vivia da esmola e da caridade dos transeuntes, revelando, assim, as nossas dificuldades de visão no campo da alma. 

A posição do cego é uma circunstância que ocorre à maioria das criaturas. Interagindo com as ideias expressas no texto, aprendemos a movimentar as mínimas reservas de boa vontade e de decisão para colocá-las a serviço de nossa cura. O cego, reconhecendo o próprio estado de necessidade, se aventurou a perguntar o que estava acontecendo. Esta simples indagação revela uma disposição de sair do estado de imobilidade em que se encontrava, reunindo o que possuía de melhor, pedindo a Jesus que lhe concedesse condições de “ver”. “E, ouvindo passar a multidão.” Se a posição de cego não é ideal, ainda que demonstre consciência do que carece, não é muito tranquila também a nossa colocação perante a multidão. Quantas vezes, até mesmo como espíritas, já cônscios de nossas necessidades, ainda integramos impensadamente a massa, sempre indecisa e sem posição definida: a mesma que repreendia o cego para que não importunasse Jesus. 

“Disseram-lhe que Jesus Nazareno passava...” indica que em meio a nossa indiferença, conseguimos identificar emoções, fatos e circunstâncias que nos encaminham para o bem, e que podem ser aproveitadas como lições valiosas. Este é o papel ocupado por pessoas que, aparentemente, surgem por acaso na nossa vida, mas que nos impulsionam para frente, realizando às vezes, cooperação mínima, porém eficiente. Em geral, são pessoas anônimas que nos indicam ser o momento propício para a nossa melhoria, ou cura, porque Jesus está passando." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






290. Os parentes e amigos sempre se reúnem depois da morte? 

“Depende isso da elevação deles e do caminho que seguem, procurando progredir. Se um está mais adiantado e caminha mais depressa do que outro, não podem os dois  conservar-se juntos. Ver-se-ão de tempos a tempos, mas não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem caminhar lado a lado, ou quando se houverem igualado na perfeição. Acresce que a privação de ver os parentes e amigos é, às vezes, uma punição.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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