“Porque a vós foi concedido, em relação ao Cristo, não
somente crer nele, como também padecer por ele.” - Paulo - ( Filipenses, 1:29 )
Amados irmãos, bom dia!
"Cooperar pessoalmente com os administradores humanos, em sentido
direto, sempre constitui objeto da ambição dos servidores dessa ou daquela
organização terrestre. Contudo, enquanto perseveram as alegrias de Belém e as glórias de
Cafarnaum, o trabalho da fé se desdobra maravilhoso, mas, em sobrevindo a divisão
das angústias da cruz, muitos aprendizes fogem receando o sofrimento e revelando se indignos da escolha. Os que assim procedem, categorizamse à conta de loucos, porquanto, subtrairse à colaboração com o Cristo, é menosprezar um direito
sagrado." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"A apreciação das duas passagens evangélicas que se seguem
mostra a força do aprendizado oferecido pelas circunstâncias da vida.
» E, Jesus chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão,
porque já está comigo há três dias e não tem o que comer; e não
quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho. E os
seus discípulos disseram-lhe: Donde nos viriam num deserto tantos pães,
para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles
disseram: Sete e uns poucos peixinhos. Então mandou à multidão que se
assentasse no chão. E, tomando os sete pães e os peixes e dando graças,
partiu-os e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos, à multidão. E
todos comeram e se saciaram, e levantaram, do que sobejou, sete cestos
cheios de pedaços (Mt 15:32-37).
Na apreciação desta passagem, relacionada à multiplicação dos
pães, notamos que o fator “circunstância” sobressai na narrativa de
Mateus. Pelo fato de haver fome, Jesus pôde gravar preciosos ensinamentos
para os discípulos, e para todos nós. Assim, enquanto o Senhor
identificava necessidades (multidão com fome), procurando recursos
para solucioná-las e aplicando medidas concretas, os discípulos apenas
enxergavam barreiras e problemas, interrogando: “Donde nos viriam
num deserto tantos pães, para saciar tal multidão?”
» E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse
um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão. E,
quando acabou de falar, disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as
vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo
trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de
peixes, e rompia-se-lhes a rede (Lc 5:3-6).
A leitura desse fato põe em evidência, sem muito esforço, temas
gerais que estão embutidos no ensinamento de Jesus, tais como:
fé, obediência, trabalho, conhecimento. No sentido específico, ou
particular, encontramos subsídios para valiosos aprendizados. Vejamos:
“E, respondendo Simão disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado
toda a noite, nada apanhamos, mas sob tua palavra, lançarei a rede”.
Esclarecidos pela orientação da Doutrina Espírita, percebemos que o
trabalho “de toda a noite” reflete o esforço evolutivo desenvolvido ao
longo das reencarnações. Indica que, sem o entendimento evangélico,
as nossas aquisições espirituais são infrutíferas, mas, tendo fé na
palavra de Jesus, sempre encontramos os elementos necessários para
iniciar a nossa ascensão espiritual.
O trabalho a que se refere Simão não havia oferecido os frutos
que se esperavam porque fora realizado “à noite”, isto é, em meio às
trevas da ignorância e da incompreensão, muitas delas ainda vinculadas
ao nosso Espírito. A noite caracteriza-se por ausência de luz. É
um símbolo da escuridão que ainda prepondera no nosso Espírito,
indicativo dos diferentes tipos de imperfeições que albergamos. Esta
situação, entretanto, pode ser alterada se decidirmos agir sob o peso
da “palavra de Jesus”.
A nossa transformação moral-intelectual demonstra que não é
suficiente estarmos sintonizados com a Luz. É imperioso reconhecer
a nossa pequenez e adotar atitudes renovadoras resolutas, seguindo o
exemplo do apóstolo Pedro. Este devotado servidor se propôs a lançar
“a rede” numa demonstração de humildade e de consciente confiança
no Senhor.
Ao compararmos as duas condições distintas de trabalho, antes
e após o conhecimento da mensagem do Cristo, o estudo nos assinala
uma das mais belas expressões de fé raciocinada, fundamentada
na lógica dos enunciados de Jesus, e que inspiraram o apóstolo a se
expressar: “mas sob a tua palavra lançarei a rede”. -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
293. Conservarão ressentimento um do outro, no mundo dos
Espíritos, dois seres que foram inimigos na Terra?
“Não; compreenderão que era estúpido o ódio que se votavam mutuamente e pueril o motivo que o inspirava. Apenas os Espíritos imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, enquanto se não purificam. Se foi unicamente um interesse material o que os inimizou, nisso não pensarão mais, por pouco desmaterializados que estejam. Não havendo entre eles antipatia e tendo deixado de existir a causa de suas desavenças, aproximam-se uns dos outros com prazer.”
Sucede como entre dois colegiais que, chegando à idade da ponderação, reconhecem a puerilidade de suas dissensões infantis e deixam de se malquerer.
Que a graça e a paz sejam conosco!
“Não; compreenderão que era estúpido o ódio que se votavam mutuamente e pueril o motivo que o inspirava. Apenas os Espíritos imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, enquanto se não purificam. Se foi unicamente um interesse material o que os inimizou, nisso não pensarão mais, por pouco desmaterializados que estejam. Não havendo entre eles antipatia e tendo deixado de existir a causa de suas desavenças, aproximam-se uns dos outros com prazer.”
Sucede como entre dois colegiais que, chegando à idade da ponderação, reconhecem a puerilidade de suas dissensões infantis e deixam de se malquerer.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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