“E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que
levasse a cruz”. -( Marcos, 15:21 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Muitos estudiosos do Cristianismo combatem as recordações da cruz, alegando que as reminiscências do Calvário constituem indébita cultura de
sofrimento. Contra os argumentos, quase sempre ociosos, dos que ainda não
compreenderam a sublimidade da cruz, vejamos o exemplo do Cireneu, nos
momentos culminantes do Salvador. A cruz do Cristo foi a mais bela do mundo, no
entanto, o homem que o ajuda não o faz por vontade própria e, sim, atendendo a
requisição irresistível. E, ainda hoje, a maioria dos homens aceita as obrigações
inerentes ao próprio dever, porque a isso é constrangida. Entretanto, somente haverá tomado a cruz de redenção que lhe compete
aquele que já alcançou o poder de negar a si mesmo, de modo a seguir nos passos do
Divino Mestre." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
O estudo e a interpretação do Evangelho podem ser conduzidos
por meio de um esquema, simples e eficiente, que considere aspectos
relevantes da mensagem evangélica. Necessário também considerar que todos os fatos ou ensinamentos,
embora se revistam de características históricas inerentes ao
tempo em que ocorreram, se refletem nos dias atuais, uma vez que os
ensinamentos do Cristo são atemporais.
Na apreciação de uma passagem do Novo Testamento podemos
perceber conceitos de ordem geral e, seguindo para uma verificação
mais particularizada, encontramos orientações substanciadas em um
versículo, numa determinada expressão ou até mesmo numa só palavra.
É importante, assim, aprender a identificar características de que
as expressões e as palavras se revestem, extraindo-as da forma literal
com que se apresentam.
Lugar, cargos e funções, circunstâncias, gestos, atitudes, pessoas,
verbos (tempo e pessoa) são itens que possuem uma mensagem intrínseca
e que não podem passar despercebidos ao estudioso do Evangelho.
O conhecimento dos fatos históricos e das posições geográficas
nos auxilia na interpretação do Evangelho, favorecendo o entendimento
da sua essência espiritual.
Por exemplo, na Parábola do Bom Samaritano temos estas
informações:
» E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó,
e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o,
se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente, descia pelo
mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E, de igual
modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de
largo. Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o,
moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas,
aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele (Lc 10:30-34).
A análise desta parábola exalta, com razão, a figura do samaritano,
religioso considerado herege pelo fato de ser da Samaria e de
seguir apenas os preceitos do Pentateuco moisaico. O texto destaca
também que um homem fora assaltado e que outros religiosos, ao vê-lo caído na estrada, ferido e quase morto, não se dispuseram auxiliar.
Examinando as expressões que identificam pontos geográficos “Jerusalém” e “Jericó”, muito podemos apreender: Jerusalém, representa o centro das cogitações religiosas, local onde se erguia o
templo de Salomão. Assume igualmente o sentido de referência espiritual,
simbolizando o ponto central do monoteísmo.
A parábola
revela, assim, que a nossa iniciação espiritual tem início na compreensão
de Deus único, Pai e Criador supremo. Numa concepção
mais ampla, Jerusalém representa marco de aquisições espirituais,
obtida ao longo da nossa jornada evolutiva. A Jerusalém política,
geograficamente assentada no Oriente Médio, miscigenada de
tradições religiosas dogmáticas e que valorizam os cultos externos,
não tem significado para quem deseja progredir espiritualmente.
Jericó, próxima de Jerusalém, era uma cidade antiga, cercada
por muralhas praticamente intransponíveis.
Era conhecida, sobretudo, como célebre via de intensa movimentação
comercial. Simboliza, no contexto, o campo dos interesses
materiais e transitórios. Retrata o plano de sensações imediatistas
que devemos abandonar. Jericó, podemos deduzir, revela o estado de
queda moral do ser humano, que vive à cata de aventuras em planos
vibratórios inferiores, e que se submete aos ataques das trevas, por
conta e risco próprios.
Na parábola, o Mestre evidencia tanto a disposição de servir do
samaritano quanto o perigo a que estamos expostos, em razão da nossa
invigilância, quando “descemos” dos planos de relativo entendimento
que já conquistamos para o campo de ações menos edificantes, as quais
nos sujeitam ao assédio de forças inferiores." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
RELAÇÕES DE SIMPATIA E DE ANTIPATIA ENTRE OS
ESPÍRITOS. METADES ETERNAS
291. Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que
entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas
afeições particulares?
“Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que
mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros,
quando carentes de corpo material, porque então esse laço
não se acha exposto às vicissitudes das paixões.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário