sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Esquema de estudo e interpretação do Evangelho - Critérios históricos e geográficos


“E  constrangeram  um  certo  Simão  Cireneu,  pai  de  Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que  levasse a cruz”. -( Marcos, 15:21 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Muitos estudiosos do Cristianismo combatem as recordações da cruz, alegando que as reminiscências do Calvário constituem indébita cultura de sofrimento. Contra os argumentos, quase sempre ociosos, dos que ainda não  compreenderam a sublimidade da cruz, vejamos o exemplo do  Cireneu, nos momentos culminantes do Salvador. A cruz do Cristo foi a mais bela do mundo, no  entanto, o homem que o ajuda não o faz por vontade própria e, sim, atendendo a requisição  irresistível. E, ainda hoje, a maioria dos homens aceita as obrigações inerentes ao próprio dever, porque a isso é constrangida. Entretanto, somente haverá tomado a cruz de redenção que lhe compete aquele que já alcançou o poder de negar a si mesmo, de modo a seguir nos passos do  Divino Mestre." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






O estudo e a interpretação do Evangelho podem ser conduzidos por meio de um esquema, simples e eficiente, que considere aspectos relevantes da mensagem evangélica. Necessário também considerar que todos os fatos ou ensinamentos, embora se revistam de características históricas inerentes ao tempo em que ocorreram, se refletem nos dias atuais, uma vez que os ensinamentos do Cristo são atemporais. 

Na apreciação de uma passagem do Novo Testamento podemos perceber conceitos de ordem geral e, seguindo para uma verificação mais particularizada, encontramos orientações substanciadas em um versículo, numa determinada expressão ou até mesmo numa só palavra. É importante, assim, aprender a identificar características de que as expressões e as palavras se revestem, extraindo-as da forma literal com que se apresentam. Lugar, cargos e funções, circunstâncias, gestos, atitudes, pessoas, verbos (tempo e pessoa) são itens que possuem uma mensagem intrínseca e que não podem passar despercebidos ao estudioso do Evangelho. 

O conhecimento dos fatos históricos e das posições geográficas nos auxilia na interpretação do Evangelho, favorecendo o entendimento da sua essência espiritual. Por exemplo, na Parábola do Bom Samaritano temos estas informações: 

» E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele (Lc 10:30-34). 

A análise desta parábola exalta, com razão, a figura do samaritano, religioso considerado herege pelo fato de ser da Samaria e de seguir apenas os preceitos do Pentateuco moisaico. O texto destaca também que um homem fora assaltado e que outros religiosos, ao vê-lo caído na estrada, ferido e quase morto, não se dispuseram auxiliar. Examinando as expressões que identificam pontos geográficos “Jerusalém” e “Jericó”, muito podemos apreender: Jerusalém, representa o centro das cogitações religiosas, local onde se erguia o templo de Salomão. Assume igualmente o sentido de referência espiritual, simbolizando o ponto central do monoteísmo. 

A parábola revela, assim, que a nossa iniciação espiritual tem início na compreensão de Deus único, Pai e Criador supremo. Numa concepção mais ampla, Jerusalém representa marco de aquisições espirituais, obtida ao longo da nossa jornada evolutiva. A Jerusalém política, geograficamente assentada no Oriente Médio, miscigenada de tradições religiosas dogmáticas e que valorizam os cultos externos, não tem significado para quem deseja progredir espiritualmente. Jericó, próxima de Jerusalém, era uma cidade antiga, cercada por muralhas praticamente intransponíveis. Era conhecida, sobretudo, como célebre via de intensa movimentação comercial. Simboliza, no contexto, o campo dos interesses materiais e transitórios. Retrata o plano de sensações imediatistas que devemos abandonar. Jericó, podemos deduzir, revela o estado de queda moral do ser humano, que vive à cata de aventuras em planos vibratórios inferiores, e que se submete aos ataques das trevas, por conta e risco próprios. 

Na parábola, o Mestre evidencia tanto a disposição de servir do samaritano quanto o perigo a que estamos expostos, em razão da nossa invigilância, quando “descemos” dos planos de relativo entendimento que já conquistamos para o campo de ações menos edificantes, as quais nos sujeitam ao assédio de forças inferiores." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos







RELAÇÕES DE SIMPATIA E DE ANTIPATIA ENTRE OS ESPÍRITOS. METADES ETERNAS 

291. Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições particulares? 

“Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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