“E eu vos digo a vós: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.” - Jesus - ( Lucas, 11:9 )
Amados irmãos, bom dia!
"Estes três imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados
sem um sentido especial. Aprenda a pedir caminhos de libertação. Logo após, é imprescindível buscar. Não bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem
objetivo elevado. Peçamos ao Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro
dela, a fim de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
"A Parábola do Semeador (Mc 4:3-9), foi ensinada e interpretada
por Jesus, atendendo pedido dos apóstolos (Mc 4:10-13).
Apresentamos, em seguida, os dois textos evangélicos: a parábola
e a sua interpretação.
Parábola do Semeador
Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear; e aconteceu que, semeando
ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do
céu, e a comeram; E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita
terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda; Mas, saindo o
sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se. E outra caiu entre
espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto. E outra
caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta,
outro sessenta, e outro cem (Mc 4:3-9).
A Parábola do Semeador interpretada por Jesus:
E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze
interrogaram-no acerca da parábola. E ele disse-lhes: A vós vos é dado
saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas
coisas se dizem por parábolas, para que, vendo, vejam e não percebam;
e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes
sejam perdoados os pecados. E disse-lhes: Não percebeis esta parábola?
Como, pois, entendereis todas as parábolas? O que semeia semeia a palavra;
e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra
é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra
que foi semeada no coração deles. E da mesma sorte os que recebem
a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a
recebem; mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois,
sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os
quais ouvem a palavra; mas os cuidados deste mundo, e os enganos das
riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra,
e fica infrutífera. E os que recebem a semente em boa terra são os que
ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta,
e outro, a cem, por um (Mc 4:10-20).
Já a Parábola da Figueira que Secou (Mc 11:12-14; 20-23) foi
interpretada por Allan Kardec, em O evangelho segundo o espiritismo,
capítulo XIX, item 9.
A Parábola da Figueira que Secou
E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. Vendo
de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma
coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo
de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto
de ti. e os seus discípulos ouviram isso. E eles, passando pela manhã,
viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira que tu amaldiçoaste se secou. E
Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus, porque em verdade
vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no
mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz,
tudo o que disser lhe será feito.
Allan Kardec interpreta esta parábola da seguinte forma:
A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão
para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos
oradores que mais brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem
superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto,
revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os
corações. [...] Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de
ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas
as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é
a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a
fé, numa palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas
de folhas, porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à
esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz.
O ensinamento evangélico sobre o lançamento da rede pelo
lado direito do barco (Jo 21:6) é interpretado por Emmanuel no livro
Caminho, verdade e vida.
Lançamento da rede: E Ele lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis. Lançaram-na,
pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes (Jo 21:6).
Emmanuel interpreta, em linhas gerais este ensino, conforme as
seguintes explicações contidas no seu livro Caminho, verdade e vida.
Figuradamente, o Espírito humano é um pescador dos valores evolutivos,
na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é
o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua rede de
interesses. Estaremos lançando a nossa rede para a banda direita?
Fundam-se os nossos pensamentos e atos sobre a verdadeira justiça?
Convém consultar a vida interior, em esforço diário, porque o Cristo,
nesse ensinamento, recomendava, de modo geral, aos seus discípulos:
Dedicai vossa atenção aos caminhos retos e achareis o necessário." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens,
predestinadas a essa união e cada um de nós
tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que
fatalmente um dia se reunirá?
“Não; não há união particular e fatal, de duas almas. A
união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos,
segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a
perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos,
tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males
dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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