domingo, 13 de março de 2016

O processo da desobsessão


"E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo."  -( João, 20: 22 )-





Amados irmãos, bom dia!

O Criador, oferece à semente o sol e a chuva, o clima e o campo, a defesa e o adubo, o cuidado dos lavradores e a benção das estações, mas a semente terá que germinar por si mesma, elevando-se para a luz solar. ( Do livro Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel ).




O processo da desobsessão









“Atendendo ao trabalho da desobsessão nos arredores de Gádara, vemos Jesus a conversar fraternalmente com o obsesso que lhe era apresentado, ao mesmo tempo que se fazia ouvido pelos desencarnados infelizes. Importante verificar que ante a interrogativa do Mestre, a perguntar-lhe o nome, o médium, consciente da pressão que sofria por parte das Inteligências conturbadas e errantes, informa chamar-se “Legião”, e o evangelista acrescenta que o obsidiado assim procedia “porque tinham entrado nele muitos demônios”.

Sabemos hoje com Allan Kardec, conforme palavras textuais do Codificador da Doutrina Espírita, no item 6 do capítulo XII, “Amai os vossos inimigos”, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, que “esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais”. No episódio, observamos o Cristo entendendo-se, de maneira simultânea, com o médium e com as entidades comunicantes, na benemérita empresa do esclarecimento coletivo, ensinando-nos que a desobsessão não é caça a fenômeno e sim trabalho de amor conjugado ao conhecimento e do raciocínio associado à fé. Analisando o problema da obsessão - num grau de maior gravidade – Kardec expõe o seguinte: Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor. Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela. Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito perverso seja levado a renunciar aos seus maus desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particularmente feitas com o objetivo de dar-lhe educação moral. [...] O trabalho se torna mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, para ele concorre com a vontade e a prece. Outro tanto não sucede quando, seduzido pelo Espírito que o domina, se ilude com relação às qualidades deste último e se compraz no erro a que é conduzido, porque, então, longe de a secundar, o obsidiado repele toda assistência. É o caso da fascinação, infinitamente mais rebelde sempre, do que a mais violenta subjugação. [...] Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor. Ainda com respeito ao trabalho de desobsessão – considerado nas suas inúmeras facetas –, destacamos, a seguir, alguns trechos do livro Missionários da Luz – do autor espiritual André Luiz – nos quais podemos constatar a importância e complexidade do trabalho dos Espíritos incumbidos de atender a obsidiados e obsessores, trabalho esse secundado pelos encarnados participantes das chamadas reuniões de desobsessão. Tendo obtido permissão do instrutor Alexandre para acompanhá-lo ao trabalho de desobsessão, num Centro Espírita, André Luiz obtém deste Espírito orientador preciosas lições sobre o assunto. Eis o teor da conversa, iniciada pelo autor espiritual do livro: – Já conhece todos os casos? – indaguei. – Todos – respondeu Alexandre, sem hesitar. – Dos cinco que constituirão o motivo da próxima reunião, apenas uma jovem revela possibilidades de melhoras mais ou menos rápidas. Os demais comparecerão simplesmente para socorro, evitando agravo nas provas necessárias. Considerando muito interessante a menção especial que se fazia, perguntei: – Gozará a jovem de proteção diferente? O instrutor sorriu e esclareceu: – Não se trata de proteção, mas de esforço próprio. O obsidiado, além de enfermo, representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. Se lhe falta vontade firme para a auto-educação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte. [...] – A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação. Não está esperando o milagre da cura sem esforço e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso plano projetam em seu círculo pessoal. A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contato com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante. [...] Observei, agradavelmente surpreendido, as emissões magnéticas dos que se reuniam ali, em tarefa de socorro, movidos pelo mais santo impulso de caridade redentora. Nossos técnicos em cooperação avançada valiam-se do fluxo abundante de forças benéficas, improvisando admiráveis recursos de assistência, não só aos obsidiados, mas também aos infelizes perseguidores. De todos os enfermos psíquicos, somente a jovem resoluta a que nos referimos conseguia aproveitar nosso auxílio cem por cento. Identificava-lhe o valoroso esforço para reagir contra o assédio dos perigosos elementos que a cercavam. Envolvida na corrente de nossas vibrações fraternas, recuperara normalidade orgânica absoluta, embora em caráter temporário. Sentia-se tranquila, quase feliz. Apesar de manter-se em trabalho ativo, Alexandre chamou-me a atenção, assinalando o fato. - Esta irmã - disse o orientador - permanece, de fato, no caminho da cura. Percebeu a tempo que a medicação, qualquer que seja, não é tudo no problema da necessária restauração do equilíbrio físico. Já sabe que o socorro de nossa parte representa material que deve ser aproveitado pelo enfermo desejoso de restabelecer-se. Por isso mesmo, desenvolve toda a sua capacidade de resistência, colaborando conosco no interesse próprio. Observe. Efetivamente, sentindo-se amparada pela nossa extensa rede de vibrações protetoras, a jovem emitia vigoroso fluxo de energias mentais, expelindo todas as idéias malsãs que os desventurados obsessores lhe haviam depositado na mente, absorvendo, em seguida, os pensamentos regeneradores e construtivos que a nossa influenciação lhe oferecia. [...] - Apenas o doente convertido voluntariamente em médico de si mesmo atinge a cura positiva. No doloroso quadro das obsessões, o princípio é análogo. Se a vítima capitula sem condições, ante o adversário, entrega-se-lhe totalmente e torna-se possessa, após transformar-se em autômato à mercê do perseguidor. Se possui vontade frágil e indecisa, habitua-se com a persistente atuação dos verdugos e vicia-se no círculo de irregularidades de muito difícil corrigenda, porquanto se converte, aos poucos, em pólos de vigorosa atração mental aos próprios algozes. Em tais casos, nossas atividades de assistência estão quase circunscritas a meros trabalhos de socorro, objetivando resultados longínquos. Quando encontramos, porém, o enfermo interessado na própria cura, valendo-se de nossos recursos para aplicá-los à edificação interna, então podemos prever triunfos imediatos.


É fundamental compreender que, na terapêutica da desobsessão, o Espiritismo possui recursos valiosos, auxiliando a combater as influências negativas. No entanto, àquele que se candidata aos benefícios desses recursos, Emmanuel recomenda:[...] natural esperes auxílio, mas é necessário igualmente que te auxilies. Refaze as forças físicas, sob a inspiração da ciência curativa que a Providência Divina te assegura na Terra, mas satisfaze também à medicação da alma, através de leituras edificantes, em cujos textos a Doutrina Espírita te ajude a retomar o controle de espírito, promovendo o governo da casa íntima. Cultiva a oração, sem esquecer o trabalho sadio que te valorize o tempo e a presença, angariando, sobretudo, alguma atividade beneficente que te faça mais útil à felicidade do próximo, em necessidades talvez maiores que as tuas. Reage contra quaisquer impressões de mágoa ou ressentimento, evita, quanto possível, as circunstâncias em que a tua posição de convalescente seja suscetível de queda, e guarda-te no convívio de irmãos cujos laços de entendimento e de afinidade te garantam o equilíbrio que ainda não pudeste, de todo, recuperar. [...] Meditemos no esforço generoso daqueles que nos amparam e saibamos colaborar com eles, a benefício nosso. O enfermo mais ricamente assistido deve cooperar com o médico que o atende, para que se possa curar.”  -( FEB - ESDE - Tomo único )-



Estudo do Livro dos Espíritos








40. Serão os cometas, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em via de formação? 

“Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar-se na influência deles. Refiro-me à influência que vulgarmente lhes atribuem, porquanto todos os corpos celestes influem de algum modo em certos fenômenos físicos.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

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