quinta-feira, 10 de março de 2016

Obsessão e enfermidades mentais


"Desde agora ninguém me moleste, porque trago em meu corpo as marcas do Senhor Jesus." -( Paulo aos Gálatas, 6: 17 )-



Amados irmãos, bom dia!
Em todas as situações podemos demonstrar as marcas do Cristo, não só as do sofrimento, mas, as de sua conduta. É essa a marca que devemos ter. Assim, em tudo o que fizermos, que seja a partir do exemplo d'Ele.



Obsessão e enfermidades mentais






“O tema obsessão tem despertado a atenção de grande número de profissionais da saúde – em especial dos psiquiatras –, dada a sua estreita ligação com as enfermidades mentais. Ao discorrer sobre a importância das idéias espíritas na elucidação das questões das doenças mentais, Kardec aponta a real causa desses distúrbios: a alma, isto é, o Espírito imortal.

Abrindo novos horizontes a todas as ciências, o Espiritismo vem [...] elucidar a questão tão obscura das doenças mentais, ao assinalar-lhes uma causa que, até hoje, não havia sido levada em consideração – causa real, evidente, provada pela experiência e cuja verdade mais tarde será reconhecida. Mas como fazer que tal causa seja admitida por aqueles que estão sempre dispostos a enviar ao hospício quem quer que tenha a fraqueza de crer que temos uma alma e que esta desempenha um papel nas funções vitais, sobrevive ao corpo e pode atuar sobre os vivos? Graças a Deus, e para o bem da Humanidade, as idéias espíritas fazem mais progresso entre os médicos do que se podia esperar e tudo faz prever que, num futuro não muito remoto, a medicina saia finalmente da rotina materialista.
Desse modo, sendo a alma (Espírito) a causa real de toda manifestação inteligente do ser, é fácil constatar-se que os desequilíbrios mentais estão ligados à rebeldia, à não-observância das leis de Deus. Neste sentido, quase [...] podemos afirmar que noventa em cem dos casos de loucura, excetuados aqueles que se originam da incursão microbiana [sífilis, AIDS] sobre a matéria cinzenta [do cérebro], começam nas consequências das faltas graves que praticamos, com a impaciência ou com a tristeza, isto é, por intermédio de atitudes mentais que imprimem deploráveis reflexos ao caminho daqueles que as acolhem e alimentam. Instaladas essas forças desequilibrantes no campo íntimo, inicia-se a desintegração da harmonia mental; esta por vezes perdura, não só numa existência, mas em várias delas, até que o interessado se disponha, com fidelidade, a valer-se das bênçãos divinas que o aljofram, para restabelecer a tranquilidade e a capacidade de renovação que lhe são inerentes à individualidade, em abençoado serviço evolutivo.

Da mesma forma, as [...] grandes preocupações do Espírito podem ocasionar a loucura: as ciências, as artes e até a religião lhe fornecem contingentes. A loucura tem como causa primária uma predisposição orgânica do cérebro, que o torna mais ou menos acessível a certas impressões. Dada a predisposição para a loucura, esta tomará o caráter de preocupação principal, que então se muda em idéia fixa, podendo tanto ser a dos Espíritos, em quem com eles se ocupou, como a de Deus, dos anjos, do diabo, da fortuna, do poder, de uma arte, de uma ciência, da maternidade, de um sistema político ou social. Provavelmente, o louco religioso se houvera tornado um louco espírita, se o Espiritismo fora a sua preocupação dominante, do mesmo modo que o louco espírita o seria sob outra forma, de acordo com as circunstâncias.  Podemos dizer então que, excetuados os [...] casos puramente orgânicos, o louco [ou enfermo mental] é alguém que procurou forçar a libertação do aprendizado terrestre, por indisciplina ou ignorância. Temos neste domínio um gênero de suicídio habilmente dissimulado, a auto-eliminação da harmonia mental, pela inconformação da alma nos quadros de luta que a existência humana apresenta. Diante da dor, do obstáculo ou da morte, milhares de pessoas capitulam, entregando-se, sem resistência, à perturbação destruidora, que lhes abre, por fim, as portas do túmulo. A princípio, são meros descontentes e desesperados, que passam despercebidos mesmo àqueles que os acompanham de mais perto. Pouco a pouco, no entanto, transformam-se em doentes mentais de variadas gradações, de cura quase impossível, portadores que são de problemas inextricáveis e ingratos. Imperceptíveis frutos da desobediência começam por arruinar o patrimônio fisiológico que lhes foi confiado na Crosta da Terra, e acabam empobrecidos e infortunados. Aflitos e semimortos, são eles homens e mulheres que desde os círculos terrenos padecem, encovados em precipícios infernais, por se haverem rebelado aos desígnios divinos, preterindo-os, na escola benéfica da luta aperfeiçoadora, pelos caprichos insensatos.

O doente mental, por obsessão, é alguém que, de alguma forma, [...] entregou o invólucro físico ao curso de ocorrências nefastas, e, por fim, situou-se mentalmente em zonas mais baixas da personalidade [...]. Desarmonizado consigo mesmo, o doente identifica e acata sugestões perturbadoras de outras mentes, igualmente doentes, com as quais sintoniza. Isto acontece porque, sendo a obsessão enfermidade da alma, a [...] criatura desvalida de conhecimento superior rende-se, inerme, à influência aviltante, como a planta sem defesa se deixa invadir pela praga destruidora, e surgem os dolorosos enigmas orgânicos que, muitas vezes, culminam com a morte. Dispomos, contudo, na Doutrina Espírita, à luz dos ensinamentos do Cristo, e verdadeira ciência curativa da alma, com recursos próprios à solução de cada processo morboso da mente, removendo o obsessor do obsidiado, como o agente químico ou a intervenção operatória suprimem a enfermidade no enfermo, desde que os interessados se submetam aos impositivos do tratamento.

As enfermidades espirituais [por obsessão] produzem distúrbios ou lesões no corpo físico decorrentes de desarmonias psíquicas originadas das condições pessoais do enfermo, da influência de entidade espiritual, ou por ação conjunta de ambos. Podem ser consideradas como de baixa, média ou de alta gravidade. As de baixa gravidade [obsessões simples], mais fáceis de serem controladas, costumam surgir em momentos específicos da vida, quando a pessoa passa por algum tipo de dificuldade: perdas afetivas ou materiais; doenças físicas; insucesso profissional, entre outras. São situações em que as emoções afloram impetuosamente, gerando diferentes tipos de somatizações [...]. As doenças espirituais de média gravidade [fascinações] podem prolongar-se por anos a fio, mantendo-se dentro de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais grave. [...] Se não ocorre a desejável assistência espiritual em benefício do necessitado, nessa fase da evolução da enfermidade, os doentes podem desenvolver comportamentos caracterizados, sobretudo, por “manias” e pelo isolamento social. As idéias e os desejos do enfermo ficam girando dentro de um círculo vicioso, conduzindo à criação de formas-pensamento, alimentadas pela vontade do próprio necessitado e pela dos Espíritos desencarnados, sintonizados nesta faixa de vibração. [...] As enfermidades espirituais, classificadas como graves [subjugações], são encontradas em pessoas que revelam perdas temporárias ou permanentes da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar associada a uma causa fisiológica (velhice) ou a uma patologia (lesões cerebrais de etiologias diversas). Nessa situação, o enfermo vive períodos de alheamentos ou alienações mentais, alternados com outros de lucidez. Esses períodos são particularmente difíceis, pois a pessoa passa a viver numa realidade estranha e dolorosa, sobretudo quando o espírito enfermo vê-se associado a outras mentes enfermas, em processos de simbioses espirituais. As obsessões por fascinação e por subjugação já revelam sinais visíveis de enfermidades mentais. Se nesta fase da evolução da doença não ocorrer uma assistência – médica, psicológica e espiritual –, a obsessão descamba para a loucura. Nos casos de subjugação, sobretudo, a obsessão pode levar a [...] uma espécie de loucura cuja causa o mundo desconhece, mas que não tem relação alguma com a loucura ordinária [orgânica propriamente dita]. Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornamos verdadeiros loucos. As enfermidades mentais produzidas pela obsessão nos fazem compreender que, [...] semelhante a uma nuvem de gafanhotos, um bando de Espíritos malfazejos pode lançar-se sobre um certo número de indivíduos, deles se apoderar e produzir uma espécie de epidemia moral. A ignorância, a fraqueza das faculdades, a ausência de cultura intelectual naturalmente lhes facultam maior influência. É por isso que eles prejudicam, de preferência, certas classes, embora as pessoas inteligentes e instruídas nem sempre estejam isentas. Como diz [o Espírito] Erasto, foi provavelmente uma epidemia desse gênero que imperou no tempo do Cristo, tantas vezes mencionada no Evangelho. Mas por que só a sua palavra bastava para expulsar os chamados demônios? Isto prova que o mal não podia ser curado senão por uma influência moral. Na atualidade, os processos obsessivos apresentam características de uma epidemia, podendo ser controlada ou neutralizada somente pela força do bem. Estamos cercados por inúmeros Espíritos perturbados, encarnados e desencarnados, que buscam nos influenciar de todas as formas. Impossível desconhecer as dificuldades e problemas a que estamos sujeitos pela influência dos nossos companheiros apresados nas teias de revolta e desequilíbrio; entretanto, se a Bondade do Senhor no-los encaminha, é que partilhamos com eles o mesmo quinhão de débito a resgatar ou de serviço a desenvolver; se nos trazem sensações de tristeza ou de angústia, é que ainda temos os corações, quais os deles, arraigados à sombra de espírito. Recebamo-los na trilha do respeito, quando não nos seja possível acolhê-los no portal da alegria. E comecemos a obra do reajuste, acendendo no íntimo a chama da prece; ela clareará nossas almas e interpretá-los-emos tais quais são: nossos companheiros de caminhada e obreiros indispensáveis da vida.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-



Estudo do Livro dos Espíritos







FORMAÇÃO DOS MUNDOS 

O Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que o enchem. 

37. O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus? 

“É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo. Se existisse, como Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus.” 

Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus.



Que a graça e a paz sejam conosco!

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