"Do ponto de vista material, apenas há seres orgânicos e
inorgânicos. Do ponto de vista moral, há evidentemente quatro
graus". ( O Livro dos Espíritos )
Amados irmãos, bom dia!
É com grande alegria que começamos hoje mais um tema super interessante. A criação dos reinos da natureza. Nele iremos compreender as verdades que ainda muitos não conseguiram entender, mas, os bons Espíritos nos esclarecem e não nos permitem continuarmos na ignorância.
“Allan Kardec faz a seguinte pergunta aos Espíritos Superiores:
Que pensais da divisão da Natureza em três reinos, ou melhor, em duas classes:
a dos seres orgânicos e a dos inorgânicos? Segundo alguns, a espécie humana
forma uma quarta classe. Qual destas divisões é preferível? Respondem os
Instrutores da Humanidade: Todas são boas, conforme o ponto de vista. Do ponto
de vista material apenas há seres orgânicos e inorgânicos. Do ponto de vista
moral, há evidentemente quatro graus.
Comentando a resposta dos Espíritos, assinala o Codificador:
Esses quatro graus apresentam, com efeito, caracteres determinados, muito
embora pareçam confundir-se no seus limites extremos. A matéria inerte, que
constitui o reino mineral, só tem em si uma força mecânica. As plantas, ainda
que compostas de matéria inerte [mineral], são dotadas de vitalidade. Os
animais, também compostos de matéria inerte e igualmente dotados de vitalidade,
possuem, além disso, uma espécie de inteligência instintiva, limitada, e a
consciência de sua existência e de suas individualidades. O homem, tendo tudo o
que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma
inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro, a
percepção das coisas extramateriais, e o conhecimento de Deus.
A propósito dessa vitalidade de que são dotados os seres
orgânicos, assinala Kardec: Sem falar do princípio inteligente, que é questão à
parte, há, na matéria orgânica, um princípio especial, inapreensível e que
ainda não pode ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse
princípio se acha extinto no ser morto; mas nem por isso deixa de dar à
substância propriedades que a distinguem das substâncias inorgânicas. A
Química, que decompõe e recompõe a maior parte dos corpos inorgânicos, também
conseguiu decompor os corpos orgânicos, porém jamais chegou a reconstituir,
sequer, uma folha morta, prova evidente de que há nestes últimos o que quer que
seja, inexistente nos outros. Será o princípio vital alguma coisa particular,
que tenha existência própria? Ou, integrado no sistema da unidade do elemento
gerador, apenas será um estado especial, uma das modificações do fluido
cósmico, pela qual este se torne princípio de vida, como se torna luz, fogo,
calor, eletricidade? [...] Seja, porém, qual for a opinião que se tenha sobre a
natureza do princípio vital, o certo é que ele existe, pois que se lhe apreciam
os efeitos. Pode-se, portanto, logicamente, admitir que, ao se formarem, os
seres orgânicos assimilaram o princípio vital, por ser necessário à destinação
deles; ou, se o preferirem, que esse princípio se desenvolveu em cada
indivíduo, por efeito mesmo da combinação dos elementos, tal como se
desenvolvem, dadas certas circunstâncias, o calor, a luz e a eletricidade.
A classificação dos seres existentes na Natureza em orgânicos
e inorgânicos está relacionada à presença, ou não, de fluido vital em seus
organismos. Assim, os [...] seres orgânicos são os que têm em si uma fonte de
atividade íntima que lhes dá vida. Nascem, crescem, reproduzem-se por si mesmos
e morrem. São providos de órgãos especiais para a execução dos diferentes atos
da vida, órgãos esses apropriados às necessidades que a conservação própria
lhes impõe. Nessa classe estão compreendidos os homens, os animais e as
plantas. Seres inorgânicos são todos os que carecem de vitalidade, de
movimentos próprios e que se formam apenas pela agregação da matéria. Tais são
os minerais, a água, o ar, etc.
O aparecimento dos seres vivos [orgânicos] na
Terra em determinada época, por sua vez, deveu-se ao fato de que o nosso
planeta [...] lhes continha os germens, que aguardavam momento favorável para
se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a
atuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germens de todos os
seres vivos. Estes germens permaneceram em estado latente de inércia, como a
crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada
espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram, então, e se multiplicaram.
Esses elementos orgânicos, antes da formação da Terra se achavam, [...] por
assim dizer, em estado de fluido no Espaço, no meio dos Espíritos, ou em outros
planetas, à espera da criação da Terra, para começarem existência nova em novo
globo”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!