"Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram?
São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada". - O Livro dos Espíritos - questão 114 - Allan Kardec.
Bom dia!
Agradecemos ao Pai, por mais uma semana de trabalho, aprendizado e por uma vida cheia de oportunidades de estar sempre recomeçando. Sempre tentando recomeçar no caminho certo em direção Àquele que nos guia.
Finalidade da
Reencarnação
O fim
objetivado da reencarnação, para os Espíritos Superiores, pode ser resumido no
seguinte esclarecimento: Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem
isto, onde a Justiça?
Deus lhes impõe
a encarnação com o fim de faze-los chegar a perfeição. Para uns, é expiação;
para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, tem que sofrer todas
as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda
outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte
que lhe toca a obra da criação. Para executa-la é que, em cada mundo, toma o
Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim
de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que,
concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta. A ação dos seres
corpóreos é necessária à marcha do universo. Deus, porém, na sua sabedoria, quis
que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de aproximar
dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encandeia, tudo
é solidário na Natureza.
A encarnação é
necessária ao duplo progresso moral e intelectual do Espírito: ao progresso
intelectual, pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela
necessidade recíproca dos homens entre si. A vida social é a pedra de toque das
boas ou más qualidades. A bondade, a maldade, a doçura, a violência, a
benevolência, a caridade, o egoísmo, a avareza, o orgulho, a humildade, a
sinceridade, a franqueza, a lealdade, a má-fé, a hipocrisia, em uma palavra,
tudo o que constitui o homem de bem ou o perverso tem por móvel, por alvo e por
estímulo as relações do homem com os seus semelhantes. Para o homem que vivesse
insulado não haveria vícios nem virtudes; preservando-se do mal pelo insulamento,
o bem de si mesmo se anularia.
O progresso nos
Espíritos é o fruto do próprio trabalho; mas, como são livres, trabalham no seu
adiantamento com maior ou menor atividade, com mais ou menos negligência,
segundo sua vontade, acelerando ou retardando o progresso e, por conseguinte, a
própria felicidade. [...] Todo Espírito que se atrasa não pode queixar-se senão
de si mesmo, assim como o que se adianta tem o mérito exclusivo do seu esforço,
dando por isso maior apreço à felicidade conquistada. [...] O progresso
intelectual e o progresso moral raramente marcham juntos, mas o que o Espírito
não consegue em dado tempo, alcança em outro, de modo que os dois progressos
acabam por atingir o mesmo nível. Eis por que se veem muitas vezes homens
inteligentes e instruídos pouco adiantados moralmente, e vice-versa.
Uma só
existência corporal é manifestadamente insuficiente para o Espírito adquirir
todo o bem que lhe falta e eliminar o mal que lhe sobra. [...] Para cada nova
existência de permeio à matéria, entra o Espírito com o cabedal adquirido nas anteriores,
em aptidões, conhecimentos intuitivos, inteligência e moralidade. Cada existência
é, assim, um passo avante no caminho do progresso.
É importante
considerar, entretanto, que o [...] estado corporal é transitório e passageiro.
É no estado espiritual, sobretudo, que o Espírito colhe os frutos do progresso realizado
pelo trabalho da encarnação; é também nesse estado que se prepara para novas
lutas e toma as resoluções que há de pôr em prática na sua volta à Humanidade
(reencarnação ) – ( FEB ) _
Que Deus em sua infinita bondade, nos ampare e nos ilumine.
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