De onde se originam os corpos materiais existentes no Universo?
Amados irmãos, bom dia!
É com grande alegria que iniciamos um novo tema e que vem nos mostrar mais um pouco da infinita sabedoria do Criador. A origem dos corpos materiais existentes no Universo. Que a Espiritualidade Maior seja conosco a fim de que a possamos compreender.
O fluido cósmico universal
“Os Espíritos Superiores nos esclarecem que há [...] um
fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou
matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as
forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e
necessárias que regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas
segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas,
diversificadas em seus modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são
conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração,
magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios do agente são
conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc. Em outros mundos, elas se
apresentam sob outros aspectos, revelam outros caracteres desconhecidos na
Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número indefinido se têm
desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão incapazes somos de
avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para apreender a universalidade
dos fenômenos terrestres.
Ora, assim como só há uma substância simples, primitiva,
geradora de todos os corpos, mas diversificada em suas combinações, também
todas essas forças dependem de uma lei universal diversificada em seus efeitos
e que, pelos desígnios eternos, foi soberanamente imposta à criação, para lhe
imprimir harmonia e estabilidade. A grande diversidade de corpos materiais
existentes no Universo, inclusive no nosso planeta, [...] é porque, sendo em
número ilimitado as forças que hão presidido às suas transformações e as
condições em que estas se produziram, também as várias combinações da matéria
não podiam deixar de ser ilimitadas. Logo, quer a substância que se considere
pertença aos fluidos propriamente ditos, isto é, aos corpos imponderáveis, quer
revista os caracteres e as propriedades ordinárias da matéria, não há, em todo
o Universo, senão uma única substância primitiva; o cosmo, ou matéria cósmica
dos uranógrafos.
Esclarecem ainda os Espíritos Superiores que a matéria cósmica
primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os
universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe
fecunda de todas as coisas, a primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz.
Absolutamente não desapareceu essa substância donde provêm as esferas siderais;
não morreu essa potência, pois que ainda, incessantemente, dá à luz novas
criações e incessantemente recebe, reconstituídos, os princípios dos mundos que
se apagam do livro eterno. A substância etérea, mais ou menos rarefeita, que se
difunde pelos espaços interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo,
mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de
estrelas; mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou
menos modificado por diversas combinações, de acordo com as localidades da
extensão, nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças
universais, donde a Natureza há tirado todas as coisas.
O Espírito André Luiz elucida que no fluido cósmico,
entendido como sendo o plasma divino [...], hausto do Criador ou força-nervosa
do Todo-Sábio. [...] vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como
peixes no oceano. [...] Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor
Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de
comunhão indescritível [...], extraindo desse hálito espiritual os celeiros da
energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-Criação
em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que
faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa. O fluido cósmico, entendido
como sendo o princípio elementar do Universo, demonstra possuir propriedades
«sui generis» assumindo [...] dois estados distintos: o de eterização ou
imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de
materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo
àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível.
Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos
fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados. Cada um desses
dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo
pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os
chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita, os
outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de
modo especial à existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo.
Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em
contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem
simultaneamente. No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os
fenômenos psíquicos que se prendem à vida corpórea; os do domínio espiritual
escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de Espírito.
No estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem
deixar de ser etéreo, sofre modificações tão variadas em gênero e mais
numerosas talvez do que no estado de matéria tangível. Essas modificações
constituem fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princípio, são
dotados de propriedades especiais e dão lugar aos fenômenos peculiares ao mundo
invisível. Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos,
que também são fluídicos, uma aparência tão material, quanto a dos objetos
tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as
substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem
determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por
processos diferentes. Devido à natureza e o tipo de forças que atuam na vida
extra-fisica, os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos
instrumentos de análise e à percepção dos nossos sentidos, feitos para
perceberem a matéria tangível e não a matéria etérea. Alguns há, pertencentes a
um meio diverso a tal ponto do nosso, que deles só podemos fazer ideia mediante
comparações tão imperfeitas como aquelas mediante as quais um cego de nascença
procura fazer ideia da teoria das cores. Mas, entre tais fluidos, há os tão
intimamente ligados à vida corporal, que, de certa forma, pertencem ao meio
terreno. Em falta de observação direta, seus efeitos podem observar-se, como se
observam os do fluido do imã, fluido que jamais se viu, podendo-se adquirir
sobre a natureza deles conhecimentos de alguma precisão. É essencial esse
estudo, porque está nele a chave de uma imensidade de fenômenos que não se
conseguem explicar unicamente com as leis da matéria.
Finalmente, nos parece oportuno esclarecer a respeito de um
subproduto do fluido cósmico, existente em todos os seres vivos. Trata-se do
fluido ou princípio vital. O princípio vital é [...] o princípio da vida
material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse
comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Pois que pode haver
vida com exclusão da faculdade de pensar, o princípio vital é coisa distinta e
independente. [...] Para uns é uma propriedade da matéria, um efeito que se
produz achando-se a matéria em dadas circunstâncias. O princípio vital – também
chamado de fluido magnético ou fluido elétrico animalizado –, e tendo como
fonte o fluido cósmico universal, é encontrado em todos os corpos vivos da
Natureza. Modificado segundo as espécies, é [...] ele que lhes dá movimento e
atividade e os distingue da matéria inerte [...]. Podemos então dizer que o
princípio ou fluido vital [...] é a força motriz dos corpos orgânicos. Ao mesmo
tempo que o agente vital dá impulsão aos órgãos, a ação destes entretém e
desenvolve a atividade daquele agente, quase como sucede com o atrito, que
desenvolve o calor”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário