Importa considerar
que o elemento geral espírito — escrito com e minúsculo, também
chamado princípio inteligente do Universo, difere de Espírito (palavra escrita com E maiúsculo), que designa a individualidade
humana, dotada de razão.
Amados irmãos, bom dia!
Hoje nos instruiremos sobre nossa verdadeira identidade e como ela é formada. Nosso Pai maravilhoso criou-nos com muita sabedoria e amor, lembremos disso a cada passo.
Formação do princípio inteligente
“Os Espíritos Orientadores da Codificação Espírita afirmam
que não é fácil analisar a natureza íntima do espírito — aqui entendido como
princípio inteligente — pela nossa linguagem, uma vez que esse princípio, mesmo
sem representação inteligível para nós, significa alguma coisa para eles,
Espíritos possuidores de esclarecimento superior. Informam também que a
inteligência é um atributo essencial do espírito, mas não é o próprio princípio
inteligente, e que, devido à limitação dos nossos conhecimentos, podemos
facilmente confundir o atributo com a causa. Os Espíritos Orientadores afirmam
que o espírito ou princípio inteligente independe da matéria, sendo, ao
contrário, distintos um do outro. No entanto, informam que [...] a união do espírito
e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria. Refletindo a
respeito, perguntamos: qual é o verdadeiro significado da expressão
«intelectualizar a matéria?» Como é que uma matéria pode ser intelectualizada?
Realizando uma pesquisa mais aprofundada, vimos que no
original francês está escrito «intelligenter la matière», frase que Guillon
Ribeiro traduziu por intelectualizar a matéria, uma vez que na nossa Língua não
existe o verbo «inteligenciar». Na verdade, também não existe o verbo
«intelligenter» na Língua Francesa. Compreendemos então que os Espíritos
Orientadores criaram um neologismo na tentativa de melhor explicar o assunto.
Etimologicamente, o verbo intelectualizar origina-se de intelecto (intellectus
do latim) e quer dizer: dar caráter intelectual a; dar forma ou conteúdo
racional; elevar algo (um sentimento, uma discussão) à categoria das coisas
intelectuais. Por outro lado, «intelligenter» ou «inteligenciar», caso
existissem, respectivamente, no francês ou no português, originaria do vocábulo
inteligência (do latim, intelligentia) de diferentes significados.
Citemos
alguns: inteligência é um substantivo que pode ser entendido como faculdade de
entender, de compreender, de conhecer, de aprender; juízo; discernimento;
penetração do espírito; conjunto de funções psíquicas e psicofisiológicas que
contribuem para o conhecimento ou compreensão das coisas e significado dos
fatos; para a Psicologia é a capacidade de apreender e organizar os dados de
uma situação, em circunstâncias para as quais de nada servem o instinto, o
aprendizado e o hábito; ainda na Psicologia, é a habilidade em tirar partido
das circunstâncias; para a Metafísica, é a substância espiritual e abstrata
considerada como fonte de toda a intelectualidade. Entendemos, assim, que
intelectualizar a matéria está relacionada, em última análise, à capacidade ou
à habilidade de o princípio inteligente conhecer ou compreender a matéria, e, quando
em contato com esta, imprime-lhe ajustes e organizações, tantas quantas forem
necessárias. A ligação matéria-princípio inteligente é conduzida pela ação dos
Espíritos Crísticos diretamente ligados à Inteligência Divina, os quais retiram
do fluido cósmico universal os elementos necessários à formação de novas
substâncias e novos corpos materiais. Em outro sentido, a ação dos Espíritos
Superiores faz que também sejam repercutidas no princípio inteligente os
ajustes e organizações impressos na matéria, de forma que novos aprendizados
ocorram igualmente no princípio inteligente e este possa gerar, sucessivamente,
matérias em níveis de complexidade inimagináveis.
Existe uma certa dificuldade em concebermos os princípios
material e inteligente atuando, isoladamente, na Natureza. Acreditamos que este
foi um dos motivos que levou Kardec a perguntar aos Espíritos Superiores: Essa
união é igualmente necessária para a manifestação do espírito? (Entendemos aqui
por espírito o princípio da inteligência, abstração feita das individualidades
que por esse nome se designam.) É necessária [dizem eles] a vós outros, porque
não tendes organização apta a perceber o espírito sem a matéria. A isto não são
apropriados os vossos sentidos. Esta resposta nos faz concluir que a nossa condição
evolutiva representa um impedimento natural à percepção, mais aprofundada, dos
dois princípios gerais existentes no Universo. Parece que a compreensão do
assunto requer, não apenas condições intelectivas adiantadas, mas, também, uma
organização física mais especializada. As orientações da Revelação Espírita
indicam, em síntese, que há dois elementos gerais do Universo: matéria e
espírito, [...] e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas.
Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a
trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido
universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito [princípio
inteligente] e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o
espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja
lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por
propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria,
razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o
espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas
suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a
infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse
fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito
se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de
divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.
Reconhecemos, com o Codificador, que os vocábulos matéria e
espírito produzem, na nossa linguagem, equívocos de interpretação. Aliás,
Kardec até sugeriu denominar os elementos gerais do Universo, respectivamente,
de matéria inerte e de matéria inteligente. Os Espíritos Superiores, porém, lhe
responderam dizendo: As palavras pouco nos importam. Compete-vos a vós formular
a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm,
quase sempre, de não vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser
incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não vos fere os sentidos. O
certo mesmo é o que constata admiravelmente o lúcido Codificador do
Espiritismo: Um fato patente domina todas as hipóteses: vemos matéria
destituída de inteligência e vemos um princípio inteligente que independe da
matéria. A origem e a conexão destas duas coisas nos são desconhecidas. Se
promanam ou não de uma só fonte; se há pontos de contato entre ambas; se a
inteligência tem existência própria, ou se é uma propriedade, um efeito; se é
mesmo, conforme à opinião de alguns, uma emanação da Divindade, ignoramos. Elas
se nos mostram como sendo distintas; daí o considerarmo-las formando os dois
princípios constitutivos do Universo. Vemos, acima de tudo isso, uma inteligência
que domina todas as outras, que as governa, que se distingue delas por
atributos essenciais. A essa inteligência suprema é que chamamos Deus”. -( FEB
)-
A graça e a paz sejam conosco!
Boa noite! Gostei muito do seu esclarecimento sobre Intelectualização da matéria é gostaria de compartilhar esse assunto com meu grupo de WhatsApp. Entretanto não estou conseguindo copiar exclusivamente esse tema. Tem como você me enviar esse material para o meu n° 032 99991 9554. Meu nome é Carlos Reis
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