quarta-feira, 15 de julho de 2015

Elementos gerais do universo: matéria


A matéria é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação. Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 22-a.



Amados irmãos, bom dia!
A cada novo estudo mais me encanto com a grandeza da obra do Senhor. Assim como há somente um Deus, toda a matéria se origina de uma só e suas variações são "provocadas" a partir da grande sabedoria do nosso Pai. Admitimos a existência da matéria e do espírito, hoje nos ateremos à matéria.








Elementos gerais do universo: matéria e espírito


“Ensina o Espiritismo que há dois elementos gerais do Universo: matéria e espírito e, [...] acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Importa considerar que o elemento geral espírito — escrito com e minúsculo, também chamado princípio inteligente do Universo, difere de Espírito (palavra escrita com E maiúsculo), que designa a individualidade humana, dotada de razão. (Veja, a propósito, as questões 23 a 28 e 76 a 81 de O Livro dos Espíritos). 1.

Formação da matéria

A matéria tem origem no fluido cósmico universal, também conhecido como éter ou matéria cósmica primitiva, conforme vimos no roteiro anterior deste módulo. Sabemos também que nessa [...] substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros de energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa. 
Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colmeias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de movimento, para que se transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mônadas celestes [princípio inteligente] encontrarão adequado berço ao desenvolvimento. Temos, assim, a luz e o calor, que teoricamente classificamos entre as irradiações nascidas dos átomos supridos de energia. São estes que, excitados na íntima estrutura, despedem as ondas eletromagnéticas. 
Todavia, não obstante tatearmos com relativa segurança as realidades da matéria, definindo a natureza corpuscular do calor e da luz, e embora saibamos que outras oscilações eletromagnéticas se associam, insuspeitadas por nós, na vastidão universal, aquém do [espectro] infravermelho e além do ultravioleta, completamente fora da zona de nossas percepções, confessamos com humildade que não sabemos ainda, principalmente no que se refere à elaboração da luz, qual seja a força que provoca a agitação inteligente dos átomos, compelindo-os a produzir irradiações capazes de lançar ondas no Universo com a velocidade de 300.000 quilômetros por segundo, preferindo reconhecer, em toda parte, com a obrigação de estudarmos e progredirmos sempre, o hálito divino do Criador. 

Esse processo de Co-criação em plano maior resultou na produção de variados tipos de matéria no cosmos. Para se ter uma ideia da grandiosidade do processo, observamos que as nossas análises químicas apontam para a existência de [...] cerca de um quarto de milhão de substâncias da Terra, que podem ser reduzidas, aproximadamente, como originárias de noventa elementos [naturais da tabela periódica]. Na verdade, a atual tabela periódica é formada por cerca de 103 elementos químicos, sendo que os seus noventa primeiros elementos são classificados como de ocorrência natural no nosso planeta. As substâncias químicas restantes foram produzidas pela inteligência humana. Emmanuel nos esclarece que [...] a Química necessita apresentar essa divisão de elementos para a catalogação dos valores educativos, com vistas às investigações de natureza científica, no mundo; contudo, se na sua base estão os átomos, na mais vasta expressão de diversidade, mesmo assim tenderá sempre para a unidade substancial, em remontando com as verdades espirituais às suas fontes de origem. Aliás, em se tratando das individuações químicas [acrescenta o benfeitor], já conheceis que o hidrogênio, no quadro dos conhecimentos terrestres, é o elemento mais simples de todos. Seu átomo é a forma primordial da matéria planetária, constituindo-se do sistema absolutamente simplificado, porque composto de um só elétron, de onde partem as demais individuações no mecanismo evolutivo da matéria, em suas expressões rudimentares. 

Observando a matéria existente no nosso planeta, constatamos que [...] não há o que pareça tão profundamente variado, nem tão essencialmente distinto como as diversas substâncias que compõem o mundo. Entre os objetos que a Arte ou a Natureza nos fazem passar diariamente ante o olhar, haverá duas que revelem perfeita identidade, ou, sequer, paridade de composição? Quanta dessemelhança, sob os aspectos da solidez, da compressibilidade, do peso e das múltiplas propriedades dos corpos, entre os gases atmosféricos e um filete de ouro entre a molécula aquosa da nuvem e a do mineral que forma a carcaça óssea do globo! Que diversidade entre o tecido químico das variadas plantas que adornam o reino vegetal e o dos representantes não menos numerosos da animalidade na Terra! 

Entretanto, podemos estabelecer como princípio absoluto que todas as substâncias, conhecidas e desconhecidas, por mais dessemelhantes que pareçam, quer do ponto de vista da constituição íntima, quer pelo prisma de suas ações recíprocas, são, de fato, apenas modos diversos sob que a matéria se apresenta; variedades em que ela se transforma sob a direção das forças inumeráveis que a governam. Se se observa tão grande diversidade na matéria, é porque, sendo em número ilimitado as forças que hão presidido às suas transformações e as condições em que estas se produziram, também as várias combinações da matéria não podiam deixar de ser ilimitadas. Logo, quer a substância que se considere pertença aos fluidos propriamente ditos, isto é, aos corpos imponderáveis, quer revista os caracteres e as propriedades ordinárias da matéria, não há, em todo o Universo, senão uma única substância primitiva; o «cosmo», ou «matéria cósmica» dos uranógrafos”. -( FEB )-



Que a graça e a paz sejam conosco!

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