" Nascer, morrer, renascer ainda e progredir. Tal é a Lei". - Allan Kardec -
Irmãos, que essa tarde seja repleta de amor, ânimo e vontade de mudar. Mudar hábitos, atitudes e mazelas que sempre estão nos corroendo. Não desanimemos nunca, porque Jesus nem em sua maior aflição, não desistiu.
Provas da
Reencarnação
As provas ou
evidências da reencarnação baseiam-se, essencialmente:
■ Nas ideias inatas
O [...] homem
traz, «ao renascer», o gérmen das suas imperfeições,
dos defeitos de
que se não corrigiu e que se traduzem pelos instintos naturais e pelos pendores
para tal ou tal vício. Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que
aprenderam antes: São mais ou menos adiantados, conforme o número de
existências que contem, conforme já
estejam mais ou menos afastados do ponto de partida. Dá-se aí exatamente o que
se observa numa reunião de indivíduos de todas as idades, onde cada um terá
desenvolvimento proporcionado ao número de anos que tenha vivido. As
existências sucessivas serão, para a vida da alma, o que os anos são para a do corpo.
Reuni, em certo dia, um milheiro de indivíduos de um a oitenta anos; suponde
que um véu encubra todos os dias precedentes ao em que os reunistes e que, em
consequência, acreditais que todos nasceram na mesma ocasião. Perguntareis
naturalmente como é que uns são grandes e outros pequenos, uns velhos e jovens
outros, instruídos uns, outros ainda ignorantes. Se, porém, dissipando-se a nuvem
que lhes oculta o passado, vierdes a saber que todos hão vivido mais ou menos
tempo, tudo se vos tornará explicado. Deus, em sua justiça, não pode ter criado
almas desigualmente perfeitas. Com a pluralidade das existências, a
desigualdade que notamos nada mais apresenta em oposição à mais rigorosa
equidade: é que apenas vemos o presente e não o passado. A este raciocínio
serve de base algum sistema, alguma suposição gratuita? Não. Partimos de um
fato patente, incontestável: a desigualdade das aptidões e do desenvolvimento
intelectual e moral, e verificamos que nenhuma das teorias correntes o explica,
ao passo que uma outra teoria lhe dá explicação simples, natural e lógica. Será
racional preferir-se as que não explicam àquela que explica? As ideias inatas
podem ser observadas na infância, porém, a rigor, elas são mais facilmente
identificadas a partir da adolescência, período que o [...] Espírito retoma a
natureza que lhe é própria e se mostra qual era.
O [...]
Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do
destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas que acumulou, a se
lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as
pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as
dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido. [...] A moldura
social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas no quadro do trabalho e da
luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se, ante a bênção
de Deus, para a luta da imortalidade.
■ Nas lembranças das existências pretéritas
As lembranças
das existências pretéritas podem ser espontâneas ou provocadas. Em geral,
surgem sob a forma de imagens fragmentárias, mas podem ocorrer flashs (clarões)
de memória que permitem recordações mais completas. As lembranças espontâneas
aparecem, naturalmente, no estado de vigília ou durante o sono, não sendo
possível a identificação da causa desencadeadora das mesmas, na maioria das
vezes. Neste estado, a pessoa se vê envolvida por uma sensação de algo
conhecido, experimentado, ou visto (dejá vu). Segundo o estudioso espírita
brasileiro e pesquisador rigoroso deste tipo específico de lembranças pretéritas,
Hernani Guimarães de Andrade, os [...] casos espontâneos de lembranças
reencarnatórias, manifestados por crianças e adultos, não são tão raros, como
pode pensar-se. Entretanto, apenas cerca de 5% podem ser considerados suficientemente
fortes e representando evidências seguras em apoio à tese da reencarnação.
Nem sempre as
lembranças espontâneas não são cercadas de detalhes, sobretudo quando o
Espírito recorda experiências desagradáveis. Adicionada [...] aos amargores de
uma nova existência, a lembrança, muitas vezes aflitiva e humilhante, do
passado poderia turbá-lo e lhe criar embaraços. Ele apenas se lembra do que
aprendeu, por lhe ser isso útil. Se às vezes lhe é dado ter uma intuição dos
acontecimentos passados, essa intuição é como a lembrança de um sonho fugitivo.
As lembranças
provocadas ocorrem por indução de Espíritos desencarnados ou encarnados. No
primeiro caso a ação pode estar relacionada a um fim útil e bom, entretanto,
pode estar vinculada a propósitos inferiores, tal como ocorre nos processos
obsessivos. No segundo caso as lembranças provocadas por médicos ou psicólogos
têm representado, no mundo atual, uma ferramenta de auxílio terapêutico a
pessoas portadoras de distúrbios psíquicos.
Kardec nos dá
oportuno esclarecimento a respeito do assunto em artigo da Revista Espírita, de
1865, em que alega que não é [...] somente depois da morte que o Espírito
recobra a lembrança de seu passado. Pode dizer-se que não a perde jamais, mesmo
na encarnação, porquanto, durante o sono do corpo, quando goza de certa
liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe por que sofre,
e que sofre justamente; a lembrança não se apaga senão durante a vida exterior de
relação. Mas, em falta de uma lembrança precisa, que lhe poderia ser penosa e
prejudicar suas relações sociais, haure novas forças nos instantes de
emancipação da alma, se os soube aproveitar.
Finalmente,
para Emmanuel, o [...] conhecimento do pretérito, através das revelações ou das
lembranças, chega sempre que a criatura se faz credora de um benefício como
esse, o qual se faz acompanhar, por sua vez, de responsabilidades muito grandes
no plano do conhecimento; tanto assim que, para muitos, essas reminiscências costumam
constituir um privilégio doloroso, no ambiente das inquietações e ilusões da
Terra. ( FEB ).
Saudações Espirituais!
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