segunda-feira, 6 de julho de 2015

Provas da Reencarnação


" Nascer, morrer, renascer ainda e progredir. Tal é a Lei". - Allan Kardec -



Irmãos, que essa tarde seja repleta de amor, ânimo e vontade de mudar. Mudar hábitos, atitudes e mazelas que sempre estão nos corroendo. Não desanimemos nunca, porque Jesus nem em sua maior aflição, não desistiu.



 

Provas da Reencarnação

 
As provas ou evidências da reencarnação baseiam-se, essencialmente:
 
Nas ideias inatas

O [...] homem traz, «ao renascer», o gérmen das suas imperfeições,

dos defeitos de que se não corrigiu e que se traduzem pelos instintos naturais e pelos pendores para tal ou tal vício. Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que aprenderam antes: São mais ou menos adiantados, conforme o número de existências que contem, conforme   já estejam mais ou menos afastados do ponto de partida. Dá-se aí exatamente o que se observa numa reunião de indivíduos de todas as idades, onde cada um terá desenvolvimento proporcionado ao número de anos que tenha vivido. As existências sucessivas serão, para a vida da alma, o que os anos são para a do corpo. Reuni, em certo dia, um milheiro de indivíduos de um a oitenta anos; suponde que um véu encubra todos os dias precedentes ao em que os reunistes e que, em consequência, acreditais que todos nasceram na mesma ocasião. Perguntareis naturalmente como é que uns são grandes e outros pequenos, uns velhos e jovens outros, instruídos uns, outros ainda ignorantes. Se, porém, dissipando-se a nuvem que lhes oculta o passado, vierdes a saber que todos hão vivido mais ou menos tempo, tudo se vos tornará explicado. Deus, em sua justiça, não pode ter criado almas desigualmente perfeitas. Com a pluralidade das existências, a desigualdade que notamos nada mais apresenta em oposição à mais rigorosa equidade: é que apenas vemos o presente e não o passado. A este raciocínio serve de base algum sistema, alguma suposição gratuita? Não. Partimos de um fato patente, incontestável: a desigualdade das aptidões e do desenvolvimento intelectual e moral, e verificamos que nenhuma das teorias correntes o explica, ao passo que uma outra teoria lhe dá explicação simples, natural e lógica. Será racional preferir-se as que não explicam àquela que explica? As ideias inatas podem ser observadas na infância, porém, a rigor, elas são mais facilmente identificadas a partir da adolescência, período que o [...] Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era.

O [...] Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido. [...] A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas no quadro do trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se, ante a bênção de Deus, para a luta da imortalidade.

 
Nas lembranças das existências pretéritas

 
As lembranças das existências pretéritas podem ser espontâneas ou provocadas. Em geral, surgem sob a forma de imagens fragmentárias, mas podem ocorrer flashs (clarões) de memória que permitem recordações mais completas. As lembranças espontâneas aparecem, naturalmente, no estado de vigília ou durante o sono, não sendo possível a identificação da causa desencadeadora das mesmas, na maioria das vezes. Neste estado, a pessoa se vê envolvida por uma sensação de algo conhecido, experimentado, ou visto (dejá vu). Segundo o estudioso espírita brasileiro e pesquisador rigoroso deste tipo específico de lembranças pretéritas, Hernani Guimarães de Andrade, os [...] casos espontâneos de lembranças reencarnatórias, manifestados por crianças e adultos, não são tão raros, como pode pensar-se. Entretanto, apenas cerca de 5% podem ser considerados suficientemente fortes e representando evidências seguras em apoio à tese da reencarnação.

Nem sempre as lembranças espontâneas não são cercadas de detalhes, sobretudo quando o Espírito recorda experiências desagradáveis. Adicionada [...] aos amargores de uma nova existência, a lembrança, muitas vezes aflitiva e humilhante, do passado poderia turbá-lo e lhe criar embaraços. Ele apenas se lembra do que aprendeu, por lhe ser isso útil. Se às vezes lhe é dado ter uma intuição dos acontecimentos passados, essa intuição é como a lembrança de um sonho fugitivo.

As lembranças provocadas ocorrem por indução de Espíritos desencarnados ou encarnados. No primeiro caso a ação pode estar relacionada a um fim útil e bom, entretanto, pode estar vinculada a propósitos inferiores, tal como ocorre nos processos obsessivos. No segundo caso as lembranças provocadas por médicos ou psicólogos têm representado, no mundo atual, uma ferramenta de auxílio terapêutico a pessoas portadoras de distúrbios psíquicos.

Kardec nos dá oportuno esclarecimento a respeito do assunto em artigo da Revista Espírita, de 1865, em que alega que não é [...] somente depois da morte que o Espírito recobra a lembrança de seu passado. Pode dizer-se que não a perde jamais, mesmo na encarnação, porquanto, durante o sono do corpo, quando goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe por que sofre, e que sofre justamente; a lembrança não se apaga senão durante a vida exterior de relação. Mas, em falta de uma lembrança precisa, que lhe poderia ser penosa e prejudicar suas relações sociais, haure novas forças nos instantes de emancipação da alma, se os soube aproveitar.

Finalmente, para Emmanuel, o [...] conhecimento do pretérito, através das revelações ou das lembranças, chega sempre que a criatura se faz credora de um benefício como esse, o qual se faz acompanhar, por sua vez, de responsabilidades muito grandes no plano do conhecimento; tanto assim que, para muitos, essas reminiscências costumam constituir um privilégio doloroso, no ambiente das inquietações e ilusões da Terra. ( FEB ).
 
 
Saudações Espirituais!

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