quarta-feira, 1 de julho de 2015

Comunicabilidade dos Espíritos



"Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram?
 
São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada". - O Livro dos Espíritos - questão 114 - Allan Kardec.
 
 
 
Irmãos, que a Luz Divina se faça em nós!
Reflitamos hoje sobre este assunto que é tão presente em nossas vidas, para que saibamos distinguir sobre os nossos pensamentos e aqueles que os Espíritos tentam incutir em nós. Somente assim teremos a consciência entre o que é bom e ruim, para que não nos retirem do caminho do bem.
 
 
 
 
 
 
                                                        Comunicabilidade dos Espíritos
 

 

Influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos, e nos acontecimentos da vida?
 

“Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores: Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.

 

A resposta dada pelos Espíritos não nos deve causar estranheza, pois, se analisarmos o assunto fazendo uma comparação com o que sucede em nossas relações sociais, chegaremos à conclusão de que vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares ou não, das quais recebemos influência por meio das ideias que exteriorizam e dos exemplos que nos dão, do mesmo modo que as influenciamos com as nossas ideias e com a nossa conduta. O mesmo ocorre, naturalmente, com os habitantes do mundo espiritual, pois são eles os seres humanos desencarnados que, pelo simples fato de terem deixado o invólucro carnal, não mudaram as características de sua personalidade ou a sua maneira de pensar. Assim, somos alvo não só da atenção de Benfeitores e Amigos Espirituais — incluindo entre eles os parentes e amigos desta e de outras reencarnações, os quais, vencendo o túmulo, desejam prosseguir auxiliando-nos — como também daqueles outros a quem prejudicamos com atos de maior ou menor gravidade, nesta ou em anteriores existências, e que nos procuram para cobrar a dívida que com eles contraímos. Portanto, a resposta dos Espíritos a Kardec nos dá uma noção exata do intercâmbio existente entre os Espíritos desencarnados e encarnados, intercâmbio esse real e constante. O Espiritismo torna compreensível o processo pelo qual se dá a influência dos Espíritos no mundo corporal. Essa influência tem origem na possibilidade de transmissão do pensamento. Para que entendamos como o pensamento se transmite, [...] precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.

 

Ensina ainda a Doutrina Espírita que por meio [...] do perispírito é que os Espíritos atuam sobre a matéria inerte [...]. Sua natureza etérea [do perispírito] não é que a isso obstaria, pois se sabe que os mais poderosos motores se nos deparam nos fluidos mais rarefeitos e nos mais imponderáveis. Não há, pois, motivo de espanto quando, com essa alavanca [o perispírito], os Espíritos produzem certos efeitos físicos [...].

 

Atuando sobre a matéria, podem os Espíritos manifestar-se de muitas maneiras diferentes: por efeitos físicos, quais os ruídos e a movimentação de objetos; pela transmissão do pensamento, pela visão, pela audição, pela palavra, pelo tato, pela escrita, pelo desenho, pela música, etc. Numa palavra, por todos os meios que sirvam a pô-los em comunicação com os homens.

 

Deflui desses ensinamentos que os Espíritos exercem influência nos acontecimentos da vida, por meio da transmissão de pensamento e por sua ação direta no mundo material, tudo, no entanto, dentro das leis da Natureza.

 

Se a influência dos Espíritos em nossos pensamentos é de tal intensidade que, ordinariamente, são eles que nos dirigem, é preciso saber identificar a natureza dessa influência, a fim de que não atendamos aos alvitres dos Espíritos imperfeitos. Como distinguirmos se um pensamento sugerido procede de um bom Espírito ou de um Espírito mau? — indaga Kardec aos Espíritos Superiores.

A resposta dos Benfeitores da Humanidade é um apelo ao nosso bom senso. Dizem eles: Estudai o caso. Os bons Espíritos só para o bem aconselham. Compete-vos discernir.

 

Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas, outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos. É assim que Deus confia à nossa consciência a escolha do caminho que devamos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.

 

Assim, compete exclusivamente a nós neutralizar a influência dos Espíritos imperfeitos. Os Espíritos Superiores são bastante claros ao nos indicarem o meio para isso: Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.

 

O Espiritismo trouxe ensinamentos preciosos sobre a importância da nossa atitude mental no sentido do bem, para que não nos desviemos do caminho que nos compete seguir rumo à perfeição, que é a nossa meta. Desse modo, é preciso aprender a disciplinar os nossos pensamentos, a fim de atrairmos os bons Espíritos, que nos auxiliarão a percorrer esse caminho, tornando-o menos árido, e pleno de realizações espirituais”. -( FEB )-

 

 

 Que bênçãos de amor e paz recaiam sobre nós e nossa família em Humanidade.

 

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