quarta-feira, 22 de julho de 2015

Os reinos da natureza - Os animais


"Do ponto de vista material, apenas há seres orgânicos e inorgânicos. Do ponto de vista moral, há evidentemente quatro graus". ( O Livro dos Espíritos )



Amados irmãos, bom dia!
Hoje vamos refletir sobre a criação dos animais, suas características e semelhanças conosco, etc. Como toda bela obra da criação, os animais ai estão para nos acompanhar e ensinar também, na simplicidade e originalidade de seu comportamento.






Os animais


“Kardec pergunta aos Espíritos Superiores se os animais possuem algum princípio independente da matéria, que lhes sobreviva ao corpo, e se esse princípio seria semelhante à alma humana. E os Espíritos afirmam: É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus. Após a morte, a alma dos animais conserva a sua individualidade, mas não a consciência do seu eu. A vida inteligente lhe permanece em estado latente. A progressão dos animais, por outro lado, não se dá, como no homem, por ato de vontade própria, mas sim pela [...] força das coisas, razão por que não estão sujeitos à expiação. O Espírito André Luiz nos esclarece que na [...] moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme, como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças, retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.

Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas. As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação.


Ressalte-se, finalmente, que os reinos vegetal, animal e hominal existem em todos os mundos destinados à encarnação dos Espíritos. Nos mundos superiores, entretanto, tudo é mais perfeito: as plantas, os animais e os homens. As plantas, porém, são sempre plantas, como os animais sempre animais e os homens sempre homens. A maioria dos animais obra por instinto, mas muitos deles denotam acentuada vontade, revelando sua inteligência, embora limitada. Sobre a relação entre o instinto e a inteligência nos animais, Kardec comenta: Não se poderia negar que, além de possuírem o instinto, alguns animais praticam atos combinados, que denunciam vontade de operar em determinado sentido e de acordo com as circunstâncias. Há, pois, neles, uma espécie de inteligência, mas cujo exercício quase que se circunscreve à utilização dos meios de satisfazerem às suas necessidades físicas e de proverem à conservação própria. Nada, porém, criam, nem melhora alguma realizam. Qualquer que seja a arte com que executem seus trabalhos, fazem hoje o que faziam outrora e o fazem, nem melhor, nem pior, segundo formas e proporções constantes e invariáveis. A cria, separada dos de sua espécie, não deixa por isso de construir o seu ninho de perfeita conformidade com os seus maiores, sem que tenha recebido nenhum ensino. O desenvolvimento intelectual de alguns, que se mostram suscetíveis de certa educação, desenvolvimento, aliás, que não pode ultrapassar acanhados limites, é devido à ação do homem sobre uma natureza maleável, porquanto não há aí progresso que lhe seja próprio. Mesmo o progresso que realizam pela ação do homem é efêmero e puramente individual, visto que, entregue a si mesmo, não tarda que o animal volte a encerrar-se nos limites que lhe traçou a Natureza. Os animais, embora não tenham uma linguagem formada de palavras, possuem meios de se comunicarem. Dizem uns aos outros muito mais coisas do que imaginais [ensinam os Espíritos Superiores]. Mas, essa mesma linguagem de que dispõem é restrita às necessidades, como restritas também são as ideias que podem ter. Efetivamente, [comenta Kardec] os peixes que, como as andorinhas, emigram em cardumes, obedientes ao guia que os conduz, devem ter meios de se advertirem, de se entenderem e combinarem. É possível que disponham de uma vista mais penetrante e esta lhes permita perceber os sinais que mutuamente façam. Pode ser também que tenham na água um veículo próprio para a transmissão de certas vibrações. Como quer que seja, o que é incontestável é que lhes não falecem meios de se entenderem [...]. Deflui desses ensinos que os animais têm inteligência, conquanto limitada, demonstram vontade própria e se comunicam entre si. 

Possuiriam, assim, livre-arbítrio, para praticar os seus atos? Kardec fez essa indagação aos Instrutores Espirituais, obtendo desses a seguinte resposta: Os animais não são simples máquinas, como supondes. Contudo, a liberdade de ação, de que desfrutam, é limitada pelas suas necessidades e não se pode comparar à do homem. Sendo muitíssimo inferiores a este, não têm os mesmos deveres que ele. A liberdade, possuem-na restrita aos atos da vida material”. -( FEB )- 






Que a graça e a paz sejam conosco!



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