“Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí, fazei preparativos.” - Jesus - ( Lucas, 22:12 )
Amados irmãos, bom dia!
"Aquele cenáculo mobilado, a que se referiu Jesus, é perfeito símbolo do
aposento interno da alma. O homem simplesmente terrestre mantém-se na expectativa da morte
orgânica; o homem espiritual espera o Mestre Divino, para consolidar a redenção
própria. Não abandoneis, portanto, o cenáculo da fé e, aí dentro, fazei preparativos
em constante ascensão." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem aventurado és tu, Simão Barjonas,
porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está
nos céus (Mt 16:17).
"Simão Barjonas significa filho de Jonas. Assim falando, Jesus
personifica o apóstolo em sua condição humana, genealógica, estabelecida
nas linhas da reencarnação. Esclarece, porém, em seguida,
que não foi a herança genética (“não foi carne nem sangue”) que lhe
concedeu condições para identificar o Messias divino, mas, sim, a sua
percepção espiritual que extrapola a matéria. Pedro demonstra possuir
uma soma de recursos psíquicos úteis ao acolhimento da orientação
que veio do Alto. Por certo, percebera Jesus a sensibilidade do seu
valoroso cooperador, felicitando-o pelo fato de ter o apóstolo reconhecido,
em plena existência física, o Governador espiritual do orbe.
A frase: “porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas
meu Pai, que está nos céus”, indica que somente quem atingiu este
piso evolutivo consegue captar padrões de ordem transcendente.
Entretanto, tais valores nos chegam continuamente do Alto, na forma
de esclarecimentos e vibrações geradoras de segurança, equilíbrio e
paz. Significa também dizer que a inspiração superior não está na
dependência da “carne e sangue”, mas nos mecanismos impalpáveis
da intuição e outras percepções psíquicas.
O processo evolutivo desempenha, igualmente, o papel extraordinário
de preparar a instrumentalidade humana para, no devido
momento, poder assimilar com propriedade o conteúdo de ordem
sublimada oriundo dos planos superiores da vida. Verificamos, então,
que é na aprendizagem rotineira, desenvolvida, passo a passo, ao longo
do caminho, que se enriquece a mente e fortalece o Espírito. Importa considerar que Jesus emprega o singular na expressão
“Mas meu Pai” referindo-se, obviamente, ao Criador supremo.
“Que está nos céus”. Não se trata, aqui, do céu religioso, tradicional,
dos compêndios espirituais da retaguarda, fundamentados
em interpretações teológicas e dogmáticas. Urge compreender “céus”
como um estado vibracional da alma, em sua feição positiva de amor.
É óbvio, que esse território está fora dos limites estreitos da matéria,
mas vinculado aos meandros profundos do superconsciente. “Céus” é
palavra que diz respeito ao estado de bem-aventurança. Estado em que
a “[...] suprema felicidade consiste no gozo de todos os esplendores da
Criação, que nenhuma linguagem humana jamais poderia descrever,
que a imaginação mais fecunda não poderia conceber.”
São “céus” que se expressam no que existe de bom, de belo, de
equilibrado e de harmônico, na medida em que avançamos em conhecimento
e moralidade, pelo trabalho incessante.
A verdadeira percepção de Deus e do reino dos Céus é atributo
dos Espíritos crísticos, como Jesus.
Os puros Espíritos são os messias ou mensageiros de Deus pela transmissão
e execução das suas vontades. Preenchem as grandes missões,
presidem à formação dos mundos e à harmonia geral do universo,
tarefa gloriosa a que se não chega senão pela perfeição. Os [Espíritos]
da ordem elevada são os únicos a possuírem os segredos de Deus,
inspirando-se no seu pensamento, de que são diretos representantes." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
334. Há predestinação na união da alma com tal ou tal
corpo, ou só à última hora é feita a escolha do corpo
que ela tomará?
“O Espírito é sempre, de antemão, designado. Tendo
escolhido a prova a que queira submeter-se, pede para
encarnar. Ora, Deus, que tudo sabe e vê, já antecipadamente
sabia e vira que tal Espírito se uniria a tal corpo.”
Que a graça e a paz sejam conosco!