“E, com muitas parábolas semelhantes, lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.” -( Marcos, 4:33 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Na difusão dos ensinamentos evangélicos, de quando em quando
encontramos pregadores rigorosos e exigentes. O Senhor somente ensinava aos que o ouviam, “segundo o que podiam
compreender". Se estás em serviço do Senhor, considera os imperativos da iluminação, porque o mundo precisa de servidores cristãos e, não, de tiranos doutrinários." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
Disse-lhes Ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo,
disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16:15 e 16).
Vimos no texto anterior que a multidão emite opiniões diversificadas
a respeito de pessoas e acontecimentos, segundo o conhecimento
que cada um possui. Relativamente, porém, a esta passagem
evangélica a questão é outra. Na condição de seguidores próximos
de Jesus e com Ele mais bem identificados, os discípulos deveriam
estar aptos a refletir com maior clareza a efetiva posição espiritual do
Mestre. Se antes, Jesus lhes testou o senso de observação quanto ao
pensamento da multidão, agora revela a intenção de aferir-lhes o nível
de conhecimento que possuíam a respeito dele, o Messias divino, e
dos seus ensinamentos cristãos.
A resposta proferida por Pedro à indagação de Jesus é sublime,
refletindo divina inspiração.
Sim! O Cristo é bem o Messias divino. A sua palavra é bem a palavra
da verdade, fundada na qual a religião se torna inabalável, mas sob
a condição de praticar os sublimes ensinamentos que ela contém e
não de fazer do Deus justo e bom, que nela reconhecemos, um Deus
faccioso, vingativo e cruel.
Iluminado por inspiração superior, Pedro age como médium
perfeitamente associado às forças do bem quando reconhece, em
Jesus, o Messias divino.
Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode
aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo
e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor,
porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o
Espírito divino o animava. Entretanto, será que a humanidade atual apresentaria uma resposta
tão pronta como a que foi dada pelo apóstolo? Possivelmente não.
Certas questões ainda pairam no ar sem soluções definitivas: quem é
Jesus? Como compreendê-lo, efetivamente?
Como cristãos — devemos
admitir — ainda possuímos limitações relativas a estes assuntos, que se
expressam na forma de dúvidas, atavismos ou preconceitos. A despeito
de os espíritas serem portadores de relativo conhecimento espiritual
e endossarem a orientação existente em O livro dos espíritos de que
Jesus é guia e modelo da humanidade, nem todos consideram esta
questão com a devida profundidade. Presos a atavismos ou a ideias
cristalizadas, oriundas de existências pretéritas, ainda cultivam uma
moral periférica, de caráter utilitarista, que os mantém afastados do
Cristo e dos seus ensinamentos.
Neste particular, a pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Não obstante ser uma indagação formulada no plural, guarda, no tempo,
uma resposta inteiramente individual. É necessário que, racional
e afetivamente, aceitemos Jesus de forma transcendente. Estudando
os seus ensinos, à luz do entendimento espírita, aprendemos a compreendê-lo
sem misticismos, religiosidade perniciosa ou fanatismo,
mas enxergando que o seu Evangelho é cartilha de vida.
A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando às comunidades
religiosas do Cristianismo que pregar é revelar a grandeza
dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias. O homem que se internou
pelo território estranho dos discursos, sem atos correspondentes
à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao ridículo e à negação.
[...] É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra
que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da
renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência
divina daquele que preferiu a crucificação ao pacto com o mal.
Coube a Simão Pedro, entre os demais discípulos, veicular a
resposta do Alto, demonstrando, assim, a sua desenvolvida sensibilidade
mediúnica: “Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo” reflete elevada intuição. A resposta revela a sublimidade e a grandeza do Mestre. Por
Ele, Jesus, a misericórdia e a majestade de Deus, se dinamizam no
Filho, nos ajudando a compreender o Criador como Pai incansável e
operante na extensão do universo.
A inspiração mediúnica de Pedro nos leva a ponderar quanto
à necessidade de estarmos atentos às indagações que nos chegam, e,
principalmente, em saber respondê-las de forma direta e objetiva. Recordemos
que como candidatos ao esforço de renovação com o Cristo,
seremos testados continuamente, convocados a dar o testemunho da
nossa fidelidade aos princípios que acatamos como regra de vida, tal
como ocorreu aos discípulos de Jesus." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
333. Se se considerasse bastante feliz, numa condição mediana
entre os Espíritos errantes e, conseguintemente,
não ambicionasse elevar-se, poderia um Espírito
prolongar indefinidamente esse estado?
"Indefinidamente, não. Cedo ou tarde, o Espírito sente
a necessidade de progredir. Todos têm que se elevar; esse o
destino de todos.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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