sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

E vós, quem dizeis que eu sou?


“E,  com  muitas  parábolas semelhantes,  lhes  dirigia  a  palavra, segundo o que podiam compreender.” -( Marcos, 4:33 )-





Amados irmãos, bom dia!
"Na difusão dos ensinamentos evangélicos, de quando em quando  encontramos pregadores rigorosos e exigentes. O Senhor somente ensinava aos que o  ouviam, “segundo o  que podiam compreender". Se estás em serviço do Senhor, considera os imperativos da iluminação, porque o mundo precisa de servidores cristãos e, não, de tiranos doutrinários."  -( Pão Nosso -  Chico Xavier / Emmanuel )-








Disse-lhes Ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16:15 e 16). 

Vimos no texto anterior que a multidão emite opiniões diversificadas a respeito de pessoas e acontecimentos, segundo o conhecimento que cada um possui. Relativamente, porém, a esta passagem evangélica a questão é outra. Na condição de seguidores próximos de Jesus e com Ele mais bem identificados, os discípulos deveriam estar aptos a refletir com maior clareza a efetiva posição espiritual do Mestre. Se antes, Jesus lhes testou o senso de observação quanto ao pensamento da multidão, agora revela a intenção de aferir-lhes o nível de conhecimento que possuíam a respeito dele, o Messias divino, e dos seus ensinamentos cristãos. 

A resposta proferida por Pedro à indagação de Jesus é sublime, refletindo divina inspiração. Sim! O Cristo é bem o Messias divino. A sua palavra é bem a palavra da verdade, fundada na qual a religião se torna inabalável, mas sob a condição de praticar os sublimes ensinamentos que ela contém e não de fazer do Deus justo e bom, que nela reconhecemos, um Deus faccioso, vingativo e cruel.

Iluminado por inspiração superior, Pedro age como médium perfeitamente associado às forças do bem quando reconhece, em Jesus, o Messias divino.  

Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito divino o animava. Entretanto, será que a humanidade atual apresentaria uma resposta tão pronta como a que foi dada pelo apóstolo? Possivelmente não. Certas questões ainda pairam no ar sem soluções definitivas: quem é Jesus? Como compreendê-lo, efetivamente? 

Como cristãos — devemos admitir — ainda possuímos limitações relativas a estes assuntos, que se expressam na forma de dúvidas, atavismos ou preconceitos. A despeito de os espíritas serem portadores de relativo conhecimento espiritual e endossarem a orientação existente em O livro dos espíritos de que Jesus é guia e modelo da humanidade, nem todos consideram esta questão com a devida profundidade. Presos a atavismos ou a ideias cristalizadas, oriundas de existências pretéritas, ainda cultivam uma moral periférica, de caráter utilitarista, que os mantém afastados do Cristo e dos seus ensinamentos. Neste particular, a pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Não obstante ser uma indagação formulada no plural, guarda, no tempo, uma resposta inteiramente individual. É necessário que, racional e afetivamente, aceitemos Jesus de forma transcendente. Estudando os seus ensinos, à luz do entendimento espírita, aprendemos a compreendê-lo sem misticismos, religiosidade perniciosa ou fanatismo, mas enxergando que o seu Evangelho é cartilha de vida. 

A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando às comunidades religiosas do Cristianismo que pregar é revelar a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias. O homem que se internou pelo território estranho dos discursos, sem atos correspondentes à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao ridículo e à negação. [...] É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina daquele que preferiu a crucificação ao pacto com o mal.

Coube a Simão Pedro, entre os demais discípulos, veicular a resposta do Alto, demonstrando, assim, a sua desenvolvida sensibilidade mediúnica: “Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo” reflete elevada  intuição. A resposta revela a sublimidade e a grandeza do Mestre. Por Ele, Jesus, a misericórdia e a majestade de Deus, se dinamizam no Filho, nos ajudando a compreender o Criador como Pai incansável e operante na extensão do universo. A inspiração mediúnica de Pedro nos leva a ponderar quanto à necessidade de estarmos atentos às indagações que nos chegam, e, principalmente, em saber respondê-las de forma direta e objetiva. Recordemos que como candidatos ao esforço de renovação com o Cristo, seremos testados continuamente, convocados a dar o testemunho da nossa fidelidade aos princípios que acatamos como regra de vida, tal como ocorreu aos discípulos de Jesus." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






333. Se se considerasse bastante feliz, numa condição mediana entre os Espíritos errantes e, conseguintemente, não ambicionasse elevar-se, poderia um Espírito prolongar indefinidamente esse estado? 

"Indefinidamente, não. Cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de progredir. Todos têm que se elevar; esse o destino de todos.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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