domingo, 18 de dezembro de 2016

Interpretação do texto evangélico


“Tornando-­nos  recomendáveis  em  tudo:  na  muita  paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias.” - Paulo - ( II Coríntios, 6:4 )





Amados irmãos, bom dia!
"A maioria dos aprendizes do Evangelho não encara seriamente o fundo  religioso da vida, senão nas atividades do culto exterior. Na concepção de muitos bastará frequentar, assíduos, as assembléias da fé e todos os enigmas da alma estarão decifrados, no capítulo das relações com Deus. Entretanto, os ensinamentos do Cristo apelam para a renovação  e aprimoramento individual em todas as circunstâncias.  É indispensável que os aprendizes se tornem recomendáveis em tudo, revelando a excelência das idéias que os alimentam, tanto em casa, quanto nas igrejas, tanto nos serviços comuns, quanto nas vias públicas. Certo, ninguém precisará viver exclusivamente de mãos ­postas ou de olhar  fixo no firmamento; todavia, não nos esqueçamos de que a gentileza, a boa ­vontade, a cooperação e a polidez são aspectos divinos da oração viva no apostolado do  Cristo." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-










Interpretação do texto evangélico


E havia entre os fariseus, um homem, chamado Nicodemos, um príncipe dos judeus (Jo 3:1). 

Nicodemos pertencia à casta dos fariseus, ordem religiosa e política, caracterizada pela intolerância, pelo apego às leis moisaicas e pelas manifestações de culto externo. Os fariseus apresentavam as seguintes características: Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por uma e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém.

Encontramos, ainda hoje, pessoas que, à semelhança dos fariseus, têm conhecimento das coisas espirituais, mas as mantêm ocultas sob o símbolo das práticas exteriores ou se deixam conduzir pelos meandros da política religiosa. A expressão “um homem” imprime, no ensino, uma característica universal representativa do ser humano imperfeito. Este, em processo de evolução, transita por diferentes ambientes, ao longo das reencarnações. Usa, em cada uma delas, um tipo de vestimenta, mas o processo evolutivo é lento, porque, se de um lado acumula considerável bagagem de conhecimento, revela dificuldades para aplicá-la. Esta dicotomia entre o que se sabe e o que se faz, produz profundos conflitos à consciência humana. Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição. Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.

Importa considerar que a despeito de ser Nicodemos chamado “príncipe dos judeus”, em razão de ser alguém bem situado no campo social, politicamente influente e membro do sinédrio, percebia que algo profundo e verdadeiro lhe faltava. Vemos nesse personagem do Evangelho uma pessoa que, por contingências reencarnatórias, estava presa às tradições religiosas vigentes, mas que procura superar as barreiras das convenções e procura o Mestre, ainda que “tarde da noite”. Nicodemos era, pois, um homem bom, e, por esse motivo, desejava imensamente encontrar-se com Jesus, para conversar com o Mestre sobre assunto religioso, porque tivera notícias das pregações do Nazareno e das curas que ele fazia.

A história se repete, semelhantemente, conosco. Convocados à aproximação da mensagem do Amor, depois das desilusões e da constatação da ineficiência dos títulos e valores do mundo, procuramos outros padrões que possam nos colocar na rota segura da existência. Investindo em novos conhecimentos espirituais, aprendemos que qualquer vinculação a novas propostas implica desvinculação das velhas, como bem nos esclarece o orientador espiritual: Cada um tem no planeta o mapa das suas lutas e dos seus serviços. O berço de todo homem é o princípio de um labirinto de tentações e de dores, inerentes à própria vida na esfera terrestre, labirinto por ele mesmo traçado e que necessita palmilhar com intrepidez moral. Portanto, qualquer alma tem o seu destino traçado sob o ponto de vista do trabalho e do sofrimento, e, sem paradoxos, tem de combater com o seu próprio destino, porque o homem não nasceu para ser vencido; todo Espírito labora para dominar a matéria e triunfar dos seus impulsos inferiores. Busquemos, pois, nos guiar por esta lição do Evangelho, ilustrada no diálogo ocorrido entre Jesus e Nicodemos, uma vez que é sempre útil vencer os obstáculos e procurar Jesus." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos? 

“Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.” 

a) — Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas? 

“Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento. Porém, cada Espírito vai lá somente pelos seus amigos e não pela multidão dos indiferentes.” 

b) — Sob que forma aí comparecem e como os veríamos, se pudessem tornar-se visíveis? 

“Sob a que tinham quando encarnados.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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