segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus


“Mas agora o meu reino não é daqui”  - Jesus - ( João, 18:36 )




Amados irmãos, bom dia!
"Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra. Ajoelham-­se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade. No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta. A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória. Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








Este, foi ter de noite com Jesus e lhe disse: Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele (Jo 3:2). 

Preso aos interesses do mundo e encoberto pelo manto das sombras, oferecido pelas convenções sociais, Nicodemos apoia-se na esperança e vai até Jesus. O Mestre o acolhe sob o influxo de sua luz e sabedoria espirituais, a fim de esclarecê-lo. 

Do ponto de vista histórico, o fato se deu à noite. Entretanto, retirando da letra o sentido espiritual, entendemos que a palavra “noite” indica trevas, escuridão, em oposição a “dia”, indicativo de luz, claridade. No contexto da passagem evangélica, Nicodemos simboliza alguém que já identificou os pontos obscuros (de trevas) existentes em si mesmo, representados pela ignorância que ainda possuia. Procurar Jesus foi um ato de sabedoria, reconhecendo o Senhor como o mestre capaz de conceder-lhe as orientações seguras de que tanto necessitava. 

Se alguém é movido pelo impulso de aprender, sempre parte de um ponto de referência. Foi o que aconteceu a Nicodemos, ao afirmar: “Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus”. Ora, “Rabi” é uma expressão cujo significado é “meu mestre”. Quer dizer que mesmo antes de conversar com Jesus, Nicodemos reconhecia a grandeza do Senhor. Ele acreditava na origem divina de Jesus, na sua superioridade espiritual, diferente do julgamento existente entre os seus irmãos de religião. É oportuno destacar também a postura humilde desse doutor da lei . Dizendo: “bem sabemos que és Mestre”, Nicodemos dá testemunho das limitações espirituais que possuía, embora fosse orientador em Israel; acreditava em Jesus, mas ainda não compreendia a sua mensagem. Por meio de reflexões íntimas consequentes da fé raciocinada, entendeu que as ações de Jesus tinham procedência divina. Não basta dizer que os fatos vêm de Deus. E para chegar ao conhecimento desses fatos, temos de estudar justamente o que Jesus fazia questão que fosse estudado, ou seja, a Vida eterna. 

A atitude de Nicodemos nos transmite outra lição, não menos valiosa: a de alguém que, tendo como base as noções espirituais que possuía, soube observar Jesus, refletir sobre os seus ensinamentos para, convicto, afirmar que o Senhor era um Espírito “vindo de Deus” porque “ninguém pode fazer estes sinais [...], se Deus não for com ele” -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






322. E os esquecidos, cujos túmulos ninguém vai visitar, também lá, não obstante, comparecem e sentem algum pesar por verem que nenhum amigo se lembra deles? 

“Que lhes importa a Terra? Só pelo coração nos achamos a ela presos. Desde que aí ninguém mais lhe vota afeição, nada mais prende a esse planeta o Espírito, que tem para si o Universo inteiro.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário