sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Os inimigos do homem serão os da sua própria casa


“Tomai sobre vós o meu jugo, e  aprendei de mim, que  sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para  as vossas almas.”  - Jesus - ( Mateus, 11:29 )




Amados irmãos, bom dia!
"Seu  apelo amoroso vibra no mundo, através de todos os séculos do  Cristianismo. É que o Mestre no “Vinde a mim!” espera naturalmente que as almas inquietas e tristes o  procurem para a aquisição do ensinamento  divino. Mas nem todos os aflitos pretendem renunciar ao objeto de suas desesperações e nem todos os tristes querem fugir à sombra para o encontro com a luz. Quando os sofredores se dirigirem sinceramente ao Cristo, hão  de ouvi-­lo, no silêncio do santuário interior, concitando-­lhes o espírito a desprezar as disputas reprováveis do campo inferior. Onde estão os aflitos da Terra que pretendem trocar o cativeiro das próprias paixões pelo jugo suave de Jesus Cristo? Para esses foram pronunciadas as santas palavras “Vinde a mim!”, reservando­-lhes o Evangelho poderosa luz para a renovação indispensável." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa (Mt 10:36). 

"O registro deve ser examinado sob dois aspectos: o da família consanguínea e o da própria pessoa. A Doutrina Espírita nos ensina que as pessoas que se desentenderam em outras reencarnações estão hoje, em geral, congregadas dentro de uma mesma família, buscando o resgate e a harmonização indispensáveis. No âmbito familiar, os inimigos ou adversários agem e reagem uns sobre os outros, criando obstáculos à união e ao respeito mútuos, ainda que disto não se deem conta. 

Por acréscimo da misericórdia divina, os envolvidos nos processos de reajuste espiritual dificilmente recordam os acontecimentos do passado, ocorridos em outras existências. Entretanto, as antipatias, os ódios, os ciúmes, as desconfianças etc., são impulsivamente manifestadas, a ponto de ocorrerem separações, perseguições e outros problemas. É comum constatar que, ao contrário, muitos parentes desenvolvem convivência harmoniosa com estranhos ao ninho familiar: são os amigos e benfeitores de outras existências. A pessoa esclarecida sobre as causas dessas inimizades aprende a administrar as desarmonias com humildade e, aos poucos, percebe que as dificuldades podem ser reduzidas ou eliminadas. 

Tal entendimento conduz à ação cristã que, tendo como base o perdão, a renúncia e a bondade, auxilia na superação de obstáculos e o polimento de arestas, úteis à manutenção do equilíbrio nas relações familiares. Por outro lado, há de se considerar a presença dos “inimigos” que cada um traz dentro de si, representados pelas próprias imperfeições, más tendências e outras deficiências que conspiram contra a saúde, obliterando a manifestação da felicidade integral: física, emocional e espiritual. Os pontos negativos que imperam em nosso psiquismo são elementos complexos que precisam ser desativados, pois conspiram, continuamente, contra a nossa paz de espírito, nos atormentando a existência. Certos tormentos íntimos nos fazem sofrer mais que outros, conforme o nosso estágio evolutivo. 

A respeito desses tipos de tormentos, o Espírito Fénelon comenta:  Haverá maiores do que os que derivam da inveja e do ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso; estão perpetuamente febricitantes. O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias. Dão-lhes vertigem os êxitos de seus rivais [...]. Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar-se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é. Esse é sempre rico, porquanto, se olha para baixo de si e não para cima, vê sempre criaturas que têm menos do que ele. É calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas. E não será uma felicidade a calma, em meio das tempestades da vida?

A renovação espiritual representa, nesse aspecto, uma espécie de caridade essencial que devemos ter para conosco. Neste particular, o conhecimento espírita amplia de modo considerável a nossa visão do mundo e da vida, indicando quais são as nossas reais necessidades, de forma que possamos redirecionar a existência, com discernimento e convicção, eliminando dificuldades que minam o bom relacionamento pessoal e o nosso bem-estar. Faz sentido, então, recordar a recomendação de Jesus: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10:28). 

Podemos afirmar, como conclusão desse estudo: O Cristo trouxe ao mundo a espada renovadora da guerra contra o mal, constituindo, em si mesmo, a divina fonte de repouso aos corações que se unem ao seu amor. Esses, nas mais perigosas situações da Terra, encontram, nele, a serenidade inalterável. É que Jesus começou o combate de salvação para a humanidade, representando, ao mesmo tempo, o sustentáculo da paz sublime para todos os homens bons e sinceros." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






319. Já tendo o Espírito vivido a vida espírita antes da sua encarnação, como se explica o seu espanto ao reingressar no mundo dos Espíritos? 

“Isso só se dá no primeiro momento e é efeito da perturbação que se segue ao despertar do Espírito. Mais tarde, ele se vai inteirando da sua condição, à medida que lhe volta a lembrança do passado e que a impressão da vida terrena se lhe apaga.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário