“Na verdade é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a
injustiça? por que não sofreis, antes, o dano?” - Paulo - ( I Coríntios, 6:7 )
Amados irmãos, bom dia!
"Nem sempre as demandas permanecem nos tribunais judiciários, no terreno
escandaloso dos processos públicos. Expressam-se em muito maior escala no centro dos lares e das instituições. Aprendizes inúmeros se tornam vítimas de semelhantes perturbações, por
se acastelarem nos falsos princípios regenerativos. De modo geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do próximo. Quanto lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir venturoso
em ser mero instrumento do bem nas Divinas Mãos, esquecendo o velho propósito
de ser orientador arbitrário do Serviço Celeste?" -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? (Mt 16:13).
"Em outras palavras: “o que falam os homens relativamente à minha
pessoa?” Ambas indagações indicam processo avaliativo que, partindo-se
do exame global ou coletivo, se atinge o específico ou pessoal.
Em todos os instantes da vida encontramos pessoas que nos
inquirem, buscando informações ou orientações. Nós mesmos, em
inúmeras ocasiões, também nos questionamos. Embora o vasto conhecimento oferecido pela Doutrina Espírita, existem conceituações
diferentes acerca de Jesus: há os que o ignoram e há os que o enxergam
segundo as concepções do imediatismo humano. Entretanto, existem
aqueles, que à semelhança de Pedro, lhe percebe a grandeza e a dimensão
espiritual, atestadas nestas suas palavras: ‘‘Vós me chamais Mestre
e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou’’ (Jo 13:13).
“Filho do Homem” é expressão comum no Evangelho.
Participando
da ascendência divina como filho de Deus, Ele, como “Filho do
Homem”, mostra sua identificação com as faixas de aprendizado dos
seres em evolução no orbe. O Filho do Homem é, portanto, o exemplo
de perfeição que podemos aspirar. O homem por excelência que, amadurecendo
seus potenciais, penetra nas linhas sutis de assimilação das
revelações espirituais superiores. Trata-se de alguém ajustado à sintonia
ideal do eterno Bem que, pela utilização dos conteúdos existentes no
seu superconsciente, liga-se diretamente às fontes inesgotáveis da Vida
Maior.
É Espírito portador de evolução humana completa caracterizada
pela angelitude. Dessa forma, “Filho do Homem” é aquele que nasce,
cresce e se evidencia pela capacidade de transformação de si mesmo,
sob a tutela amorável de Deus.
» E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou
um dos profetas (Mt 16:14).
Este texto evidencia que a ideia da reencarnação era corrente
à época. Faltava, no entanto, um maior entendimento dos seus processos.
Tal como acontece nos dias atuais, é significativo o número de
pessoas que entende e aceita a ideia da reencarnação, mas nem sempre
compreende os seus mecanismos.
A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de
ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com
a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto,
como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque
apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e de sua
ligação com o corpo. Criam eles que o homem que vivera podia reviver,
sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se.
Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente,
chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia
de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra
ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos
desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.
A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas
em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de
comum com o antigo. [...] Se, portanto, segundo a crença deles, João
Batista é Elias, o corpo de João Batista não poderia ser o de Elias, pois
que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois,
podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado. O retorno do Espírito ao corpo, supostamente tido como morto
— conhecido atualmente como fenômeno de quase morte — era denominado
ressurreição. Há no Evangelho dois relatos que tratam da
ressurreição: a história de Lázaro e a da filha de Jairo (respectivamente,
Jo 11:1 a 46 e Lc 8:49 a 56). Nos dois casos, o Espírito já se encontrava
em processo de desligamento físico, abeirando-se da morte, mas, por
ainda existirem ligações perispirituais com o corpo físico, foi possível
a Jesus impedir que se completasse a desencarnação." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
332. Pode o Espírito apressar ou retardar o momento da sua
reencarnação?
“Pode apressá-lo, atraindo-o por um desejo ardente. Pode
igualmente distanciá-lo, recuando diante da prova, pois entre
os Espíritos também há covardes e indiferentes. Nenhum,
porém, assim procede impunemente, visto que sofre por
isso, como aquele que recusa o remédio capaz de curá-lo.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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