segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Animismo e mistificação


"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder quanto a sua divindade se estendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas." -( Paulo aos Romanos, 1: 20 )-



Amados irmãos, bom dia!
Por todos os lados que olharmos podemos contemplar as maravilhas da criação. Até mesmo quando estamos de olhos fechados podemos senti-la em nosso pensamento. Tudo o que nos cerca nos mostra a Sua presença, portanto, vivamos com alegria e gratidão e façamos de nossas vidas um eterno canto de louvor ao nosso Pai.



Animismo e mistificação  






“Alguns estudiosos do Espiritismo, devotados e honestos, reconhecendo os escolhos do campo do mediunismo, criaram a hipótese do fantasma anímico do próprio medianeiro, o qual agiria em lugar das entidades desencarnadas. Desconhecendo o mecanismo básico das comunicações mediúnicas e a ação anímica exercida pelos médiuns, muitos [...] companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas as palavras “mistificação inconsciente ou subconsciente” para batizar o fenômeno. Na verdade, precisamos adquirir maior cabedal de conhecimento sobre o animismo e agir com prudência em relação ao assunto, evitando rotular as naturais manifestações anímicas, comuns e necessárias, de mistificação. É impróprio e antifraterno este rótulo, uma vez que ‘‘mistificação’’ caracteriza o ato de alguém mentir, enganar, ludibriar.

A propósito, o instrutor Calderaro, citado por André Luiz no livro No Mundo Maior, nos transmite oportunas elucidações: A tese animista é respeitável. Partiu de investigadores conscienciosos e sinceros, e nasceu para coibir os prováveis abusos da imaginação; entretanto, vem sendo usada cruelmente pela maioria dos nossos colaboradores encarnados, que fazem dela um órgão inquisitorial, quando deveriam aproveitá-la como elemento educativo, na ação fraterna. Milhares de companheiros fogem ao trabalho, amedrontados, recuam ante os percalços da iniciação mediúnica, porque o animismo se converteu em Cérbero [segundo a mitologia grega, cão guardião das portas do inferno, que impedia a saída dos espíritos]. Afirmações sérias e edificantes, tornadas em opressivo sistema, impedem a passagem dos candidatos ao serviço pela gradação natural do aprendizado e da aplicação. Reclama-se deles precisão absoluta, olvidando-se lições elementares da natureza. Recolhidos ao castelo teórico, inúmeros amigos nossos, em se reunindo para o elevado serviço de intercâmbio com a nossa esfera, não aceitam comumente os servidores, que hão de crescer e de aperfeiçoar-se com o tempo e com o esforço. Exigem meros aparelhos de comunicação, como se a luz espiritual se transmitisse da mesma sorte que a luz elétrica por uma lâmpada vulgar. Nenhuma árvore nasce produzindo, e qualquer faculdade nobre requer burilamento. Prosseguindo em seus arrazoados, Calderaro pondera: Ninguém receberá as bênçãos da colheita, sem o suor da sementeira. Lamentavelmente, porém, a maior parte de nossos amigos parece desconhecerem tais imposições de trabalho e de cooperação: exigem faculdades completas. O instrumento mediúnico é automaticamente desclassificado se não tem a felicidade de exibir absoluta harmonia com os desencarnados, no campo tríplice das forças mentais, perispirituais e fisiológicas. Em se tratando de animismo nunca é demais recordar que, [...] em matéria de mediunismo, há tipos idênticos de faculdades, mas enorme desigualdade nos graus de capacidade receptiva, os quais variam infinitamente, como as pessoas.” -( FEB - ESDE - Tomo único )- 



Estudo do Livro dos Espíritos







27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito? 

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”

a) — Esse fluido será o que designamos pelo nome de eletricidade? 

“Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações. O que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente.” 



Que a graça e a paz sejam conosco!

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