sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A obra divina


"Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados." -( Tiago, 5:20 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Se desejas, portanto, propagar o espírito sublime do Cristianismo, atende à obra individual com Jesus. Afasta os corações amados do campo escuro do erro, através de teus atos que constituem lições vivas do amor edificante." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






"O céu está representado pelo mar: ‘‘um mar de vidro semelhante ao cristal’’ (4:6). O poder, a criação, a sabedoria e a eternidade são simbolizados, respectivamente, por quatro criaturas viventes: ‘‘o leão, o novilho, o homem e a águia voando’’ (4:7-8) -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






242. Como é que os Espíritos têm conhecimento do passado? E esse conhecimento lhes é ilimitado? 

“O passado, quando com ele nos ocupamos, é presente. Verifica-se então, precisamente, o que se passa contigo quando recordas qualquer coisa que te impressionou no curso do teu exílio. Simplesmente, como já nenhum véu material nos tolda a inteligência, lembramo-nos mesmo daquilo que se te apagou da memória. Mas, nem tudo os Espíritos sabem, a começar pela sua própria criação.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A espada de dois gumes


“E tudo quanto fizerdes, fazei-­o de todo o coração, como  ao Senhor, e não aos homens.” - Paulo -(Colossenses, 3:23)



Amados irmãos, bom dia!
"O que temos efetuado nos séculos constitui benefício ou ofensa a nós mesmos, na obra que pertence ao Senhor e não a nós outros. Dentro dos círculos do serviço, a atitude assumida pelo homem honrar­lhe-­á ou desonrar-­lhe-­á a personalidade eterna, perante Jesus Cristo." -( O Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-







"É o símbolo do poder e da justiça. É a palavra divina, que no dizer de Paulo, é poderosa arma, com a qual será restabelecida o reinado do Cristo na Terra. É, finalmente, o Evangelho, o Verbo, essa espada que vibra golpes arrojados matando a hipocrisia, aniquilando o erro e defendendo os espíritos de boa vontade na luta terrível das ‘‘trevas’’ contra a ‘‘luz’’. -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






241. Os Espíritos fazem do presente mais precisa e exata idéia do que nós? 

“Do mesmo modo que aquele, que vê bem, faz mais exata idéia das coisas do que o cego. Os Espíritos vêem o que não vedes. Tudo apreciam, pois, diversamente do modo por que o fazeis. Mas, também isso depende da elevação deles.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A besta apocalíptica


"O Reino de Deus está no meio de vós." - Jesus - ( Lucas, 17:21 )




Amados irmãos, bom dia!
"A edificação do Reino Divino é obra de aprimoramento, de ordem, esforço e aplicação aos desígnios do Mestre, com bases no trabalho metódico e na harmonia necessária. Não te prendas excessivamente às dificuldades do dia de ontem, nem te inquietes demasiado pelos prováveis obstáculos de amanhã. Vive e age bem no dia de hoje, equilibra-te e vencerás." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Refere-se tanto ao Império Romano (o poder constituído que fere, persegue e maltrata) quanto aos falsos profetas — também chamados de ‘‘dragão’’ —, mistificadores que deturpam a mensagem do Evangelho. 

Emmanuel nos esclarece a respeito do assunto: [...] a Besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses, acrescentando que o seu número era o 666 (Ap 13, 5-18). Examinando-se a importância dos símbolos naquela época e seguindo o rumo certo das interpretações, podemos tomar cada mês como de 30 anos, em vez de 30 dias, obtendo, desse modo, um período de 1.260 anos comuns, justamente o período compreendido entre 610 e 1870, da nossa era, quando o Papado se consolidava, após o seu surgimento, com o imperador Focas, em 607, e o decreto da infalibilidade papal com Pio IX, em 1870, que assinalou a decadência e a ausência de autoridade do Vaticano, em face da evolução científica, filosófica e religiosa da Humanidade. 

Quanto ao número 666, sem nos referirmos às interpretações com os números gregos, em seus valores, devemos recorrer aos algarismos romanos, em sua significação, por serem mais divulgados e conhecidos, explicando que é o Sumo Pontífice da igreja romana quem usa os títulos de Vicarivs generalis Dei in Terris, Vicarivs Filii Dei e Dvx Cleri que significam “Vigário-geral de Deus na Terra, Vigário do Filho de Deus e Príncipe do clero”. Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada titulo papal a fim de encontrar a mesma equação de 666, em cada um deles. Vê-se, pois, que o Apocalipse de João tem singular importância para os destinos da humanidade terrestre." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






240. A duração, os Espíritos a compreendem como nós? 

“Não e daí vem que nem sempre nos compreendeis, quando se trata de determinar datas ou épocas.” 

Os Espíritos vivem fora do tempo como o compreendemos. A duração, para eles, deixa, por assim dizer, de existir. Os séculos, para nós tão longos, não passam, aos olhos deles, de instantes que se movem na eternidade, do mesmo modo que os relevos do solo se apagam e desaparecem para quem se eleva no espaço.




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Análise espírita do apocalipse


"Sei viver em penúria e sei também viver em abundância." - Paulo - ( Filipenses, 4: 12 )




Amados irmãos, bom dia!
No epílogo (22:16-21) há uma recomendação severa, uma proibição categórica àqueles que lerem o livro, ou que o reimprimirem, de alterar qualquer coisa do que nele se acha escrito. O apóstolo previa as mistificações sectárias, os enxertos, as mutilações que havia de sofrer a Árvore da Vida, pelos papas e pelos concílios, e ameaçou, severamente, àqueles que modificassem o seu Apocalipse.






"As sete igrejas são as comunidades cristãs cujas características indicam os diferentes tipos de cristãos: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodiceia.  

A igreja de Éfeso, que fora fundada por Paulo, e continuou sendo por muitos séculos um dos principais centros da Igreja Oriental, era zelosa em guardar-se contra a heresia, mas carecia de amor cristão. 

A igreja de Esmirna parece ter resistido bem à importunação (perseguição) e, por vezes, prisão dos seus membros. 

Pérgamo era um centro religioso importante, com um famoso santuário de Zeus, um templo de Asclépio com uma renomada escola de medicina, e um templo de Augusto; ‘‘o trono de Satã’’ pode designar qualquer um desses, mas provavelmente refere-se ao culto do imperador. [...] 

A igreja de Tiatira abundava em amor e fé, serviço e resignação paciente, mas tolerava os ensinamento malignos de uma profetisa, Jesabel. 

A igreja de Sardes estava florescendo externamente, mas não sem sério dano para a sua vida espiritual. 

Filadélfia, por outro lado, era uma cidade em que os cristãos estavam isolados do restante da comunidade, mas a igreja permanecera fiel. 

Em Laodiceia a igreja parecia estar florescendo, mas era espiritualmente pobre.

O conjunto formado pelas sete igrejas, simbolicamente representadas pela luz dos sete candelabros, revela a imagem da Igreja do Cristo, “[...] com suas heresias, disputas, e fé débil, mas também com sua fé, esperança e amor”. -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






239. Conhecem os Espíritos o princípio das coisas? 

“Conforme a elevação e a pureza que hajam atingido. Os de ordem inferior não sabem mais do que os homens.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Segunda parte (capítulos: 4 a 21)


"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade se estendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas." - Paulo - ( Romanos, 1: 20 )




Amados irmãos, bom dia!
"O espetáculo da Criação Universal é a mais forte de todas as manifestações contra o materialismo negativista, filho da ignorância ou da insensatez. São as coisas criadas que falam mais justamente da natureza invisível.
Faze corretamente o que te pede o dia de hoje e não precisarás repetir a experiência amanhã." -( O Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Representa a essência da obra, tem um caráter profético-escatológico (previsões sobre o fim do mundo) e abrange duas visões paralelas: 

a primeira (4,18; 11,1) diz respeito aos destinos do mundo; 

a segunda (11: 9; 21:5) informa sobre o futuro da Igreja.

Podemos considerar cinco subdivisões (ou seções) nessa parte: 

a) introdutória (4:1-5; 14) — fala sobre o trono, o Cordeiro e sobre o livro com sete selos; 

b) seção dos selos (6:1-7, 17) — são pontos importantes sobre a abertura dos quatro primeiros selos, sobre o clamor dos mártires (quinto selo) e a resposta de Deus ao clamor (sexto selo); 

c) seção das trombetas (8:1-11; 14) — o toque da trombeta anuncia o julgamento de Deus; 

d) seção dos três sinais (11; 15; 16:16) — são sinais que marcam acontecimentos: o sinal da mulher, o sinal dos dragões e o sinal dos anjos com pragas; 

e) sessão conclusiva (16; 17; 2:5) — mostra que o Cristo julga e vence o mal. 

No capítulo IV, o autor continua escrevendo sobre a sua visão, cheia de quadros que se desdobram às suas vistas e que representam as letras com que se escrevem as ‘‘coisas espirituais’’, que as palavras humanas não podem traduzir. A linguagem espiritual se manifesta por meio de símbolos que ferem a imaginação e dão uma ideia relativa das coisas que existem. Entretanto, não podem ser percebidas pelos nossos sentidos materiais, grosseiros. Revela a existência de uma comunidade de Espíritos puros, representados por ‘‘vinte e quatro anciãos’’, os ‘‘Espíritos de Deus’’, indicados por ‘‘sete lâmpadas de fogo’’. 

O seguinte resumo fornece informações gerais sobre a segunda parte do Apocalipse: 

A primeira visão começa com a apresentação do trono de Deus (4:1- 11) e do Cordeiro vitorioso (5:1-14) e concentra-se em dois motivos: a abertura dos 7 selos (61; 8:1), símbolo da preparação no céu dos flagelos que recairão sobre o mundo (dos primeiros 4 selos sairão os famosos 4 cavalos), e o som das 7 trombetas (8:2; 11:18) que significam a execu- ção daqueles flagelos na Terra. 

A segunda visão começa com um duplo acontecimento: no céu, a luta do dragão (satanás) contra a mulher (que representa o povo eleito) (12:1-18); na Terra, as duas bestas (que simbolizam o Império Romano e os falsos profetas) (13:1-18). A esta dupla cena contrapõe-se a aparição do Cordeiro no monte Sião* seguido da multidão de fiéis (14:1-5). O juízo escatológico é expresso por meio de várias representações: os 7 flagelos e as 7 taças (15-16), acompanhados da ‘‘condenação da grande prostituta’’ (Roma também chamada Babilônia ou nova Babilônia) (17-18), depois a vitória sobre as bestas (19:11-21) e sobre o Dragão com que se inaugura o reinado ‘‘de mil anos’’ de Cristo (20:1-10) e por fim a vitória definitiva sobre o mal (20:11-25)." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






238. São ilimitadas as percepções e os conhecimentos dos Espíritos? Numa palavra: eles sabem tudo? 

“Quanto mais se aproximam da perfeição, tanto mais sabem. Se são Espíritos superiores, sabem muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes acerca de tudo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 25 de setembro de 2016

Plano geral da obra


"Eu sou o caminho." - Jesus - ( João 14: 6 )




Amados irmãos, bom dia!
Nosso Mestre Jesus não disse que era um caminho; ele disse que era "o" caminho, portanto, que tenhamos a certeza que só há um caminho e que devemos trilha-lo para o nosso próprio bem. Não sejamos como os que nele se dirigem apenas como um remédio para os momentos difíceis ou como solução mágica para problemas ocasionais. Devemos percorre-lo na certeza de que nele seremos os vencedores do amor e da verdadeira vida. Apliquemo-nos no conhecimento e busquemos percorre-lo com toda a sinceridade do nosso coração.









"O apocalipse de João é constituído de um prólogo, de duas partes e de um epílogo: 


Prólogo 

No prólogo (1:1-3), João faz a abertura do seu livro, apresentando-o como uma revelação de Jesus Cristo sobre ‘‘as coisas que devem acontecer’’ (1:1, 3). Indica quem são os destinatários: ‘‘os servos de Jesus Cristo’’ (1:1); a forma como a revelação divina se deu: ‘‘Ele a manifestou com sinais por meio do seu anjo, ao seu servo João’’ (1:1); fornece uma dimensão temporal — ainda que imprecisa — sobre a concretização dos fatos revelados: ‘‘o tempo está próximo’’ (1:3). 


Primeira parte (capítulos: 1, 2 e 3) 

A primeira parte do Apocalipse está escrita na forma de diálogo. Apresenta três subdivisões: 

a) saudação às comunidades (1:4-8); 

b) confiança na ressurreição do Cristo (1:9-20) e 

c) cartas às sete igrejas da Ásia (2:1-22; 3:1-22). 

Revela uma ação pastoral do apóstolo para com os cristãos — representados simbolicamente pelas ‘‘sete igrejas da Ásia’’ (1:4) —, e expressa uma mensagem de apoio aos que sofrem perseguições em nome do Cristo. O propósito da mensagem [...] é encorajar a comunidade cristã que passa por uma terrível provação: após o magnífico desenvolvimento na época de sua fundação, agora a Igreja parece seriamente ameaçada na unidade de sua fé (movimentos heréticos), na pureza dos costumes (relaxamento da vida religiosa, diminuição da caridade). 

Devido as perseguições, João pretende sustentar a coragem dos cristãos ‘‘até a morte’’ (2:14), garantindo-lhes a presença divina do Cristo, que vencerá o Dragão. João narra como ocorreu a sua percepção mediúnica. As [...] palavras que ouviu ‘‘como a voz de trombeta’’ (1:10), e a recomendação que teve de se dirigir às ‘‘sete igrejas’’, representadas por ‘‘sete candeeiros’’, assistidas por ‘‘sete espíritos’’ (1:10-20). 

Cada carta é específica e contém elogios e críticas, advertências e incentivos, como convinha. Mas o plural ‘‘igrejas’’ no final de cada carta mostra que se pretendia que fosse lida por todas as igrejas. “Nessa visão salienta-se ‘‘espada de dois gumes’’ que sai da boca do excelso Espírito (Jesus).” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS 


237. Uma vez de volta ao mundo dos Espíritos, conserva a alma as percepções que tinha quando na Terra? 

“Sim, além de outras de que aí não dispunha, porque o corpo, qual véu sobre elas lançado, as obscurecia. A inteligência é um atributo, que tanto mais livremente se manifesta no Espírito, quanto menos entraves tenha que vencer.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 24 de setembro de 2016

A razão do advento do Apocalipse de João


"Eu sou o caminho e a verdade." - Jesus - ( João, 14: 6 )




Amados irmãos, bom dia!
"A profunda diversidade das mentes, com a heterogeneidade de caracteres e temperamentos, aspirações e propósitos, impede a exposição da realidade plena ao espírito das massas comuns. Diante de cada discípulo, no reino individual, Jesus é a verdade sublime e reveladora." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








"Alguns anos antes de terminar o primeiro século, após o advento da nova doutrina, já as forças espirituais operam uma análise da situação amargurosa do mundo, em face do porvir. Sob a égide de Jesus, estabelecem novas linhas de progresso para a civilização, assinalando os traços iniciais dos países europeus dos tempos modernos. Roma já não representa, então, para o plano invisível, senão um foco infeccioso que é preciso neutralizar ou remover. Todas as dádivas do Alto haviam sido desprezadas pela cidade imperial, transformada num vesúvio de paixões e de esgotamentos. 

O divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica do invisível. Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse. 

Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que frequentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pôde copiar  fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






236. Pela sua natureza especial, os mundos transitórios se conservam perpetuamente destinados aos Espíritos errantes? 

“Não, a condição deles é meramente temporária.” 

a) — Esses mundos são ao mesmo tempo habitados por seres corpóreos? 

“Não; estéril é neles a superfície. Os que os habitam de nada precisam.” 

b) — É permanente essa esterilidade e decorre da natureza especial que apresentam? 

“Não; são estéreis transitoriamente.” 

c) — Os mundos dessa categoria carecem então de belezas naturais? 

“A Natureza reflete as belezas da imensidade, que não são menos admiráveis do que aquilo a que dais o nome de belezas naturais.” 

d) — Sendo transitório o estado de semelhantes mundos, a Terra pertencerá algum dia ao número deles? 

"Já pertenceu.” 

e) — Em que época? 

“Durante a sua formação.” 

Nada é inútil em a Natureza; tudo tem um fim, uma destinação. Em lugar algum há o vazio; tudo é habitado, há vida em toda parte. Assim, durante a dilatada sucessão dos séculos que passaram antes do aparecimento do homem na Terra, durante os lentos períodos de transição que as camadas geológicas atestam, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos, naquela massa informe, naquele árido caos, onde os elementos se achavam em confusão, não havia ausência de vida. Seres isentos das nossas necessidades, das nossas sensações físicas, lá encontravam refúgio. Quis Deus que, mesmo assim, ainda imperfeita, a Terra servisse para alguma coisa. Quem ousaria afirmar que, entre os milhares de mundos que giram na imensidade, um só, um dos menores, perdido no seio da multidão infinita deles, goza do privilégio exclusivo de ser povoado? Qual então a utilidade dos demais? Tê-los-ia Deus feito unicamente para nos recrearem a vista? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria que esplende em todas as suas obras e inadmissível desde que ponderemos na existência de todos os que não podemos perceber. Ninguém contestará que, nesta idéia da existência de mundos ainda impró- prios para a vida material e, não obstante, já povoados de seres vivos apropriados a tal meio, há qualquer coisa de grande e sublime, em que talvez se encontre a solução de mais de um problema.




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O contexto histórico da Igreja nascente


“Tudo posso naquele que me fortalece.” Paulo (Filipenses, 4:13) 




Amados irmãos, bom dia!
Lembremo-­nos de que Paulo de Tarso, não obstante apedrejado  e perseguido, conseguiu afirmar, vitorioso, aos filipenses: – “Tudo posso naquele que me fortalece.”



                              



"É indispensável inserir o Apocalipse no seu ambiente histórico para compreendê-lo um pouco mais. É [...] indispensável [...] reinserí-lo no ambiente histórico que lhe deu origem: um período de perturbações e de violentas perseguições contra a Igreja nascente. Pois, do mesmo modo que os apocalipses que o precederam (especialmente o de Daniel) e nos quais manifestamente se inspira, é escrito de circunstância, destinado a reerguer e a robustecer o ânimo dos cristãos, escandalizados, sem dúvida, pelo fato de que perseguição tão violenta se tenha desencadeado contra a Igreja daquele que afirmara: ‘‘Não temais, eu venci o mundo’’ (João, 16:33). 

No momento em que João escreve o seu livro de visões, a igreja primitiva sofre terrível perseguição de Roma e dos cidadãos do Império Romano (a ‘‘besta’’), por instigação de ‘‘satanás’’ (o adversário, por excelência, do Cristo — ou anticristo). O próprio João se encontrava prisioneiro na Ilha de Patmos, quando escreveu o seu Apocalipse, na época (81-96) do imperador Domiciano. Solidário com os companheiros submetidos aos martírios das perseguições, o Apocalipse de João nos apresenta três conteúdos básicos: o protesto contra as injustiças sociais, o sofrimento que aguardam os perseguidores e a vitória do bem, manifestada no amor do Cristo pela Humanidade." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






235. Enquanto permanecem nos mundos transitórios, os Espíritos progridem? 

“Certamente. Os que vão a tais mundos levam o objetivo de se instruírem e de poderem mais facilmente obter permissão para passar a outros lugares melhores e chegar à perfeição que os eleitos atingem.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Significado de apocalipse


"Ele salvará seu povo dos pecados deles." -( Mateus, 1: 21 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Achamo-nos, até hoje, em simples fase de começo de apostolado evangélico - Cristo libertando o homem das chagas de si mesmo, para que o homem limpo consiga purificar o mundo. O reino individual que puder aceitar o serviço liberatório do Salvador encontrará a vida nova." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )




                         





"O termo ‘‘apocalipse’’ é a transcrição duma palavra grega que significa revelação; todo apocalipse supõe, pois, uma revelação que Deus fez aos homens, revelação de coisas ocultas e só por Ele conhecidas, especialmente de coisas referentes ao futuro. É difícil definir exatamente a fronteira que separa o gênero apocalíptico do profético, do qual, de certa forma, ele não é mais que prolongamento; mas enquanto os antigos profetas ouviam as revelações divinas e as transmitiam, oralmente, o autor de um apocalipse recebia suas revelações em forma de visões, que consignava em livro. Por outro lado, tais visões não têm valor por si mesmas, mas pelo simbolismo que encerram, pois em apocalipse tudo ou quase tudo tem valor simbólico: os números, as coisas, as partes do corpo e até os personagens que entram em cena. Ao descrever a visão, o vidente traduz em símbolos as ideias que Deus lhe sugere, procedendo então por acumulação de coisas, cores, números simbólicos, sem se preocupar com a incoerência dos efeitos obtidos. Para entendê-lo, devemos, por isso, apreender a sua técnica e retraduzir em ideias os símbolos que ele propõe, sob pena de falsificar o sentido de sua mensagem. 

No livro Como ler o apocalipse, o autor explica o estilo e a forma de escritura do apocalipse. O apocalipse foi [...] um modo de escrever muito popular nos dois séculos antes de Cristo e nos dois séculos depois dele. [...] O mais importante escritor apocalíptico do Antigo Testamento é o autor do Livro de Daniel. Ele viveu na época da dominação selêucida na Palestina, mas especificamente no tempo de Antíoco Epifanes IV (175-162 a.C.). Esse rei impôs, pela força, a cultura e a religião dos gregos. Esse fato provocou a revolta dos Macabeus. A função do Livro de Daniel era apoiar e incentivar a resistência dos Macabeus contra a dominação estrangeira. [...] Ninguém podia dizer as coisas às claras. Era necessário usar uma linguagem camuflada, incentivando a resistência e driblando a marcação do poder opressor. Foi assim que surgiu a literatura apocalíptica." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







MUNDOS TRANSITÓRIOS 

234. Há, de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes? 

“Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar.” 

a) — Os Espíritos que habitam esses mundos podem deixá-los livremente? 

“Sim, os Espíritos que se encontram nesses mundos podem deixá-los, a fim de irem para onde devam ir. Figurai-os como bandos de aves que pousam numa ilha, para aí aguardarem que se lhes refaçam as forças, a fim de seguirem seu destino.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Orientações para o estudo do apocalipse


"Moisés não vos deu o pão do Céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do Céu." - Jesus - ( João, 6: 32 )




Amados irmãos, bom dia!
"Se procuras, pois, a própria felicidade, aplica-te com todas as energias ao aproveitamento do pão divino que desce do Céu para o teu coração, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprende a subir, com a mente inflamada de amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-








"A linguagem simbólica do Apocalipse de João desestimula, em geral, a sua leitura. É possível, porém, torná-la compreensível, observando-se alguns pontos importantes: o entendimento do significado de apocalipse, quanto à etimologia e ao conceito; a visualização do contexto histórico da Igreja nascente, e a razão do advento do Apocalipse. 

Significado de apocalipse 

O termo ‘‘apocalipse’’ é a transcrição duma palavra grega que significa revelação; todo apocalipse supõe, pois, uma revelação que Deus fez aos homens, revelação de coisas ocultas e só por Ele conhecidas, especialmente de coisas referentes ao futuro. É difícil definir exatamente a fronteira que separa o gênero apocalíptico do profético, do qual, de certa forma, ele não é mais que prolongamento; mas enquanto os antigos profetas ouviam as revelações divinas e as transmitiam, oralmente, o autor de um apocalipse recebia suas revelações em forma de visões, que consignava em livro. Por outro lado, tais visões não têm valor por si mesmas, mas pelo simbolismo que encerram, pois em apocalipse tudo ou quase tudo tem valor simbólico: os números, as coisas, as partes do corpo e até os personagens que entram em cena.   

Ao descrever a visão, o vidente traduz em símbolos as ideias que Deus lhe sugere, procedendo então por acumulação de coisas, cores, números simbólicos, sem se preocupar com a incoerência dos efeitos obtidos. Para entendê-lo, devemos, por isso, apreender a sua técnica e retraduzir em ideias os símbolos que ele propõe, sob pena de falsificar o sentido de sua mensagem. 

No livro Como ler o apocalipse, o autor explica o estilo e a forma de escritura do apocalipse. O apocalipse foi [...] um modo de escrever muito popular nos dois séculos antes de Cristo e nos dois séculos depois dele. [...] O mais importante escritor apocalíptico do Antigo Testamento é o autor do Livro de Daniel. Ele viveu na época da dominação selêucida na Palestina, mas especificamente no tempo de Antíoco Epifanes IV (175-162 a.C.). Esse rei impôs, pela força, a cultura e a religião dos gregos. Esse fato provocou a revolta dos Macabeus. A função do Livro de Daniel era apoiar e incentivar a resistência dos Macabeus contra a dominação estrangeira. [...] Ninguém podia dizer as coisas às claras. Era necessário usar uma linguagem camuflada, incentivando a resistência e driblando a marcação do poder opressor. Foi assim que surgiu a literatura apocalíptica" -( FEB - EADE )-.




Estudo do Livro dos Espíritos






233. Os Espíritos já purificados descem aos mundos inferiores? 

“Fazem-no freqüentemente, com o fim de auxiliar-lhes o progresso. A não ser assim, esses mundos estariam entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

O apocalipse de João


"Não vos façais, pois, idólatras." - Paulo - ( I Coríntios, 10: 7 )




Amados irmãos, bom dia!
Corremos sérios riscos ao nos deixarmos influenciar pelos malefícios da idolatria. Ela nos liga à matéria ao invés de nos ligar ao espírito. "Atire-se ao esforço próprio com sincero devotamento à tarefa e lembremo-nos todos de que, no apostolado do Mestre Divino, o amor e a fidelidade a Deus constituíram o tema central." -( O Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






Introdução 

"Os textos apocalípticos, nos dois séculos que precederam a vinda do Cristo, tiveram muito êxito em alguns ambientes judaicos. Tendo sido anteriormente elaborados pelas visões dos profetas como  Esequiel e Zacarias, esse gênero de escritura desenvolveu-se também no livro de Daniel. Apenas um apocalipse ficou registrado no Novo Testamento. Seu autor é o apóstolo João, autor do quarto Evangelho, escrevendo-o quando de seu exílio na Ilha de Patmos. 

No fim do Novo Testamento está a Revelação de João, que, assim como o Livro de Daniel, é um apocalipse, um tipo de literatura conhecido na época. O Apocalipse se compõe de uma série de visões que evocam imagens de uma dramática cena final. Distingue-se do Livro de Daniel, que é seu equivalente apocalíptico judaico, de duas maneiras importantes. Em primeiro lugar, é um livro cristão, no qual Cristo irá assumir definitivamente o controle e vencer o mal; em segundo lugar, no Apocalipse o fim do mundo [fim do mal] já começou. Não se trata de algo que ocorrerá num futuro distante. Depois da obra de Jesus pela salvação, já teve início a batalha decisiva entre o bem e o mal. O Apocalipse de João é, pois, mais que uma escritura profética. 

Redigido durante as perseguições contra os cristãos travadas no reinado do (81-96), do imperador Domiciano, descreve a situação dos cristãos da época, constantemente ameaçados de martírio. Acima de tudo, portanto, é uma escritura consoladora destinada aos cristãos que viviam naquele período atribulado. Nela, o Estado romano é chamado de a ‘‘besta’’, ‘‘o dragão’’ ou ‘‘a grande prostituta’’. Mas, no embate final Cristo, o Cordeiro, vencerá as forças da escuridão. O livro chega então ao final com uma visão de ‘‘um novo céu e uma nova terra’’. 

Com suas imagens nascidas de uma necessidade histórica, o Apocalipse é pouco familiar aos leitores modernos e já recebeu variadas interpretações através dos tempos. Pode-se dizer que nenhum outro livro da Bíblia tem sido tão mal empregado. Com sua fé em Deus claramente expressa, levando a uma vitória final do bem sobre o mal, ele é, mesmo assim, uma conclusão apropriada para a maneira como a Bíblia descreve a grave situação do mundo." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






232. Podem os Espíritos errantes ir a todos os mundos? 

“Conforme. Pelo simples fato de haver deixado o corpo, o Espírito não se acha completamente desprendido da matéria e continua a pertencer ao mundo onde acabou de viver, ou a outro do mesmo grau, a menos que, durante a vida, se tenha elevado, o que, aliás, constitui o objetivo para que devem tender seus esforços, pois, do contrário, nunca se aperfeiçoaria. Pode, no entanto, ir a alguns mundos superiores, mas na qualidade de estrangeiro. A bem dizer, consegue apenas entrevê-los, donde lhe nasce o desejo de  melhorar-se, para ser digno da felicidade de que gozam os que os habitam, para ser digno também de habitá-los mais tarde.”




Que a graça e a paz sejam conosco!